terça-feira, junho 30, 2020

 

3ª feira da 13ª semana do Tempo Comum


Levantou-se no mar tão grande tormenta que as ondas cobriam o barco. Jesus dormia. (cf. Mt 8,23-27)

Jesus viaja no nosso barco e sujeita-se aos mesmo perigos.
Ele descansa em nós e quer que nós descansemos Nele.
Enquanto Ele caminha connosco, não tenhamos medo,
pois a barca não irá ao fundo, mesmo balançando ao vento!
A fé na sua presença sobrepõe-se ao rugido da tormenta!

A criança, porque confia, dorme tranquila no colo da mãe,
apesar do ruído duma festa ou do balançar de uma viagem.
Acalma-se o medo do escuro quando se agarra a mão protetora.
Aceitamos ser adormecidos com anestesia para uma cirurgia,
porque confiamos na equipa clínica que nos vai operar.
É pela confiança que vamos e enfrentamos as tormentas!

Senhor, obrigado porque fizeste entre nós a tua morada,
o teu Filho assumiu a nossa história, permanece connosco,
como mão que nos toca e rocha que nos segura, embora seja noite!
Nesta pandemia, a tormenta é o mundo parado,
o contágio silencioso, a dificuldade em respirar,
o desemprego a aumentar, as nuvens carregadas do futuro…
mas Tu vais na nossa barca, descansando a descansar!
Aumenta a nossa fé e dá-nos a tua paz!


segunda-feira, junho 29, 2020

 

S. Pedro e S. Paulo, apóstolos


Simão Pedro tomou a palavra e disse: «Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo». (cf. Mt 16,13-19)

O Senhor fez-se surpresa e graça na vida de Pedro e de Paulo.
Escolheu um pescador galileu para ser a pedra base da sua Igreja
e um fariseu da diáspora, discípulo de Gamaliel
e perseguidor da Igreja nascente, para ser o apóstolo das gentes!
Mistérios insondáveis só compreensíveis à luz da fé!
Tenho encontrado pessoas famosas, doutoras de alguma coisa,
que se confessam cegos e gostariam de ver o Invisível.
Tenho encontrado pessoas muito simples e até analfabetas,
que me falam de Deus como se O vissem e tocassem todo o tempo.
É quando fazemos a experiência de Jesus, O escutamos e amamos,
que descobrimos que vale a pena dar a vida por Ele!
O que une Pedro e Paulo, pessoas tão diferentes, é a sua paixão por Cristo!

Senhor Jesus, também eu escutei a tua voz e Te segui,
ainda a gatinhar, sempre recomeçando até todo me dar.
Obrigado por Pedro, voluntarioso e medroso,
que me anima a prosseguir e só apenas na tua graça confiar,
quando ao virar da esquina Te nego e gaguejo ao anunciar-Te!
Obrigado por Paulo, intolerante e senhor de si,
que ao cair na sua cegueira me ensina a ser humilde e acolhedor!
S, Pedro e S. Paulo, rogai por nós!


domingo, junho 28, 2020

 

13º Domingo do Tempo Comum


Quem não toma a sua cruz para Me seguir, não é digno de Mim. (cf. Mt 10,37-42)

O amor é entrega total de Deus por nós e de nós por Deus.
Jesus, o Filho de Deus, toma a sua cruz e a nossa,
porque isso é o que vê fazer ao Pai numa eternidade amante.
Acolher um Deus assim, que ratifica a sua aliança na cruz,
é aprender a amar mais a Jesus 
do que aquilo que são os nossos tesouros:
a família, os amigos, a realização pessoal, os sonhos de poder…

Ao longo da vida, carregamos a nossa cruz:
os nossos medos, as nossas rejeições, as nossas limitações,
as nossas fragilidades, os nossos fracassos, pessoas difíceis…
Ás vezes dá vontade de fugir, de responder com a mesma moeda,
de negar, esconder, fazer plásticas no corpo e na história…
Mas é com esta cruz que devemos mostrar que amamos como Jesus!

Bom Deus, reconheço que nós somos a tua cruz,
filhos complicados e frágeis, discípulos traidores e infiéis,
amigos interesseiros e inconstantes.
Obrigado porque nos acolhes como somos
e nos ajudas a renascer como sonhastes!
E quando me dá vontade de desistir de ser teu enviado,
por causa da minha cruz, dá.me forças para fiel como Jesus!


sábado, junho 27, 2020

 

Sábado da 12ª semana do Tempo Comum – S. Cirilo de Alexandria


Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa; mas diz uma só palavra e o meu servo ficará curado. (cf. Mt 8,5-17)

Deus enviou-nos a sua Palavra compassiva e redentora.
É Palavra que escuta a dor e responde salvação,
cura a paralisia e liberta o ânimo para servir.
É Palavra que toca e Palavra que atua pela fé.
Quando Jesus entra, a casa é templo de salvação!

Esta pandemia veio devolver à casa o seu lugar central.
Não é apenas um dormitório ou um refeitório,
é um lugar de refúgio dos perigos, 
um espaço de construção do amor familiar,
uma escola de saberes, fé e valores.
Experimentemos convidar Jesus a entrar,
por meio da escuta da sua Palavra e da resposta do nosso amor.

Senhor, eu não sou digno que entres em minha casa.
É por pura graça que em mim fazes morada! Obrigado!
Senhor cura todos aqueles que pela doença, medo ou egoísmo,
o seu corpo não obedece e a casa se torna uma prisão.
Ajuda-nos a ter saúde para melhor podermos servir.
S. Cirilo de Alexandria, sábio de Cristo e de Maria,
intercede para que tenhamos uma fé forte e esclarecida.


sexta-feira, junho 26, 2020

 

6ª feira da 12ª semana do Tempo Comum – S. Josemaria Escrivá


Senhor, se quiseres, podes curar-me. (cf. Mt 8,1-4)

O pecado torna-nos leprosos, deformados, insensíveis,
associais, contagiosos do mal, movidos a medo!
Deus envia o seu Filho como Médico purificador,
acessível às nossas súplicas, Mão que nos levanta e cura.
Não nos deporta para o exílio, deserto povoado de estranhos,
mas envia-nos ao templo para sermos readmitidos na sociedade.

A nossa sociedade está doente e o planeta está febril.
O vírus mostrou que somos portadores do mal, sem o sabermos.
Temos que reaprender a prudência do devido distanciamento
e o cuidado com proximidades em relação a estranhos.
A fé vacina-nos contra o vírus do egoísmo e da cegueira
e faz de nós portadores da esperança protegida e solidária.

Senhor, Companheiro invisível que nos protege e salva,
cura-nos das nossas lepras e dos males assintomáticos, mas contagiosos.
Faz de nós portadores de bênção e presença saudável,
para podermos continuar a tua missão redentora no mundo.
S. José Maria Escrivá, intercede por nós 
e ensina-nos a ser missão evangelizadora!


quinta-feira, junho 25, 2020

 

5ª feira da 12ª semana do Tempo Comum


Entrará no reino dos Céus, só aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos Céus. (cf. Mt 7,21-29)

Em Deus a Palavra é “faça-se”, por isso, é criadora,
é aliança, é profecia, é encarnação do Filho, é Igreja.
Nos humanos a palavra é muitas vezes escuta sem nidação,
ruído sem verdade, oração sem fé, pregação sem vida.
É prudente escutar a Palavra de Deus e pratica-la,
é insensato dizer-se cristão e viver como pagão!

A identidade religiosa é múltipla e à medida.
Uns dizem-se católicos por terem sido batizados,
por praticarem algumas devoções populares,
por usarem uma medalha ou crucifico,
por terem uma imagem de santo em casa,
por visitarem Fátima e colocarem umas velas a arder…
Outros são mais exigentes e buscam um compromisso diário
de diálogo e escuta de Deus e de empenhamento por um mundo melhor!

Senhor, quantas vezes Te chamo assim e não Te aceito como Senhor!
Faz de mim uma pessoa sensata e prudente, coerente e atenta,
para que construa a minha vida sobre a rocha da tua Aliança.
Liberta-me da insensatez de ouvir e não praticar,
de ir uns minutos à Igreja e o resto do tempo andar longe do Evangelho!


quarta-feira, junho 24, 2020

 

Nascimento de S. João Batista


Quem virá a ser este menino? (cf. Lc 1,57-66.80)

Deus chama João desde o seio materno, 
e faz do sonho de Zacarias e Isabel uma missão.
A grandeza de João é a sua humildade,
o seu esvaziamento de vida social e plenitude de vida com Deus, 
a sua concentração na missão de preparar a vinda do Messias.
A sua vida é ser profeta e servo de Deus!

Cada nascimento é uma missão de Deus,
mesmo quando a circunstância é fortuita.
Uns projetam os seus sonhos nos filhos
e tentam modela-los à sua imagem e semelhança. 
Outros, cuidam dos seus filhos como seres livres
e ajudam-nos a amadurecer a sua vocação.
Uns ensinam a voar, outros a rastejar!

Senhor, bendito sejas porque todos somos João,
surpreendente manifestação da tua graça,
missão em embrião a desabrochar com a vida!
Espírito Santo, animador de profecia, 
ajuda-nos ser hoje precursores de Cristo
no coração de quem anda sedento de mais vida e dignidade!
S. João Batista, rogai por nós!


terça-feira, junho 23, 2020

 

3ª feira da 12ª semana do Tempo Comum


Tudo quanto quiserdes que os homens vos façam fazei-o também a eles. (cf. Mt 7,6.12-14)

Deus quer que o nosso culto seja de amor,
por isso, trata-nos com amor e serve-nos a salvação.
Jesus é o Caminho da vida que vem ao nosso encontro,
para que nós sejamos caminho de vida na relação com o próximo.
É a pedagogia do silêncio que fala pelo testemunho!

O individualismo fez de nós uma sociedade pluricêntrica.
Cada um quer ser o centro de atenções e de direitos,
que se conquistam pela força da reivindicação e da justiça. 
Os meios de comunicação social são uma forma eficaz de pressão.
Saber colocar-se no lugar do outro, ajuda-nos a perceber
que os direitos do outro são os meus deveres e vice-versa.

Senhor, em Ti encontro a Fonte da paz, 
ajuda-me a ser canal de paz para os todos.
Cristo, nosso salvador, que deste a vida por todos,
ensina-me a descentrar-me para poder amar sem medida.
Espírito Santo, brisa de comunhão que nos une a todos,
guia-nos no caminho do diálogo, da solidariedade, 
da unidade, da verdade, da justiça e do cuidado da vida! 


segunda-feira, junho 22, 2020

 

2ª feira da 12ª semana do Tempo Comum


Não julgueis e não sereis julgados. (cf. Mt 7,1-5)

O Senhor, primeiro adverte por meio dos seus profetas, 
a sua Palavra dá elementos para que o próprio se julgue,
no final, age em conformidade, respeita as opções feitas.
O pecado, o egoísmo enfraquece-nos como povo,
por isso, quando se relaxa a aliança, somos facilmente vencidos.
Julgar os outros, não é nossa missão.
A nossa missão é corrigir, recuperar, entrar em conversão!

O olhar nem sempre é neutro nem objetivo.
O olhar de preconceito vê no diferente tudo igual.
O olhar de ódio vê no odiado um monstro a abater.
O olhar de medo vê em toda a visita um perigo.
O olhar do amante vê no amado um ser perfeito.
Nestas condições, podemos atrever-nos a julgar?

Senhor Jesus, Juiz que vieste para salvar e não para condenar,
ensina-nos a fazer da nossa vida a mesma missão.
Dá-nos um olhar bom, compreensivo, paciente e humilde,
que vê no outro um espelho e nos estimula à própria conversão.
Ajuda-nos a escutar o que nos falas pelo que vemos no próximo,
a imitar o que vemos de bom e a evitar o que vemos de mal!


domingo, junho 21, 2020

 

12º Domingo do Tempo Comum


Não temais os que matam o corpo, mas não podem matar a alma. (cf. Mt 10,26-33)

O Amor é incompreendido e sofre resistência e violência.
Deus plantou-nos um jardim e nós revoltámo-nos contra o Jardineiro.
Na sua fidelidade e misericórdia enviou-nos profetas
e o próprio Filho, e perseguiram-nos e mataram-nos.
Os discípulos de Jesus sofrem a mesma perseguição no corpo,
mas têm em Deus a muralha que lhes protege a alma e os faz eternos!

A maioria dos nossos medos prendem-se com este corpo:
medo de adoecer e morrer, medo de engordar e envelhecer,
medo de ter fome e de sofrer, medo de não atrair e de ser amado…
Os medos da alma, menos visíveis e distanciados no tempo,
quase não se sentem com o ruído do presente:
medo de pecar, medo de não ser fiel à nossa missão, 
medo de ser injusto, medo de trair o amor…

Senhor, bendito sejas, Coração grande, Missão incansável,
Graça sem medo, Cordeiro oferecido, Aliança eterna!
Espírito de fortaleza alimenta a nossa pequenez,
dá esperança e rumo ao nosso sentido de sobrevivência,
para que na ânsia de salvar este corpo não percamos a alma.
Ajuda-me a ser fiel à minha missão
e a alimentar o que é eterno e não o que perece!


sábado, junho 20, 2020

 

Sábado da 11ª semana do Tempo Comum – Imaculado Coração de Maria


Sua Mãe guardava todas estes acontecimentos em seu coração. (Cf. Lc 2,41-51)

O templo é o encontro de corações,
o de Jesus com o Pai, o da Mãe com o Filho.
São amores envoltos em mistério,
sempre buscado, nem sempre compreendido.
A confiança que nasce da fé, alcança o que razão desconhece.
Encontram Jesus ao terceiro dia, mas o mistério permanece!

O nosso coração anda dividido entre o presente e o eterno,
a fé e a razão, a certeza e a dúvida, a santidade e o pecado,
o amor e o ódio, o estar e o devanear, o servir e o poder,
o egoísmo e a solidariedade, o comodismo e a missão.
Por isso, é tão difícil permanecer, ser fiel, ser resiliente na fé,
na oração, no amor, no perdão, na santidade, na missão!

Espírito Santo, faz-me ser Jesus na oração ao Pai.
Maria, nossa Mãe, obrigado porque nos buscas perdidos,
com um coração aflito e confiante de Mãe grande!
Dá-nos, Senhora, um coração puro e fiel,
semelhante ao Teu, enraizado na fé e no amor.
Faz com que o templo seja encontro de corações!


sexta-feira, junho 19, 2020

 

Sagrado Coração de Jesus


Aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração. (cf. Mt 11,25-30)

Deus faz do quotidiano um presente permanente,
numa harmonia de beleza, cor, sabor, perfume e música!
Tudo é único e personalizado, sem desleixo nem monotonia!
Por isso, a história tornou-se tempo de salvação,
carinho pelos simples, descanso dos fatigados,
aliança retificada pelo sangue do seu Filho!
Só pela lente do amor e da misericórdia a vida faz sentido!

A história contada é normalmente a dos violentos,
dos conquistadores, dos prevaricadores, dos adúlteros.
Alguns Meios de Comunicação Social já se deram conta disso
e tornaram-se altifalantes do crime, necrófilos do sangue!
Felizmente há histórias que falam da surpresa da força da mansidão,
do humanismo daqueles que expõem a vida para salvar vidas,
da coragem daqueles que denunciam a injustiça e constroem a paz!

Meu bom Jesus, ensina-me a ser manso e humildade de coração.
É pela porta do teu Coração que quero estar em Deus,
relacionar-me com os irmãos, viver a minha fé!
Pai Santo, modela o meu coração semelhante ao Teu,
e que o teu Filho e o Espírito Santo me ajudem a conhece-Lo.
Sagrado Coração de Jesus fazei que eu ame cada vez mais!


quinta-feira, junho 18, 2020

 

5ª feira da 11ª semana do Tempo Comum


Quando orardes, não digais muitas palavras. (cf. Mt 6,7-15)

Deus conhece-nos e entra em diálogo connosco.
Pede ao seu Filho para ser a sua Palavra
e ao seu Espírito para abrir a comunhão e a comunicação.
A nossa oração é a resposta a esta missão,
a esta fonte de desejo de relação e de amor
que Ele coloca no nosso coração.
Por isso, rezar é a gratidão de sermos filhos 
e de estarmos com o Amado!

Rezar muito não é contabilizar horas e palavras
numa paragem laboriosa e esforçada,
para ensinarmos a Deus o que Ele nos deve fazer.
Rezar bem não é repetir orações fortes e eficazes
como se fosse a magia das palavras, a chave que abre o Céu!
Rezar é simplesmente elevar o olhar e confiar,
sentir-se amado e agradecer, ter compaixão e suplicar!

Pai nosso, que estais nos Céus, 
que bom é podermos encontrar-nos!
Jesus, nosso Irmão, obrigado por nos dares o teu Pai!
Espírito Santo, obrigado, porque neste tatear o Invisível,
nos inspiras a gramática do amor e da confiança!


quarta-feira, junho 17, 2020

 

4ª feira da 11ª semana do Tempo Comum


Tende cuidado em não praticar as vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles. (cf. Mt 6,1-6.16-18)

Deus vê o oculto e o invisível, a verdade que nos move,
e julga-nos pelo que somos, não pelo que parecemos.
Cada pessoa é um mistério que esconde e se revela,
quando quer e como quer, 
numa tentativa de projetar uma imagem ideal.
Mas nós somos fragilidade amada, aprendizes do amor,
peregrinos da verdade, sede de santidade…!

A ânsia de sermos admirados e o medo de sermos rejeitados,
leva-nos a esconder o nosso passado imperfeito e doloroso,
as nossas fragilidades e limitações, o que somos e não parecemos.
A vida é muitas vezes um esconde-esconde,
num palco de teatro em que representamos papeis.
Os bastidores, os camarins, os pesadelos não revelados,
acabam por ser mais reais e importantes do que parecem.

Senhor, eis-me aqui como sou, pecador amado,
caco recuperado na olaria da misericórdia!
Obrigado pela vida que nos dás, aventura jamais terminada,
tentativas e quedas, acertos e desacertos, pecado e santidade!
É pela esperança e a graça que vou, tateando caminho,
numa imperfeição que fazes missão, humilde e apoiada!
Que o sacramento da Reconciliação seja confissão de verdade!


terça-feira, junho 16, 2020

 

3ª feira da 11ª semana do Tempo Comum


Amai.. e orai.. para serdes filhos do vosso Pai que está nos Céus; (cf. Mt 5,43-48)

Deus é coração e a sua essência é ser manancial de amor.
A perfeição do seu amor não é rigidez ou justiça punitiva,
mas sol que inclui, chuva que não faz acessão,
misericórdia atenta à contrição, justiça curativa!
Ele quer-nos filhos no Filho e animados pelo Espírito Santo,
não como privilégio, mas como missão da qualidade de amar.

Nesta pandemia anseia-se por uma vacina que resista ao contágio.
O mal da sociedade, a ofensa e a perseguição contagiam-nos
e deixam-nos pior que estragados e incomodados,
secando-nos a paz e a amabilidade para com o próximo.
A não ser que estejamos vacinados contra o ódio e o rancor,
e não nos deixemos contagiar pelo mal,
sabendo rezar pelos que nos perseguem e amar os inimigos!

Senhor, que jorra eternamente amor e compaixão,
neste deserto da história poluída de malquerer.
Fortalece as nossas defesas e anticorpos contra o ressentimento,
aprendendo a perdoar, a rezar pela conversão,
a alargar o espaço do nosso coração, imitando Jesus.
Ensina-nos a amar sempre e dá a mesma graça aos nossos inimigos!


segunda-feira, junho 15, 2020

 

2ª feira da 11ª semana do Tempo Comum


Eu, porém, digo-vos: Não resistais ao homem mau. (cf. Mt 5,38-42)

Deus trata-nos segundo o seu Coração, 
não segundo o que os nossos atos merecem.
Não é “olho por olho e dente por dente”,
mas pecado por misericórdia, fragilidade por graça.
O Enviado do Pai, perante os homens maus na cruz,
não responde com agressividade e vingança,
mas com silêncio, não violência e nova aliança!

A cobiça e o ressentimento são os reatores da guerra.
Quanta energia se gasta a ruminar ressentimentos,
a congeminar estratégias de vinganças e armadilhas,
a espalhar murmurações e, às vezes, falsos testemunhos?
O passado, neste caso, sobrepõe-se e comanda o presente.

Senhor, obrigado porque não desistes de me salvar e curar,
apesar das vezes em que Te ofendi, traí ou esqueci!
É porque trocas a vingança pela graça que temos esperança!
Ensina-nos este caminho difícil de não ressentimento
e de não violência, de perdão e de paciência, que semeia a paz, 
relativiza a deficiência e aposta na recuperação!


domingo, junho 14, 2020

 

11º Domingo do Temo Comum


Pelo caminho, proclamai que está perto o reino dos Céus. (cf. Mt 9,36-10,8)

Deus toma a iniciativa de se aproximar da humanidade.
Jesus revela um Deus caminho, palavra e aliança.
O que O move é o amor de Pai e de bom Pastor,
que se compadece dos que andam cansados e desorientados.
Ele quer ensinar-nos a ser compassivos e envia-nos em missão,
fazendo da vida um caminho que testemunha o reinado de Deus!

Esta pandemia mostrou que a obediência é uma virtude
e a vida é o dom supremo a que devemos submeter até a liberdade.
Quem usou a arrogância e a libertinagem provocou estragos
na saúde própria e na dos outros, na economia e na sociedade.
Pelo caminho nós vamos, portadores de bênção ou de doença,
próximos com a devida distância, tapando a boca e o nariz,
mas dialogando com um olhar cúmplice e comprometido!

Senhor, que Te fizeste Caminho e Companheiro,
que envia e acompanha, por amor e sem artimanha.
A vida é uma aventura, cheia de mistério
e a segurança é o outro, quando a compaixão se faz aliança.
Obrigado, porque em Cristo encontrei o rumo e a missão
de ser companheiro que alerta o mal e se faz enfermeiro.
Manda, Senhor, operários que trabalhem na tua messe!


sábado, junho 13, 2020

 

Sábado da 10ª semana do Tempo Comum – S. António de Lisboa


Aquele que os praticar e ensinar será grande no reino dos Céus. (cf. Mt 5,13-19)

A Palavra de Deus é uma fonte viva e inesgotável de sabedoria.
Meditar nela é ficar concebido, encarnado, identificado,
livre para viver feliz, sem amarras do passado nem ilusões do presente.
Foi assim com António de Lisboa, que trocou o palácio pelo convento,
as honras humanas pela dignidade de filho de Deus,
o silêncio do claustro pela missão em África, Itália e França.

Este ano, para evitar o contágio do vírus,
S. António não é marchas e sardinhas regadas,
folia e noitadas, casamentos e manjericos…
Mas é mais aquilo que António é:
silêncio e recolhimento, simplicidade e vida austera,
encontro e distanciamento, busca de sentido e esperança.

Senhor, bendito sejas pela força e luz da tua Palavra.
Com o coração agradecido, louvo-Te pelo dom da vida,
pelo caminho percorrido, por tanta gente encontrada,
por tanto amor recebido, por tanta experiência surpreendido.
S. António de Lisboa e de Pádua, de Deus e de todos,
ensina-me a viver do Evangelho e a ser dele testemunho humilde,
para que a vida não seja desperdício, mas missão empenhada!


sexta-feira, junho 12, 2020

 

6ª feira da 10 semana do Tempo Comum


Não cometerás adultério. (cf. Mt 5,27-32)

O amor de Deus tem a marca da eternidade.
Ele gostaria que descobríssemos essa forma de amar,
sem adultérios, nem traições, nem desistências.
Jesus veio revelar-nos um amor incondicional,
capaz de dar a vida por aqueles que O matam!

A ânsia de fazer experiências novas, 
traz consigo o desejo de quebrar rotinas.
O matrimónio, quando compromisso para toda a vida,
necessita de se recriar cada dia, num namoro criativo,
para que a rotina não mine o desejo e a paixão.
Muitos adultérios talvez nasçam deste descuido,
deste adormecimento na rotina, que leva a procurar fora
estímulos para a imaginação, o sonho e o devaneio.

Senhor, reconheço que o adultério não é só dos casados,
pois todos somos tentados pelo olhar da cobiça,
que deseja o adultério e o consuma na imaginação.
Perdoa as vezes em que Te esquecemos e Te abandonámos,
entregando o nosso amor a coisas que nos ocupam o coração.
Ajuda os nossos casais a serem fiéis 
e a cuidarem do seu matrimónio.


quinta-feira, junho 11, 2020

 

5ª feira da 10ª semana do Tempo Comum – Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo


Quem come a minha Carne e bebe o meu Sangue permanece em mim e Eu nele. (cf. Jo 6,51-58)

Jesus alimenta-se da vontade do Pai,
por isso, o Enviado permanece unido Aquele que O envia.
Jesus oferece-se como alimento de vida eterna
aos que Nele acreditam, O seguem e anunciam.
A Eucaristia é o sacramento deste alimento descido do Céu,
Palavra e Pão, vinho e comunhão, numa aliança eterna.

A Missa não é um ato individual de piedade,
mas uma celebração comunitária de fé,
que nos estrutura, purifica, guia e fortalece
para sermos missão em Igreja, 
tornando sagrado cada momento.
Participar e escutar, oferecer e acolher,
celebrar e viver, contemplar e testemunhar
são todos verbos dum mesmo louvor.

Bendito sejas, meu bom Senhor, 
Pão partido descido do Céu e elevado na cruz,
pedaço de amor na mesa da Eucaristia servido!
Espírito Santo, brisa de fogo que dás vida ao vinho e ao pão,
ajuda-nos a fazer da comunhão um ato de fé
e um compromisso de missão do teu Corpo vivo.
Bendito sejas, Emanuel escondido, eu te adoro!


quarta-feira, junho 10, 2020

 

4ª feira da 10ª semana – S. Anjo da Guarda de Portugal


Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por Ele amados. (cf. Lc 2,8-14)

O amor faz com que tudo esteja em função do amado!
E surpreendentemente, 
Deus parece que tudo fez em função do ser humano!
Até os anjos, que foram criados para servirem a Deus, 
nos servem personalizadamente para nos guardar e guiar!
Eles nos ajudam a dar glória a Deus e a construir a paz.

Um país desenvolvido é um povo justo, acolhedor, 
pacífico, feliz, solidário, livre, virado para as alturas.
Só assim se pode dar glória a Deus nas alturas
e paz na terra aos homens por Ele amados.
A arrogância, a violência, os fossos sociais e culturais,
a intolerância, a exclusão, o medo, a corrupção…
são sinais involutivos que não dão glória a ninguém.

Senhor, como é bom saber-nos amados por todos os lados,
sempre e misteriosamente, com um anjo ao nosso lado!
Bendito sejas pelo companheiro invisível que nos guia,
deixando-nos livres para decidir, sem desistir de ser amigo,
ajudando-nos a ver o essencial e o bom, 
na arte de semear felicidade e encontrar a Fonte que sacia.
S. Anjo dos nossos países guiai-nos na paz e na justiça!


terça-feira, junho 09, 2020

 

3ª feira da 10ª semana do Tempo Comum


Para que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus. (cf. Mt 5,13-16)

Deus é fonte de vida, que aquece e dá sabor.
O Verbo Divino é sol que nos visita com a sua luz,
palavra que dá sentido e sabor à nossa história.
Os que creem em Cristo são chamados a ser sal e luz,
pelo testemunho das boas que encarnamos de Jesus!

A vida do cristão é uma mensagem.
Uns passam a mensagem de uma pessoa piedosa,
mas no resto, em tudo igual aos outros.
Outros aliam a bondade e a justiça, à piedade,
empenhados no bem comum, tolerantes e dialogantes,
sabendo dar razões da sua fé e da sua esperança no dia a dia.
O resultado é levar outros a buscar a mesma Fonte de vida?

Senhor, a tua Palavra sabe-me a desafio a amar
e o teu Espírito queima-me o egoísmo e põe-me a caminhar.
Que incómodo este comodismo de não ser quente nem frio,
numa vida tranquila, ensimesmada, sem ondas e a boiar!
Faz de mim sal e luz do mundo, vida que não se glorifica,
mas que bendiz e anuncia o nosso Pai que está no Céus!


segunda-feira, junho 08, 2020

 

2ª feira da 10ª semana do Tempo Comum


Alegrai-vos e exultai, porque é grande nos Céus a vossa recompensa. (cf. Mt 5,1-12)

O Senhor é o fundamento da minha vida.
É no seu Coração que temos a fonte da vida,
a nuvem que nos sacia, o sol que nos ilumina,
o oceano onde desaguamos, 
a liberdade e alegria que buscamos.
Felizes os que em Cristo encontram o seu sentido!

O treino dos animais e dos humanos
é feito na base da obediência-recompensa.
O próprio Criador, para assegurar o essencial,
- a proteção da vida e a multiplicação da espécie-,
colocou a recompensa do prazer no ato de comer e sexual.
Mas quando das recompensas instintivas e primárias,
se passa às recompensas emocionais e espirituais,
descobrimos o prazer da amizade, a felicidade do amor,
o sentido da entrega a partir da fé e da esperança.

Bendito sejas, bom Jesus, feliz por ser missão do Pai.
Ensina-me a confiar na recompensa que me hás de dar,
apesar de hoje viver na humildade e às vezes até chorar,
tentar curar a ofensa com perdão, 
reconciliar o que anda em desavença,
fazer coisas boas sem recompensa imediata.


domingo, junho 07, 2020

 

10º Domingo, Santíssima Trindade


Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigénito. (cf. Jo 3,16-18)

O amor precisa de relação, 
por isso, Deus, que é amor, não podia ser indivíduo,
e revelou-se comunhão trinitária de Pessoas divinas.
O amor é criativo e ama o que cria,
por isso criou o belo, o bom, o diverso, a ternura…
E, por fim, criou o ser humano, à sua imagem e semelhança.

A solidão mata, a comunhão dá vida!
Amar e ser amado, valorizado, pensado, esperado…
vale mais do que um palácio, cheio de manjares, vazio!
A paixão do noivado e a fecundidade do matrimónio
são a imagem mais aproximada de Deus Trindade.
A vida comunitária, o diálogo, a Igreja em comunhão planetária…
são alguns dos muitos reflexos do Deus que nos criou e salvou!

Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo,
adoro-vos profundamente, extasiado de seres grandeza escondida
e revelada, de forma tão dramática, na missão de teu Filho!
Neste jogo de liberdade, perdemo-nos muitas vezes,
num desequilíbrio de fechar-nos e abrir-nos,
de dar e receber, de amar e de odiar, de confiar e de temer.
Espírito Santo, conduz-nos no caminho de Jesus para o amor do Pai!


sábado, junho 06, 2020

 

Sábado da 9ª semana do Tempo Comum


Acautelai-vos dos que gostam de exibir… (cf. Mc 12,38-44)

O amor dá-se totalmente, não o que sobra,
nem para que se veja, nem para se cobrar!
O Filho de Deus fez-se pobre para nos enriquecer a todos.
Deus conhece-nos profundamente e será o nosso Juiz,
por isso, gastar muita energia em exibir-se, dar nas vistas,
teatralizar… é uma vida de perdição, de faz de conta!

O marketing criou a marca e associou-a a uma mensagem. 
Assim, as pessoas definem-se pela marca que usam no vestir,
pelo veículo que adquirem, pela casa que têm, 
pelo telemóvel que usam, pelos lugares que frequentam…
As redes sociais são usadas para mostrar estas marcas.
O que somos de facto, os valores que nos movem…
é melhor nem pensar nisso, é mais cómodo ficar pelo teatro!

Senhor, eis-me aqui como sou, frágil e amado,
diante Ti, que me conheces verdadeiramente!
Sei que nada mereço e a salvação não tem preço, 
mas confio na tua misericórdia, pois sou barro agraciado!
Perdoa as vezes em que ando demasiado preocupado em exibir-me
e menos em ser, mesmo que não se note nem seja reconhecido.


sexta-feira, junho 05, 2020

 

6ª feira da 9ª semana do Tempo Comum – S. Bonifácio


Disse o Senhor ao meu Senhor: Senta-Te à minha direita. (cf. Mc 12,35-37)

O Messias é Filho de Deus e Filho de David.
A encarnação é o mistério do encontro entre Deus e o Homem,
numa pessoa simples e extraordinária, Servo e Senhor!
Por isso, quem se encontra com Jesus,
pode ou não se dar conta deste grande mistério,
que abarca o Céu e a terra e se concentra no Nazareno!

Saber coisas sobre Jesus ainda não é fé, são conhecimentos.
Acreditar que Jesus é o Messias e Salvador,
o Filho de Deus feito Homem e na cruz e ressurreição feito Senhor,
é segui-Lo, aberto ao mistério, como peregrino de pés calejados,
confiando Nele a nossa vida e salvação, apesar de ser de noite!
O roteiro é amar e o mapa do caminho é a Bíblia lida em Igreja.

Senhor Jesus, há tanto tempo que Te sigo e não passo de um aprendiz!
O teu mistério cada dia me surpreende nestas incursões à Palavra de Deus.
Guia-me com o teu Espírito e faz de mim teu discípulo fiel e aberto,
buscador humilde e evangelizador ardoroso, num namoro permanente!
S. Bonifácio, evangelizador da Alemanha, bispo e mártir,
intercede para que saibamos ser hoje testemunhas de Cristo!


quinta-feira, junho 04, 2020

 

5ª feira da 9ª semana do Tempo Comum


Qual é o primeiro de todos os mandamentos? Amarás… (cf. Mc 12,28b-34)

Deus é amor e a sua aliança resume-se em amar.
Amar primeiro e com todas as forças o Criador,
o Pai, o Salvador, o Pastor, o Médico, o Amigo….
Amar do igual modo o próximo como a nós mesmos!
Em Jesus, o Espírito Santo nos faz ver o amor incondicional,
que ama mesmo quando sofre e não é correspondido!

Amar não é palavras, nem abraços, nem beijos, nem presentes,
amar é querer bem ao outro, mesmo que isso exija afastar-se,
como aconteceu com o vírus, para evitar o contágio da pessoa amada.
Amar não é só prazer, mas é segurança na dor e na doença,
estar ao lado e chegar quando é silenciosamente esperado!

Senhor, obrigado por tanto amor escondido e jorrado,
neste mimo habituado, que às vezes até me esqueço de agradecer!
Espírito Santo, brisa suave que aquece o coração,
ensina-me a ser filho no Filho e oferta no perdão.
Sagrado Coração de Jesus, molda o meu coração, 
para que seja semelhante ao Teu no amor ao Pai e aos irmãos!


quarta-feira, junho 03, 2020

 

4ª feira da 9ª semana do Tempo Comum – S. Carlos Lwanga e companheiros


Quando ressuscitarem dos mortos, serão como os Anjos nos Céus. (cf. Mc 12,18-27)

Deus ama a vida e, por isso, a vida é eterna.
Mas a vida é dinâmica, diferente na continuidade.
A vida tem diversas fases: no útero, somos seres aquáticos,
pelo parto, vamos aprendendo a ser seres terrestes
e pela morte, tornamo-nos seres espirituais!
Deus acompanha-nos nesta peregrinação misteriosa,
ensinando-nos a viver cada fase, preparando a vida eterna!

A vida é um mistério anunciado
e querer medir o futuro apenas a partir do experimentado,
é arriscar a ser ateu ou agnóstico, ou inventor de hipóteses!
No útero, na vida atual ou no a pós-morte, 
conservamos a identidade, mas em condições de vida diferentes.
A ressurreição não será, por isso, uma réplica do presente,
mas algo diferente, como a planta a partir da semente!

Senhor dos vivos, neste mistério de amor revelado,
em Ti me encontro e na tua Fonte me alimento.
Em Cristo, que veio do futuro, encontro o caminho seguro,
mas com medo de sofrer, às vezes fico paralisado.
S. Carlos Lwanga e companheiros, jovens mártires do Uganda,
intercedei por nós, para que sejamos testemunhas da ressurreição!


terça-feira, junho 02, 2020

 

3ª feira da 9ª semana do Tempo Comum


De quem é esta imagem e esta inscrição? (cf. Mc 12,13-17)

Deus é o criador de todas as coisas
e ao ser humano criou-o à sua imagem e semelhança.
Por isso, nós somos de Deus 
e devemos dar-lhe o tributo da sua glória, o louvor do nosso amor.
O dinheiro é mandado cunhar pelo Estado
e nestes negócios devemos obedecer às suas regras.
A degradação é quando fazemos do nosso corpo negócio
e o tornamos objeto de tráfico, moeda de troca!

Nós somos cidadãos de duas cidades,
e devem saber ter as contas em dia com o Estado e com Deus. 
Devemos aprender a comportar-nos no mercado com justiça
e nas relações com Deus e os outros com amor e fidelidade.
Não se pode ser um bom cristão se não for um bom cidadão!

Senhor, obrigado porque nos fizeste à tua imagem e semelhança,
agraciados de dignidade, habilitados para amar e perdoar,
capazes de sorrir e dialogar, apetrechados para pensar e decidir. 
Perdoa as vezes em que a ilusão da pressa em enriquecer,
usa o dinheiro não para comprar coisas, mas pessoas;
a palavra não para comunicar a verdade, mas mentiras.
Ajuda-nos a dignificar a tua imagem na nossa vida!


segunda-feira, junho 01, 2020

 

2ª feira da 9ª semana do Tempo Comum – S. Maria, Mãe da Igreja




Jesus disse a sua Mãe: «Mulher, eis o teu filho». (cf. Jo 19,25-27)

O Filho de Deus, pela encarnação, torna-se Filho de Maria.
O fruto da Páscoa é a glorificação do Filho de Deus
e a geração da Igreja, Corpo de Cristo, animado pelo Espírito.
Maria, Mãe de Jesus de Nazaré é também Mãe da Igreja,
Cristo vivo nos discípulos que continuam a sua missão!
Jesus deu-nos o melhor que tinha: o seu Pai no Céu e sua Mãe na terra!

À Mãe de eleição foi dada a missão de ser Mãe de adoção.
A Igreja, que foi gerada pelo Filho e pelo Espírito,
foi adotada por Maria que tem pelos discípulos de Jesus
o mesmo amor que tem pelo Filho e fidelidade ao Espírito.
Ela é a discípula que está no meio dos discípulos
e caminha com eles, como Mãe e como Mestra.

Obrigado, Jesus, que Te partilhaste totalmente connosco,
dando-nos o teu Pai, o teu Espírito e a tua própria Mãe!
Maria, Mãe de Jesus, obrigado por aceitares ser nossa Mãe.
Também nós queremos ser teus filhos e parecer-nos com o teu Filho,
pois essa é a tua alegria e a garantia de sermos Igreja.
Mãe da Igreja, cuida de nós e ajuda-nos a ser fieis a Cristo!


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