domingo, dezembro 14, 2014
3º Domingo do Advento
Ele confessou:
«Eu não sou o Messias».
(cf. Jo 1,6-8.19-28)
A
Palavra chama João a servir-lo como mediação de voz.
O
Batista sabe quem é o único que pode dizer: “Eu sou”,
por
isso, apresenta-se como o “não sou”,
a
voz que prepara e aponta para a vinda do Messias.
A
fidelidade profética reveste-o de humildade e de verdade,
não
se aproveitando do deslumbre do povo
que
vê nele um homem de Deus, um profeta.
É
a alegria de servir o Senhor e não de se servir do Senhor.
A
tentação de se autoproclamar messias é transversal.
Há
messianismos políticos, económicos, étnicos, religiosos,
ideológicos,
culturais, científicos, etário, de género,...
Em
todos há a desconfiança e inferiorização do outro,
e
a cegueira da imprescindibilidade de si mesmo.
Estes
messianismos geras tiranias, paternalismos,
desigualdades,
injustiças, guerras, fundamentalismos,
medos,
marginalizações, preconceitos, racismos...
É
difícil viver ser numa sociedade de messianismos!
Senhor,
omnipotência que se inclina e serve a aliança,
obrigado
porque nos chamas a ser teus colaboradores
na
missão de governar e salvar o mundo.
Cristo,
Messias revestido de humanidade frágil e pura,
envia-nos
o teu Espírito para Te seguirmos com fidelidade
e
Te testemunharmos com humildade feliz e corresponsável.
Cura-nos
da tentação da idolatria e do messianismo,
e
faz de nós irmãos uns dos outros.
Ajuda-nos
a ser a voz que Te anuncia e o coração que Te ama.
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