quarta-feira, julho 31, 2019

 

4ª feira da 17ª semana do Tempo Comum – S. Inácio de Loiola


Não sabia que o seu rosto irradiava luz, depois de se encontrar com o Senhor. (cf. Ex34,29-35)

O Senhor é a luz que brilha e contagia 
todos aqueles que Dele se aproximam e O escutam.
É o tesouro que apaixona e envolve todo o ser,
e faz do encontro luzeiros que falam do que ouviram de Deus.
Como com Moisés, o encontro transforma e inflama,
como em Inácio, a guerra fere mas a oração cura 
e faz do ferido um médico da alma e um avisado no caminho.
O encontro com Jesus faz de nós luz do mundo!

Que luz irradia o nosso rosto após o encontro orante?
Irradia vida nova ou rotina e dever comprido?
Irradia paz e alegria ou a mesma ansiedade e ressentimento?
Irradia esperança ou a mesma desilusão e desconfiança?
Irradia amor e compaixão ou a mesma indiferença e cegueira?
Irradia humildade e desejo de salvar ou orgulho e condenação?
Irradia Cristo e profecia ou mimetismo do que vê na sociedade?

Senhor, tesouro que me descobriste e por mim tudo vendeste,
obrigado porque dás valor a quem não é
e fazes uma obra prima dos cacos em que ficamos nas quedas!
É bom estar conTigo, neste silêncio que perscruta,
nesta busca constante, como quem joga ao esconde-esconde!
Que o teu Espírito me faça palavra na tua Palavra,
me faça luz na tua Luz, me faça fidelidade na tua aliança,
me faça missão na tua missão e entrega na tua entrega!
S. Inácio de Loiola, soldado que se tornou companheiro de Jesus,
ajuda-nos a arte da conversão na obediência ao Espírito!

terça-feira, julho 30, 2019

 

3ª feira da 17ª semana do Tempo Comum – S. Pedro Crisólogo


Quem desejasse consultar o Senhor devia ir à Tenda da Reunião. (cf. Ex 33,7-11; 34,5b.9,28)

A clemência e a misericórdia do Senhor
está próxima de nós, monta sua Tenda na periferia!
É a Tenda do Encontro, o lugar de todos os que O procuram,
a reunião da adoração e da escuta, a memória da aliança.
O Filho de Deus é tal e qual o Pai,
o Emanuel, o Deus-Connosco oferecido em salvação.
Os discípulos de Jesus, animados pelo mesmo Espírito,
tornam-se Igreja, Casa do Encontro, luz de proximidade!

Deus está em toda a parte, mas há lugares especiais,
consagrados ao encontro, à celebração e à escuta,
onde todos se sentem em casa e próximos de Deus.
Ajoelhar-se perante a reserva eucarística,
onde a porta é janela que abre ao mistério da presença,
num silêncio que espera e escuta e envia…
é vislumbrar o Céu, por entre a nuvem da fé!
Responder ao sino e ir à celebração dos sacramentos,
é juntar-se na Tenda da Reunião, festejando a misericórdia!

Senhor, busco a tua Tenda para a consulta da santidade
e encontro-Te Médico amigo, com o remédio da esperança!
Ajuda-nos a compreender o que significar ser Igreja,
tua Tenda da Reunião na periferia, 
onde todos se sentem em casa,
e o silêncio escuta a missão e a conversão 
e o oprimido encontra a libertação!
Ensina-nos a ser Igreja Católica, “Universal”, 
onde todos se sentem em família à volta da Mesa da fraternidade.

segunda-feira, julho 29, 2019

 

2ª feira da 17ª semana do Tempo Comum – S. Marta


Este povo cometeu um grande pecado, fabricando um deus de ouro. (cf. Ex 32,15-24.30-34)

Aquele que é, que era e será, não é obra humana,
mesmo que seja reluzente como o ouro,
mas o ser humano é que é obra de Deus,
mesmo que seja pobre, deficiente, doente e feio!
A única forma de representar Deus 
é o seu Filho encarnado, Jesus Cristo.
Ele é a semente que fecunda uma nova humanidade,
o fermento que leveda um novo culto ao Deus da aliança.

O ser humano gosta de andar de comando na mão,
cartão de crédito na carteira e seguro em dia.
Assim sente-se seguro, acha-se dono do destino!
Um Deus que não possa ser controlado
e que proponha fidelidade à aliança, cria rejeição,
por isso, substitui-se a esperança pelo cartomante,
a celebração da Eucaristia por ritos de magia,
a oração por amuletos e palavras eficazes de proteção.

Senhor, louvado sejas pela aliança de amor,
com que nos envolves
e pela fonte de misericórdia com que nos recrias a vida!
Perdoa a rebeldia em Te obedecer,
a impaciência perante o tempo que não nos pertence,
a cegueira que só vê holofotes e não olha a estrelas.
S. Marta, que hospedaste Jesus em tua casa,
ajuda-nos a acolher Cristo na nossa vida 
e a deixar-nos conduzir pelo seu Espírito!

domingo, julho 28, 2019

 

17º Domingo do Tempo Comum


Atrevo-me a falar ao meu Senhor, eu que não passo de pó e cinza. (cf. Gen 18,20-32)

Cristo resgatou-nos da condição de pecadores 
e elevou-nos à condição de filhos de Deus.
Nele, podemos chamar a Deus nosso Pai,
Nele podemos chamar a cada pessoa nosso irmão.
Pela ação do Espírito Santo podemos 
amar O que não vemos, falar com Deus,
escutar a sua Voz, discernir a sua vontade.
A oração é um dom de Deus!

A relação de amizade não é uma questão de técnicas,
mas de empatia, confiança, abertura, aceitação.
Se a oração é um encontro de amigos, eu e Deus,
então interessam mais os sentimentos do que as palavras.
“Saber orações” e proferi-las repetidamente
pode ainda não ser oração: bater à porta do Amigo,
confiantes de que nos escuta e nos vai ajudar!
Há muito “Pai-Nosso” papagueado que não passa disso!

Bom Jesus, confiante em Ti, levanto os olhos para Deus,
e vejo-me barro amado e moldado, preenchido de graça!
Espírito Santo, a aragem suave da tua Luz,
faz-me ver o invisível e contemplar o Pai Nosso,
que nos espera e chama para o abraço da misericórdia.
Às vezes é difícil ajoelhar e deixar-me olhar,
bater à porta e esperar a hora da graça,
mas confio em Ti os meus irmãos doentes,
a fraternidade sem rosto que morre de guerra e de fome,
os irmãos perdidos sem rumo, sem amor e sem esperança!

sábado, julho 27, 2019

 

Sábado da 16ª semana do Tempo Comum


Faremos tudo o que o Senhor ordenou. (cf. Ex 24,3-8)

O Senhor semeia boa semente durante o dia,
mas há quem semeie má semente durante a noite.
Há em nós joio e trigo a crescer no mesmo campo!
Há em nós promessa e bons propósitos,
e esquecimentos e traições à fidelidade selada no sangue.
É a forma como alimento a semente boa que a fortalece 
e enfraquece a semente má, o mau fermento!

A vida para ser livre é sempre uma encruzilhada,
exige sempre escolhas, discernimento, fidelidade.
O Senhor sabe disso e por isso envia-nos o seu Espírito,
a sua Palavra, ritos de memória, rios de misericórdia!
O “não” para vencer o “sim”, veste-se de brilho e de facilidade,
prometendo “agora” o que o “sim” promete na eternidade!
E a pressa de ter, de sentir, de confirmar,
leva-nos ao imediato do “não”, mesmo que seja traição!

Senhor, quantas vezes já Te dei “sins” seguidos de “nãos”
e me perco nas encruzilhadas buscando o mais fácil,
o mais comum, o mais recompensador imediato!
Livra-nos do mal e alerta-nos nas armadilhas,
para que sejamos como Jesus, um SIM fiel!
Fortalece-nos com o Pão da Palavra e da Eucaristia,
guiados pela Luz do teu Espírito e em Igreja,
para que sejamos profecia viva que semeia vida!

sexta-feira, julho 26, 2019

 

S. Joaquim e S. Ana


Na sua descendência permanece a excelente herança que deles nasceu. (cf. Sir 44,1.10-15)

A herança de Deus é a santidade e a misericórdia.
A herança de Maria é a fé no Deus da promessa.
A herança de Jesus é o seguimento que se faz oferta e missão.
A herança que devemos deixar é a harmonia do diferente,
a paz e a alegria do diálogo, a fé e a esperança na salvação.
Conhecemos Joaquim e Ana a partir da herança deixada em Maria!

Que herança deixamos aos vindouros?
Que exemplos de vida, que valores,
que ecologia, que liberdade, que paz,
que alegria, que esperança, que crença…?
Deixamos um mundo hipotecado e endividado,
ou um mundo justo, harmonioso e fraterno?
Deixamos a boa memória que vale a pena recordar 
ou a má memória que dói até morrer?

Jesus, obrigado pela herança boa que nos deixaste,
que nos abre a porta da esperança 
e é fonte de graça e misericórdia nas nossas fragilidades!
Obrigado pela herança dos sacramentos,
caminho de vida e mesa do encontro.
Que o teu Espírito nos ajude a continuar esta herança
pela atração do bom testemunho,
pela catequese e pela pastoral juvenil e vocacional,
pela missão que responde à busca de Deus!
S. Joaquim e S. Ana, avós de Jesus e pais de Maria,
intercedei para que sejamos bons continuadores da vossa herança!

quinta-feira, julho 25, 2019

 

S. Tiago, Apóstolo


A fim de que se manifeste também no nosso corpo a vida de Jesus. (cf. 2 Cor 4,7-15)

Jesus veio para servir e não para ser servido.
O seu Reino não é de palanque, mas de sandálias peregrinas,
de oferta de vida, de entrega até ao sangue pela salvação de todos.
O seu Corpo traz as marcas da sua missão,
por isso, quando aparece ressuscitado,
as suas chagas são os sinais da sua identificação e fidelidade!
Quem O segue, como Tiago, deve manifestar no seu corpo
a vida de Jesus, a missão de entrega, a fidelidade das lágrimas!

Perante a simplicidade do Papa Francisco,
alguns levantam a questão do perigo da perda
da dignidade da classe sacerdotal e do ministro do altar!
Querem que o corpo do sacerdote manifeste nobreza, poder,
afastamento de trabalhos ditos servis, tratamento VIP.
O carreirismo eclesiástico não manifesta a vida de Jesus!
Há uma conversão na Igreja, para clérigos e leigos,
ao “entre vós não deve ser assim”!

Senhor Jesus, Altíssimo que se faz servo da salvação,
ajuda-nos a ser grandes na humildade e na entrega 
à tua missão de servir e de testemunhar o amor sem limites.
Espírito Santo, Luz de discernimento,
conduz o nosso coração para o seguimento de Jesus
e ajuda-nos a ser a manifestação do Corpo de Cristo 
no nosso corpo, na nossa entrega, na liturgia e na missão!
S. Tiago, primeiro apóstolo mártir,
ajuda-nos a dar testemunho de Cristo no nosso corpo!

quarta-feira, julho 24, 2019

 

4ª feira da 16ª semana do Tempo Comum


Vou assim pô-lo à prova, para ver se segue ou não a minha lei. (cf. Ex 16,1-5.9-15)

O Senhor é o semeador da liberdade e da aliança.
Pelo caminho, prova-nos noite e dia, a nossa fidelidade.
Ouve as murmurações, 
compreende o peso das necessidades primárias,
dá-nos o pão de cada dia quando lhe pedimos dispensa farta!
A semente é boa e eterna, mas o terreno e o cuidado do cultivado
fazem toda a diferença nos frutos produzidos.

Vive-se o gozo do instante, não os frutos a produzir.
Numa festa come-se e bebe-se sem critério
e avança-se pela noite adentro sem descanso,
mas no dia seguinte sentimos o cansaço e o mal estar 
de uma festa que cheira a azedo e a ressaca.
Na compulsão da compra pagamos a prestações,
não prevendo as ansiedades e os juros que teremos para pagar.
Na natureza desbaratamos recursos e semeamos velocidade,
pouco preocupados com o futuro das gerações que hão de vir!
Da Igreja esperamos sacramentos, como produtos a pedido,
não nos preocupando com o seguimento do dom recebido!

Senhor, às vezes parecemos bebés, 
que só nos preocupamos com o prazer duma barriga cheia 
e o gozo do conforto duma vida passatempo.
Dá-nos o Pão da Palavra que nos desperta e envia 
e o Pão da Eucaristia que nos faz oferta e serviço libertador.
Espírito Santo, prepara o nosso coração para que seja bom chão,
onde Cristo pode encarnar e crescer,
para que sejamos outros Cristos nos frutos a semear!

terça-feira, julho 23, 2019

 

S. Brígida, padroeira da Europa


Vivo animado pela fé no Filho de Deus, que me amou e Se entregou por mim. (cf. Gal 2,19-20)

Cristo, no deserto da cruz, revela-se fonte de amor!
Eis as trevas que revelam a verdadeira Luz!
Acreditar neste caminho é viver animado pela fé Nele,
é permanecer no mesmo amor sempre,
é ousar perdoar a sangrar de dor!
S. Brigida, esposa, mãe, consagrada e fundadora,
encontrou na cruz de Cristo a sua inspiração,
num caminho de buscadora de conversão e de paz na Igreja!

O que e quem nos anima a viver?
Uns é a cobiça, o sonho de possuir e de ter mais.
Outros é o desejo de aparecer, se famoso, de brilhar.
Outros é o projeto de ter uma família feliz.
Outros é a vontade de consagração a Deus
e ao bem comum, motivado pela fé em Cristo.
A dificuldade é quando queremos ser tudo isto ao mesmo tempo,
pois faz de nós uma parabólica sem comando,
uma correria sem rumo, cata-ventos com ruído!

Senhor, eu creio em Ti, mas aumenta a minha fé.
Desejo permanecer, mas ando inquieto e instável.
Sonho com uma verdadeira intimidade,
mas só aparece superficialidade e interesse.
Não quero, mas acabo por ser espelho da sociedade!
Espírito Santo, configura-me com o Filho de Deus,
para que seja Cristo a viver em mim e a dar frutos bons,
que sabem a Cristo e falam do Amor!
S. Brígida, rogai por nós, 
para que sejamos animados pela mesma fé!

segunda-feira, julho 22, 2019

 

S. Maria Madalena


Encontrei aquele que o meu coração ama. (cf. Cant 3,1-4a)

O Senhor criou-nos com sede de mais,
com capacidade de amar até ao ponto de impedir o sono.
Querer descansar sem encontrar a quem amamos,
não é descanso, é chorar ansiedades e desesperanças.
Maria Madalena sabe Quem a curou e a ama,
por isso, sofre a paixão do Senhor
e busca-O pela madrugada da nova Páscoa.
Busca um cadáver e encontra Aquele que sabe o seu nome,
o Jardineiro do Paraíso, o Enviado que a envia!

O narcisismo é um amor de si desconfiado,
que se coloca em bicos de pé e exige atenção.
O narcisismo faz tudo por interesse,
não se levanta para buscar um amor fora de si!
E quando o busca, não é por amor do outro,
mas por amor de si: preencher a sua solidão!
Nesta secura de amor, uns escolhem um animal de estimação,
outros refugiam-se no movimento e ruído virtual,
outros enchem-se de coisas de moda, comida e bebida.

Senhor, bendito sejas por andares à nossa procura por amor!
Bendito sejas pela sede que em nós criaste de mais.
Espírito de sabedoria, orienta esta sede para a verdadeira Fonte
e alimenta-nos com o Pão do Amor, 
para aprendermos a amar como Jesus, incondicionalmente!
S. Maria Madalena, apóstola dos apóstolos,
ajuda-nos a servir a Igreja por amor
e a anunciar Cristo vivo com ardor!

domingo, julho 21, 2019

 

16ª semana do Tempo Comum


Meu Senhor, não passeis adiante sem parar em casa do vosso servo. (cf. Gen 18,1-10a)

Deus Trindade está no meio de nós.
Ele passa à nossa porta como peregrino
e espera de nós hospitalidade, convite para entrar.
Abraão, Marta e Maria, Paulo preso…
acolheram a surpresa do Mistério em sua casa.
Abraão e Marta fazendo coisas para Deus;
Paulo, completando o que faltava à paixão de Cristo;
Maria, sentada aos pés de Jesus, acolhendo a sua Palavra!
Fazer coisas por Jesus é bom, 
tornar-se seu discípulo é a melhor parte!

Paulo na prisão acolhe Jesus, 
aprendendo com Ele a sofrer por amor!
Zaqueu deixa Jesus entrar em sua casa,
acolhendo a sua salvação e abrindo-se à caridade.
Maria de Nazaré acolhe Jesus, escutando a voz de Deus
e respondendo ao seu projeto com o “faça-se”!
Pedro acolhe Jesus, após a sua negação e fuga,
aceitando o olhar de misericórdia e a missão de Jesus!

Senhor, fica connosco e faz da nossa casa o teu santuário.
Ajuda-nos a acolher-Te, sentado a teus pés 
e a correr veloz, sem ansiedade, levando-Te a outras casas!
Nesta vida atarefada e cheia de desejos de mostrar serviço,
ajuda-nos a ser discípulos, participantes da tua missão,
na dor e na alegria, na contemplação e na ação,
no partir e no permanecer, no ser e no ter!

sábado, julho 20, 2019

 

Sábado da 15ª semana do Tempo Comum


Será uma noite de vigília consagrada ao Senhor. (cf. Ex 12,37-42)

A Páscoa do Senhor é libertadora,
por isso, celebra-la é consagrar-se a Ele,
durante a noite da fé e da memória comunitária celebrativa.
É importante não adormecermos no esquecimento 
das suas obras, do seu “Eu Sou” libertador!
A Vigília Pascal é a vigília de todas as vigílias,
a noite em que temos que estar acordados
para que o dia não se faça noite e não despertemos vazios!

A eletricidade permitiu que a noite se fizesse atividade.
Uns consagram a noite à conspiração, ao furto,
ao adultério, ao alimentar da dependência,
à diversão, ao consumo de novelas e redes sociais…
Outros consagram a noite ao trabalho que suporta o dia:
limpar ruas e recolher lixos, preparar o pão,
levar mantimentos para preencher lojas de venda,
cuidar de doentes, zelar pela segurança dos que dormem.
Outros ainda, consagram a noite ao Senhor,
adorando, meditando, intercedendo, voluntariando-se pelo bem!

Senhor, Luz em ocaso, ilumina as minhas trevas,
para que me consagre a Ti, noite e dia.
Ensina-me a adormecer em paz e a recobrar forças,
para que o dia não seja um pesadelo ou sonambulismo,
nem a noite seja uma insónia e ansiedade!
Ajuda-me a levar a sério as vigílias consagradas a Ti,
do Natal, da Páscoa e do Pentecostes,
para que seja, durante o dia, memória do Emanuel,
do Cristo Senhor, do Espírito que dá vida!

sexta-feira, julho 19, 2019

 

6ª feira da 15ª semana do Tempo Comum


O sangue será para vós um sinal. (cf. Ex 11,10-12,14)

Deus é Páscoa que passa e liberta,
que separa e salva, que convoca durante a noite!
O sangue da oferta será para Ele um sinal,
não pela quantidade ou grandeza dos sacrifícios animais,
mas pela misericórdia que condimenta o quotidiano.
O Filho de Deus é a nossa Páscoa,
o seu Sangue o sinal da nova aliança,
a Eucaristia o sacramento da nossa salvação
e o alimenta que nos convoca para a missão!

O sangue é sinal de vida e dar sangue é dar vida.
Há sinais de sangue que marcam a injustiça e a violência;
há sinais de sangue que explodem do ódio e da vingança;
há sinais de sangue que são frutos do trabalho com amor;
há sinais de sangue que sinalizam o dar à luz a vida 
ou o apagar uma nova luz prometida!
Há sinais rituais que nos falam de amor até à última gota,
numa gratidão sem medida, e nos enviam em missão
a fazer memória na vida duma entrega compadecida!

Senhor, Cordeiro imolado na Páscoa nova do amor,
louvado sejas pelo teu Sangue, sinal da tua misericórdia.
Obrigado pela Eucaristia, sangue da nova aliança,
memória do Evangelho e da vida, fonte de vida!
Que o teu Espírito seja luz na nossa vida,
para que comungar-Te sacramentalmente
nos leve a fazer memória e testemunho de Ti
no profano da rotina, 
muitas vezes sujo de sangue assassino!

quinta-feira, julho 18, 2019

 

5ª feira da 15ª semana do Tempo Comum – B. Bartolomeu dos Mártires


‘O que Se chama “Eu sou” enviou-me a vós’». (cf. Ex 3,13-20)

O “Eu Sou” é o eterno Amor, o Ouvido condoído,
o Libertador, a Aliança para sempre, o Envio em missão.
“Aquele que é” antes e depois do tempo,
é um mistério que permanece, um jugo que descansa,
uma obediência que liberta, uma Palavra que conduz.
É Ele que dá consistência à nossa instabilidade,
esperança à nossa resistência, graça à nossa desgraça!

É cada vez mais difícil  afirmar: “eu sou”!
Sabemos dizer o que fazemos, onde vivemos,
o que temos, quem amamos e nos consagramos “agora”…
mas não sabemos o que sermos amanhã, 
a quem amaremos amanhã, o que faremos amanhã,
o que teremos amanhã, de que lado estaremos amanhã!
Parece-se a uma esquizofrenia cultural,
em que o “eu sou” é múltiplo, de acordo com as circunstâncias!

Senhor, eu sei o que sou para Ti,
mas temo não ter a certeza do que Tu és para mim,
tal é a estrada montanhosa e sinuosa em que caminho!
Dá-nos a graça de encontrarmos em Ti um rumo seguro,
que aceita uma Mão Amiga nas quedas,
um conselho nas dúvidas, um Alimento nas fragilidades,
um envio solidário que se faz Corpo de Cristo junto do outro!
Beato Bartolomeu dos Mártires e futuro santo canonizado,
ajuda-nos a viver o momento presente com fidelidade ao Senhor!

quarta-feira, julho 17, 2019

 

4ª feira da 15ª semana do Tempo Comum – B. Inácio Azevedo e companheiros


Agora põe-te a caminho, que Eu vou enviar-te. (Cf. Ex 3,1-6.9-12)

O amor de Deus é um fogo que arde eternamente.
Os simples, os pequeninos, os pobres, os perseguidos
são os seus prediletos, os seus protegidos e enviados.
O coração de Deus escuta os gemidos contidos
e desce para chamar quem vai por Ele:
“Agora põe-te a caminho, que Eu vou enviar-te!”
Toda a experiência de Deus é um espanto e um envio!

Férias é tempo de se pôr a caminho, sem envio.
É uma fuga com pré-reserva para um lugar longínquo,
com belas imagens, malas cheias de sonho e de mistério.
Vamos em missão de nós mesmos em busca de uma fuga paga.
Há quem aproveite para fazer das férias voluntariado,
escuta e cuidado, apoio e serviço gratuito e comprometido
e aí o “pôr-se a caminho” já pode ser envio!
Há quem saia de si, da sua auto-realização e sucesso,
para partir ao encontro e libertar da escravidão
em nome da Compaixão, que envia e acompanha,
e isso já é missão, colaboração com o Deus da vida!

Senhor, caminho, verdade e vida, 
subo para Te encontrar e escutar,
desço para Te servir e Te anunciar!
Ajuda-me a sair do sedentarismo do meu egoísmo
e a pôr-me a caminho para onde me enviares
e a fazer como e o que nos mandares!
Beatos Inácio Azevedo e companheiros mártires,
ensinai-nos o fogo da missão e a fidelidade do envio!

terça-feira, julho 16, 2019

 

3ª feira da 15ª semana do Tempo Comum – Nossa Senhora do Carmo


«Porque bates no teu companheiro?» (cf. Ex 2,1-15a)

Deus é comunhão de Pessoas, não conflito!
Deus poderia responder com violência à nossa violência,
mas não, Ele usa o bordão da misericórdia
e a espada da Palavra que interroga e nos faz cair em nós.
Ele espera pacientemente uma resposta de conversão,
um passo de reconciliação e de diálogo,
um dar as mãos em vez dum bater com as mãos!
Jesus corta o círculo de violência, oferecendo a vida pela paz.

É costume exibir sinais de força e de armamento
nos dias de festa nacional!
A violência doméstica replica-se na escola,
no desporto, no trabalho, na política, na sociedade!
E quando a arma da língua, em tom de gritaria, 
é substituída pelas armas-objeto,
começam a aparecer as mortes fortuitas e por nada.
A violência e a injustiça reduzem a nada o valor da vida!

Senhor, Palavra suave e eficaz, 
que continuamente nos convocas para a conversão,
ajuda-nos a parar para pensar
e a adquirir a sabedoria do diálogo e da paz.
Dá-nos o dom da escuta, como bom pastor,
que não quer vencer e destruir, 
mas salvar e ajudar a levantar o caído!
Nossa Senhora do Carmelo, monte do encontro,
ensina-nos a purificar a nossa fé e a louvar o Senhor!

segunda-feira, julho 15, 2019

 

2ª feira da 14ª semana do Tempo Comum – S. Boaventura


Temos de tomar contra ele medidas prudentes, para que não aumente ainda mais. (cf. Ex 1,8-14.22)

Deus perante o aumento da indiferença à aliança,
aumenta o número de profetas e envia o seu próprio Filho,
não para nos condenar ou oprimir, mas para nos salvar.
O que move Deus é o amor, não a ira ou o medo de nós!
Cristo veio trazer o caminho do perder-se para se encontrar,
do carregar a sua cruz para O seguir,
do ama-Lo mais do que tudo e do que todos!

Há muitos que temem o número de refugiados e migrantes.
As “medidas prudentes” que os governos tomam são as mesmas:
fechar fronteiras, devolver estrangeiros, impedir legalização,
criar guetos de marginalização, criar uma imagem de medo!
Todos nós fomos e somos emigrantes,
mas quando se trata de acolher imigrantes,
custa-nos fazer aos outros o que gostaríamos que nos fizessem.
Os populismos nacionalistas alimentam-se destes medos!

Senhor, Bom Criador que a todos nos adotas como filhos,
no teu Filho que nos resgatou com o seu Sangue!
Cristo, Bom Pastor, cujas “medidas prudentes”
são o Evangelho, os sacramentos e o Espírito Santo.
Ajuda-nos a ser Igreja viva, regaço de Mãe,
sempre missionária, paciente e misericordiosa,
pacífica e exortadora, inclusiva e compassiva.
S. Boaventura, sabedoria profunda dos simples,
ajuda-nos a seguir Jesus nos dias de hoje!

domingo, julho 14, 2019

 

15º Domingo do Tempo Comum


Cristo Jesus é a imagem de Deus invisível. (cf. Col 1,15-20)

O amor de Deus não é abstrato, mas proximidade.
Ele abaixa-se para elevar, busca para salvar,
cura para santificar, perdoa para renovar a aliança.
O que sabíamos pelo agir de Deus na História de salvação,
é-nos revelado por Jesus, a imagem visível de Deus invisível.
O mandamento do amor é palavra, vida e missão em Jesus, 
quem O segue deve fazer como Ele faz!

O Cristão, como membro do Corpo de Cristo,
deve ser a imagem visível de Cristo invisível!
Quando S. João Paulo II visita aquele que o quis matar
e o perdoa, torna-se a imagem visível de Cristo misericordioso.
Quando S. Teresa de Calcutá vai em busca dos moribundos na rua,
torna-se a imagem visível de Cristo, Bom Samaritano.
Quando o missionário, em tempo de guerra, opta por ficar,
torna-se a imagem visível do Emanuel e Bom Pastor,
que arrisca a vida pelas suas ovelhas!

Senhor, Cabeça da Igreja, de quem somos teus membros,
obrigado pelos sacramentos, sinais visíveis da tua fidelidade!
Cristo, humanidade renovada e ungida pelo Espírito,
ajuda-nos a seguir-Te como caminho de vida e de missão.
Liberta-nos do pregão ruidoso, mas sem conteúdo,
e ensina-nos a ser visibilidade habitual dos teus sentimentos
e do teu amor que faz o outro próximo e parte de mim.


sábado, julho 13, 2019

 

Sábado da 14ª semana do Tempo Comum


Vós tivestes a intenção de me fazer mal, mas Deus, nos seus desígnios, converteu-o em bem. (cf. Gen 49,29-32; 50,15-26a)

O poder de Deus é misericórdia e salvação.
É capaz de transformar o mal em bem,
porque é fonte de amor e de perdão, 
e faz do lixo abandonado o adubo duma nova vida!
Por isso, diz-nos para não temermos o caminho,
pois a meta é um dom, a história tem um Pastor!

Fixar-se na raiva e na vingança, faz de nós um choro antigo,
azedo e agressivo, paralisado no crescimento.
Ser capaz de perdoar é dar um passo em frente,
ser capaz de virar a página e começar um novo capítulo,
mostrar que é fonte de perdão e não esponja de ódio!
É bonito ver alguém reconciliado com o passado
e amigo no presente, cheio de esperança e de alegria de viver!

Senhor, obrigado pela tua misericórdia sábia e paciente,
foi ela que me deu oportunidade de recomeçar quando errei,
de me reconciliar quando pequei!
A minha história de altos e baixo, luzes e sombras,
está constantemente a ser reconstruída pela tua graça,
fazendo da minha fragilidade uma história de salvação!
Dá-nos o dom de perdoar sempre, de reciclar as fragilidades,
de restaurar rostos lacrimosos, de pedir e dar desculpas,
de ter um coração bom, semelhante ao Vosso!


sexta-feira, julho 12, 2019

 

6ª feira da 14ª semana do Tempo Comum


Não tenhas medo. (Cf. Gen 46,1-7.28-30)

Somos filhos da Liberdade e do Amor,
por isso não tememos a vida, nem a missão,
porque Deus está sempre connosco!
Descer ao exílio ou avançar para a outra margem,
é sempre ir como cordeiros para o meio de lobos, 
sabendo que ao nosso lado vai o Bom Pastor
e o Advogado para nos defender e animar.

Somos uma sociedade extramente temerosa.
Temos medo da morte e por isso escondemo-la.
Temos medo da dor e por isso consomem-se analgésicos,
pratica-se o suicídio, pede-se a eutanásia…
Temos medo da vida e por isso consumimos drogas.
Temos medo da solidão e por isso recorremos ao virtual,
prenchemos-nos de atividades e de músicas de evasão.
Temos medo de Deus e buscamos ritos de apaziguamento!

Senhor, Bom Pai, obrigado porque nos ensinas a andar
e nos dizes: “Não tenhas medo, Eu estou ao teu lado para te amparar”.
Bom Jesus, obrigado porque confias neste barro o tesouro da tua missão,
e nos dizes: “Ide, não tenhais medo, Eu estou sempre convosco!”.
Bom Espírito Santo, obrigado pela paz e pela luz que nos guia,
quando os poderes nos humilham e parece que nos afogamos!
Ajuda-nos, Senhor, a não ter medo de ter medo!


quinta-feira, julho 11, 2019

 

S. Bento, Abade e Padroeiro da Europa


Dando ouvidos à sabedoria e inclinando o coração para a verdade; (cf. Prov 2,1-9)

O caminho da verdade e da sabedoria 
é deixar tudo para alcançar a Fonte
e descobrir o caminho do SER para além do TER.
Deus desceu a nós para fazer aliança.
O Filho de Deus desceu e encarnou em nós
para nos enriquecer com a sua pobreza.
O Espírito Santo desceu sobre nós
para em nós fazer sua morada e nos altear o coração!
S. Bento, pai do monaquismo ocidental,
enriqueceu a cristandade com o louvor da sua entrega!

A escolaridade democratizou-se, 
mas a sabedoria de viver feliz e solidário rareia!
A ambição inclina o coração para o interesse,
mesmo que para tal tenha que usar a mentira e a injustiça.
A palavra de honra sofre de validade volúvel,
como quase tudo hoje concebido.
Por isso, palavras como promessa, compromisso,
fidelidade, transparência… perderam força e conteúdo!

Senhor, sabedoria eterna e riqueza generosa,
inclina o meu coração para Ti,
para o silêncio que escuta, para o deixar que se entrega,
para o saber que serve e se partilha!
S. Bento, consagrado que evangeliza e liberta,
intercede pelos nossos jovens para que ousem deixar tudo 
para se consagrarem ao Senhor e aos irmãos.

quarta-feira, julho 10, 2019

 

4ª feira da 14ª semana do Tempo Comum


«Ide a José e fazei o que ele vos disser» (cf. Gen 41,55-57; 42,4-7a.17-24a)

O reino de Deus está próximo,
pois o que vendemos como escravo, Deus o protege!
José, filho de Jacob, é a figura de Cristo, Filho de Deus.
Por isso, o Faraó pode dizer como Maria:
“Fazei o que ele vos disser!”
A compaixão e a misericórdia são a sua missão!
Cristo chama os Doze Apóstolos, figura da Igreja,
para anunciarmos o reino de Deus 
e fazermos como e o que Ele nos disser!

A quem recorremos quando necessitamos?
A primeira coisa em quem confiamos é o dinheiro
para estudar, para ir ao médico, para ter um advogado,
para comprar o que precisamos…
Para saber como gastar bem o dinheiro
confiamos nos assessores de marketing,
nos especialistas da área, nos ventos da moda,
nos gurus do sucesso, na fama de marca…
Ainda há quem queria ir a Jesus e fazer o que Ele nos disser?

Senhor, chamaste-nos a ser apóstolos,
colaboradores da tua missão,
guia-nos com a tua Palavra e o teu Espírito.
Dá-nos o dom da contemplação do teu ser missão,
para que aprendamos o gosto e o zelo
de fazermos como Tu fazes e nos mandas fazer!
Ajuda-nos a ser testemunhas de que o reino de Deus
já está no meio de nós, como semente e como fermento!

terça-feira, julho 09, 2019

 

3ª feira da 14ª semana do Tempo Comum – S. Agostinho Zao Rong e companheiros mártires


Vi a Deus face a face e a minha vida foi salva. (cf. Gen 32,22-32)

Deus revela-se durante a noite a Jacob.
Jacob luta por uma bênção e Deus abençoa-o.
Viu a Deus durante a noite e foi salvo,
mas sem a ajuda de Deus, a sua vida fica coxa.
Em Jesus, a compaixão encarnada de Deus,
nós vemos Deus face a face e somos salvos.
Ele continua no meio de nós, Médico que prepara médicos
para curar as enfermidades que enfraquecem a nossa vida. 

A beleza, a harmonia na diversidade, a paz, a vida, o amor…
tudo tem a marca do Criador que nos extasia.
Mas há algo que nos deixa coxos perante o mistério de Deus,
entrevemo-Lo durante a noite da fé,
ouvimos a sua Voz entre o ruído de muitas palavras,
sentimos a sua presença no meio da multidão…
mas jamais penetramos totalmente no mistério de Deus.
E, paradoxalmente, somos salvos das trevas da tarde, 
pela cruz de Cristo e a aurora da Páscoa!

Senhor, tenho sede de contemplar a tua Face,
embora seja noite e a luta seja constante.
No teu rosto de Homem de Nazaré encontro o inefável,
a surpresa da compaixão sempre atenta e disponível.
Manda operários para a tua messe 
e faz de mim um colaborador fiel, servo e amigo.
S. Agostinho Zao Rong e companheiros mártires,
ajudai a China a cruzar vidas com a Fonte da Vida!

segunda-feira, julho 08, 2019

 

2ª feira da 14ª semana do Tempo Comum


«Realmente o Senhor está neste lugar e eu não o sabia» (cf. Gen 28,10-22a)

Deus desceu do Céu pela porta da aliança.
A aliança faz da história uma morada de Deus.
É um sonho inesperado que nos faz acordar abençoados.
Jesus é o Sim pleno desta promessa reiterada.
Ele passa pelos caminhos como Caminho que eleva,
que cura a impureza e a fragilidade da vida, que ressuscita!
E o Emanuel continua no meio de nós para salvar!

O santuário é um ponto local luminoso 
que revela a presença de Deus em toda a parte!
O Senhor desce à casa do pobre e protege-o,
bate à casa do rico e pede para entrar,
senta-se à mesa dos pecadores e enuncia-lhe a esperança,
faz-se alimento e misericórdia no sacramentos,
vai com o trabalhador para o seu emprego
e fá-lo sentir colaborador na sua criação.
A Luz envolve-nos e só vemos a sombra que protege!

Senhor, companheiro de todas as horas,
obrigado pelo amor que não se desgasta,
apesar de passar dias sem Te dizer uma palavra,
sem Te escutar, sem me apoiar na tua Mão,
sem Te pedir perdão, sem Te reconhecer no irmão!
Espírito Santo, luz que guia para a Escada do Céu,
ensina-me a caminhar na terra com o coração em Deus
e a ser morada do Altíssimo, bênção de vida para todos!

domingo, julho 07, 2019

 

14º Domingo do Tempo Comum


O que tem valor é a nova criatura. (cf. Gal 6,14-18)

Deus criou-nos para a paz, a felicidade e a eternidade,
mas o pecado envelheceu-nos na guerra, na solidão,
na desesperança e na morte… somos momento sem futuro!
Deus fez-se homem e a nova criação começou:
livre para amar, oferta para salvar, aliança para continuar!
Revestidos de Cristo, Vinho e Pano novo,
somos chamados a promover esta humanidade,
levando em nós as marcas e a boa nova de Cristo!

Busca-se uma juventude revestida de moda,
maquilhada, cirurgicamente reconstruida,
num corpo velho e marcado pelas dependências acumuladas!
E de repente, a máscara cai e aparece a verdade:
solidão afetiva, coração cansado, felicidade induzida…
Precisamos de uma nova criatura, livre e pacífica,
madura e fiel, esperançada e comprometida, fecunda e feliz,
pacífica e reconciliadora, solidária e justa.
Nós cristãos temos a reposta e a proposta da Humanidade Nova!

Senhor, Homem novo onde quero renascer,
batiza todo o meu ser, os anseios mais profundos,
para que seja revestido de filho em Deus
e na minha fragilidade encontre em Cristo o meu coração!
Ajuda-me a compreender que a nova humanidade não é solidão,
mas “dois a dois”, livres e leves para peregrinar em missão
e fazer da proximidade e solidariedade evangelização.
Dá-nos a alegria de termos os nossos nomes escritos no Céu!

sábado, julho 06, 2019

 

Sábado da 13ª semana do Tempo Comum – S. Maria Goretti


«Estou aqui. Quem és tu, meu filho?» (Gen 27,1-5.15-19)

Deus está sempre à nossa espera, como Esposo,
a sua fidelidade é eterna e incondicional.
Nas linhas tortas das nossas vidas,
Ele vai escrevendo bênção e misericórdia,
uma história de salvação em que o menos se torna mais.
Isaú já tinha vendido a sua progenitura por um prato de lentilhas,
por isso, Deus permite a bênção de primogénito ao mais novo!
No Reino de Deus os últimos são os primeiros!

Num mundo de mentira e de perfis falsos,
é pertinente esta pergunta de Isaac: “quem és tu?”
Na vida real há muito disfarce, muita mentira escondida;
na vida virtual há muito perfil falso, muitas ratoeiras maldosas
que apanham ingénuos, carentes e gananciosos.
O problema é quando o próprio confunde o teatro com a realidade,
e projeta na relação com Deus o mesmo disfarce e estratagema.
Deus conhece-nos e ama-nos, apesar da nossa miséria camuflada.
É com este barro que Ele constrói a história da nossa salvação!

Senhor, obrigado pela Pão do Céu nas Bodas do Cordeiro,
com que nos abençoas, nos fortaleces e nos envias em missão.
Sei que não sou digno de estar na tua presença,
de ser amado assim tão intensamente na minha história imperfeita,
mas é pela tua graça que sou perdoado, sou conduzido pela mão,
sou enviado em missão e me torno teu braço desajeitado!
Ajuda-me a fazer jejum da mentira e ensina-me a ser coerência,
humilde e serva, paciente e verdadeira, simples e amiga.
S. Maria Goretti, intercede pela nossa juventude!

sexta-feira, julho 05, 2019

 

6ª feira da 13ª semana do Tempo Comum


Casou com ela e amou-a. (cf. Gen 23,1-4.19; 24,1-8.62-67)

O amor de Deus revelou-se aliança eterna com a humanidade.
Do seu povo fez sua esposa, com cada quis ser Pai,
a cada um trata das suas enfermidades com um médico,
a todos cura com a sua misericórdia.
O que espera de cada um é uma união de amor fiel,
cada dia purificada, cada dia renovada na nova aliança 
selada pelo seu Filho na cruz.

O mercado é sacrifício, pois tudo é pago,
nada é gratuito, as dívidas são para pagar!
No amor há lugar para o dom, para o perdão,
para a entrega sem recibo de pagamento.
Deus não quer de nós uma relação de mercado,
mas de amor como que esponsal,
que cura a fragilidade com a oferta da misericórdia.
Deve ser assim no templo e no lar familiar
ou na praça da sociedade, 
pois quem ama parece-se com Deus!

Senhor, obrigado porque nos chamaste sem o merecermos, 
nos amaste primeiro, e nos amas sempre e incondicionalmente!
Perdoa as nossas infidelidades, os nossos ritos por dever,
as nossas orações de papagaio, o nosso coração duro.
Ensina-nos a arte de ser médico que se cura curando,
servo que se enriquece doando,
missionário que se evangeliza evangelizando!
Ajuda os casais a serem sacramento do teu amor por nós!

quinta-feira, julho 04, 2019

 

5ª feira da 13ª semana do Tempo Comum – S. Isabel de Portugal


«Deus providenciará o cordeiro para o holocausto, meu filho». (cf. Gen 22,1-19)

Deus busca a nossa fidelidade, não os sacrifícios.
Mas põe à prova a nossa fé, como colocou a de Abraão,
para ver até onde vai a nossa obediência,
a nossa prioridade de amor, a nossa fidelidade.
E Deus também nos prova a sua fidelidade à aliança,
ao entregar-nos o seu Filho, o enlevo do seu coração,
ao deixar que Ele seja o Cordeiro de Deus que tira o pecado!
Deus sempre providenciará misericórdia e graça!

Há a ideia de que Deus é cioso de coisas e de promessas,
de dinheiro e de velas, de missas e peregrinações…
e que os que morrem não poderão entrar no repouso,
enquanto eles ou outros por eles não cumprirem essas promessas!
Deus não precisa dos nossos sacrifícios, pois tudo lhe pertence,
mas Ele gostaria de nos ver provados na fidelidade de amor,
na pureza de coração, na humildade da conversão,
sabendo caminhar durante a noite da fé com confiança.
O que nos paralisa é o pecado, o que nos adoece é o egoísmo.

Senhor, obrigado por nos teres providenciado o Pão do Céu,
fonte de perdão e remédio para caminharmos na fé.
Que o teu Espírito nos guie e fortaleça,
quando a nossa fé é provada e o medo nos paralisa.
Como S. Isabel de Portugal, ajuda-nos a ser reis da paz,
pontes de reconciliação, regaço de partilha,
joelhos orantes, testemunho que evangeliza!

quarta-feira, julho 03, 2019

 

S. Tomé, Apóstolo


Edificados sobre o alicerce dos Apóstolos e dos Profetas, que tem Cristo como pedra angular. (cf. Ef  2,19-22)

Cristo não é uma ideia, nem uma imaginação,
é uma surpresa de Deus, feita presente gracioso,
oferta crucificada pelo nosso pecado
e ressuscitada pela misericórdia generosa e eterna.
Os Apóstolos tiveram a experiência de ver e tocar o Céu,
com sotaque de galileu e coração sem fronteiras.
Cristo é a pedra angular, os apóstolos os alicerces,
onde nos integramos, como Igreja una, santa, 
católica e apostólica, templo onde Deus anuncia a esperança.

A modernidade tornou-se um ideal quase mitológico.
Esta modernidade é a tendência da moda,
a globalização de certos hábitos alimentares,
certa forma de vestir, certas marcas e redes de comunicar,
certas formas de se relacionar e divertir…
Todos querem integrar-se nesta onda em movimento,
criticada e desejada, como ovelhas do mesmo rebanho!
É uma massa consumista que tem no dinheiro a sua pedra angular
e na dependência o seu estilo de viver!

Senhor, Tu és a Luz que não se apaga,
e nós satisfeitos com archotes fumegantes e momentâneos.
Temos fé na tua presença e ação,
mas na hora de confiar, custa-nos crer sem ver e tocar.
Que S. Tomé interceda por nós 
e nos ajude a encontrar na Igreja Aquele que buscamos
e a dar a vida por Ele, com o nosso testemunho e anúncio,
à imagem dos apóstolos e dos profetas.

terça-feira, julho 02, 2019

 

3ª feira da 13ª semana do Tempo Comum


Deus se recordou de Abraão e fez que Lot escapasse à catástrofe. (cf. Gen 19,15-29)

Intercessão de Abraão, salvou Lot e a sua família.
Sodoma e Gomorra são símbolos de uma sociedade corrompida,
que arde no próprio fogo de enxofre,
que faz da planície fértil um deserto!
Mas Deus, que parece que está a dormir,
está bem presente e salva da morte os que O escutam.
O Espírito de profecia ensina-nos a estar no mundo,
sem sermos do mundo, a não termos saudades do pecado!

O mundo está cada vez mais complexo e incontrolável.
Nunca como hoje foi importante ter alguém que nos guie:
um bom advogado que nos defenda,
um bom médico que nos cure e acompanhe,
um bom diretor espiritual que nos guie e aconselhe.
Muitas destas “boas mãos” são pagas a preço de ouro!
Às vezes, usam-se atalhos que nos põem em trabalhos:
cunhas, jeitinhos, padrinhos, corrupções…
Bem diferente é a intercessão perante Deus:
um colóquio de amizade por alguém, 
que coloca nas mãos de Deus a sua salvação
e deixa que Deus o salve à sua maneira!

Senhor, abençoa tanta gente que me diz:
“olhe que eu rezo por si todos os dias!”
Nesta manhã, também vos peço por todos doentes,
pelos que andam perdidos e sem esperança,
pelos que Te disseram sim, mas voltaram atrás,
pelos que perderam a fé e não se sentem amados.
Espírito Santo, brisa suave que nos dá força e luz,
ajuda-nos a viver neste mundo com o coração em Deus 
e a contribuir para que este mundo se converta do mal. 

segunda-feira, julho 01, 2019

 

2ª feira da 13ª semana do Tempo Comum


O Senhor respondeu: «Em atenção a esses dez justos, não destruirei a cidade». (cf. Gen 18,16-33)

Deus é justo e bom, paciente e misericordioso.
não monda o joio antes de frutificar o trigo.
A sua justiça não é estatística, nem se orienta pela maioria,
mas é personalizada e onde cada um 
tem o peso dum filho querido!
Um só justo protege uma cidade de pecadores,
porque o Bom Pastor, que procura a ovelha perdida,
não abandona a ovelha fiel que lhe obedece e O ama!

Muitas vezes, na justiça humana paga o justo pelo pecador!
Se dois ou três se portam mal, toda a turma fica de castigo.
Na justiça divina, salvam-se os pecadores por causa de um Justo!
Daí a importância do justo continuar fiel ao Senhor
e não se deixar contaminar nem desanimar,
pois ele é um escudo de salvação até que a colheita aconteça!
Não adianta lamentar-nos nem condenar o mundo,
o importante é converter-nos 
e perseverarmos no caminho do seguimento de Jesus.

Senhor, Bom Pastor que nos guias,
ajuda-nos a responder com fidelidade ao teu chamamento.
E quando a noite à nossa volta são trevas orgíacas,
ajuda-nos a ser vela acesa no teu Círio,
azeite oferecido para gastar-se, iluminar e temperar.
Espírito Santo, guia-nos no caminho de Jesus,
para que, apesar da solidão e da diferença,
continuemos fiéis na missão de contribuir 
para a salvação do mundo, pela intercessão e pelo testemunho!

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