domingo, julho 13, 2014
15º Domingo do Tempo Comum
A palavra que sai da minha boca não
volta sem ter produzido o seu efeito.
(cf. Is 55,10-11)
A
Palavra do Senhor tem poder criador e recriador.
É
movida pelo amor e tem a eternidade como fidelidade.
Desperta
para a vida e penetra nos corações empedernidos.
É
semeada generosamente, confundindo-se com outras sementes,
só os
frutos a distinguem pela beleza e pelo sustento.
Os
profetas e os apóstolos brotam palavra inspirada pela Palavra,
no
tempo encarnada no seio de uma Virgem,
em
Emanuel ressuscitada e em Pão sacramental partilhada.
A
Palavra necessita de terreno bom para germinar.
O
desnorte adormecido faz de nós caminhos impenetráveis,
onde
viajam palavras livremente, sem critério nem nidação.
A
superficialidade com que fugimos à avaliação de vida,
faz de
nós cata-ventos e esponjas que tudo absorvem,
numa
síntese sem identidade e sem meta, a não ser o instante.
A
cultura do tudo deixar crescer livremente,
faz da
nossa vida um campo bravio e descuidado,
onde
as ervas daninhas e os espinhos abafam o trigo.
Senhor,
semeador de Palavras de vida e de verdade,
faz de
nós terreno sequioso e disponível para escutar
a Tua
Palavra de conversão e de vida nova.
Ilumina
os nossos passos com o sol do Teu amor
e
liberta-nos dos ídolos que nos cansam e distraem
num
desvario sem norte nem fraternidade fecundante.
Cristo,
Palavra ungida pelo Espírito de santidade,
fecunda
a nossa fé e faz de nós apóstolos
que
dão fruto abundante para semear em toda a gente.
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