domingo, junho 30, 2013
13º Domingo do Tempo Comum
Foi para a verdadeira liberdade que
Cristo nos libertou. (cf. Gl
5,1.13-18)
Deus é
amor, em liberdade plena para servir.
É um amor livre do
medo e, por isso, sabe delegar.
O Pai delega a
salvação no seu Filho que envia.
O Pai e o Filho
delegam a animação da vida renovada
no Espírito de
santidade e na Sua luz espiritual orientadora.
Deus, como comunhão
trinitária, delega nos ser humanos
a continuidade da
Sua missão libertadora.
É por isso que Ele
hoje nos chama a todos à salvação,
a buscarmos a
verdadeira liberdade para amar e servir,
sem medo nem
fundamentalismos,
sem dependências
nem contra-testemunhos.
A liberdade de
Cristo não é fazer o que nos apetece,
o que gostamos, nos
dá prazer e satisfaz os nossos caprichos.
Esta caricatura de
liberdade acorrenta-nos às necessidades cegas
que comodamente
fomos deixando que tomem conta de nós,
E coloca os outros
ao serviço dos nossos sonhos e temores.
A verdadeira
libertação de Cristo faz-nos parecidos com Deus,
liberta-nos dos
pavores e apegos às coisas e afetos,
e unifica-nos para
a total disponibilidade em seguir Jesus
e amar a todos num
abraço de sorrisos e partilhas de vida.
Senhor Jesus,
envia-nos o Teu Espírito de Caridade,
para que nos
purifique do que nos fecha sobre nós mesmos
e nos liberte para
sermos verdadeiros delegados de Deus na terra.
Liberta-nos da
duplicidade entre vida oculta e vida pública,
entre palavra
pregada e palavra vivida,
entre identidade
cristã e ética de valores pagãos.
Faz-nos livres para
amar e servir a Ti e a todos, sem exclusão,
no estado de vida e
circunstâncias em que vivemos.
VEM E SEGUE-ME
Oh! Como é maravilhoso,
Termos clara consciência
De que Tu, Deus e Senhor
Desejas contar connosco,
Para transformar o mundo
Num berço de paz e amor!
Neste sentido nos chamas,
Porque muito, a todos,
amas,
Convidando a Te entregar
Nossa vontade de amar,
E, contigo, semear
Esperança e sorrisos,
Nos corações oprimidos,
De ontem, de hoje e de
sempre,
Com gestos de amor e
perdão,
Ternura e compaixão.
É uma missão exigente,
Mas maior é o Teu poder
De amor, terno e clemente.
“As raposas têm tocas,
E a aves os seus ninhos,
Mas Eu, não tenho onde
reclinar
A cabeça e descansar.”
(cf Lc 9,51-62)
Se aceitas viver por amor,
Para realizar a vontade de
Pai,
VEM E SEGUE-ME,
Por empatia e afecto
E não olhes para traz,
Porque a todo o que Me
segue,
Por uma opção de amor,
O Pai também lhe concede
Sua bênção e Sua paz.
Por isso, se Deus te
chama,
Não temas dar-Lhe o teu
Sim,
Contando sempre com Ele
Que te segue e acompanha.
Se orares e O escutares,
Ouvi-lo-ás responder:
NÃO TEMAS ESTOU AQUI
E FICAREI ATÉ AO FIM.
Maria Lina da Silva, fmm
Lisboa, 29.6.2013
sábado, junho 29, 2013
S. Pedro e S. Paulo, Apóstolos
Combati o bom combate, terminei a
minha carreira, guardei a fé. (cf.
2 Tm 4,6-8.17-18)
A vida
dos santos Pedro e Paulo
é um
espelho onde nos podemos ver com esperança.
Pedro,
mestre pescador da Galileia, habituado ao risco
e a
lançar, durante a noite, a rede do seu sustento,
encontrou,
em Jesus, o Messias que procurava,
mas
teve que aprender a ser mestre discípulo
doutras
pescas, doutras noites, doutros mares.
Paulo,
doutor em Sagrada Escritura,
fariseu
no zelo e guerreiro nos métodos,
encontrou
na estrada de Damasco
uma
Luz que lhe cegou as seguranças
e o
transformou num combatente do amor e da graça,
dando
a vida para que todos se salvem.
A vida
é um combate do nascer ao morrer.
Há
bons e maus combates, há desistências e entregas.
Os
bons combates promovem o bem comum,
lutam
pela justiça e pela verdade,
constroem
a alegria com suor e persistência,
pacificam
as relações com o perdão,
acreditam,
vivem e anunciam a salvação,
são
estrelas polares nas noites de perdição.
Os
maus combates usam as armas da violência,
da
mentira, da injustiça, da destruição,
do
orgulho feroz, da descrença e da cegueira.
Senhor
Jesus, Mestre da Vida para sempre,
como
fizeste com Pedro e Paulo,
orienta
todas as nossas energias e sonhos
para
os bons combates, as boas carreiras, a fé fiel.
Faz
das nossa vidas luzeiros de boa nova
que
desmascaram a mentira e a injustiça
e
anunciam caminhos de redenção e esperança.
Que o
desânimo e a depressão não nos vençam
e
guardemos a fé até ao fim,
convictos
que vale a pena dar a vida por bons combates.
sexta-feira, junho 28, 2013
6ª feira da 12ª semana do Tempo Comum
Abraão prostrou-se com o rosto em
terra e começou a rir. (cf. Gn
17,1.9-10.15-22)
Deus
vê o tempo a partir da eternidade
e as
limitações a partir do “nada é impossível”.
Basta
confiar na Sua Palavra e fazer a nossa parte.
Abraão
prostra-se em sinal de adoração,
mas ri
em sinal de descrença e autocomiseração.
Podem
uns velhos centenários ser fecundos?
Não
será melhor ser realista
e
contentar-se com Ismael, filha da escrava?
Ter fé
em Deus é ousar ir para além do que se pode,
acreditar
que para Deus nada é impossível.
Podemos
ser, ao mesmo tempo, praticantes e rir-nos de Deus.
Achamos
que as bem-aventuranças são o máximo,
mas na
prática não acreditamos em Jesus,
rindo-nos
dum ideal que consideramos utópico.
Consideramo-nos
cristãos e até praticantes,
mas
nos negócios e na sexualidade,
rimo-nos
da doutrina social da Igreja e da sua moral.
Falamos
na importância da nova evangelização,
mas
fixando-nos nas nossas limitações,
rimo-nos
comiserados da nossa pouca força,
numa
sociedade descristianizada e indiferente.
Senhor,
Deus dos impossíveis e da esperança,
fecunda
a nossa pouca fé e confiança,
para
que possas fazer maravilhas com este barro.
Apesar
dos nossos risos comiserados e descrentes,
continua
a propor-nos a Aliança de Bom Pastor
e a
fecundar a nossa vida estéril e alquebrada.
Dá-nos
o dom da alegria dos filhos confiantes
e o
sorriso dos felizes, enraizados na eternidade.
quinta-feira, junho 27, 2013
5ª feira da 12ª semana do Tempo Comum
«Donde vens e para onde vais?».
Ela respondeu-lhe: «Fugi» (cf.
Gn 6,1-12.15-16)
Deus
está ao lado de quem sofre e do mais fraco.
Agar
desprezou a sua senhora, Sarai,
e
Sarai, mulher de Abraão, maltratou a sua escrava.
É um
ciclo de agressividade que gera o inferno.
Agar
prefere fugir a mudar a sua atitude na relação.
O Anjo
do Senhor vai ao seu encontro
e
questiona a sua opção fundamental:
“Donde
vens e para onde vais?
Queres
levar uma vida a fugir ou a construir?”
E
manda-a voltar para a sua senhora,
embora
numa outra atitude, a da humildade e de fé.
A vida
de relação está cheia de más opções
que
geram violência e secam a alegria de viver.
Muitos
optam por andar a vida toda a fugir,
de
Deus, dos outros e de si mesmo,
em vez
de tentarem mudar de atitude
e
cortarem com o ciclo de violência que alimentam.
Foge-se
da dor com drogas de evasão e alucinação.
Foge-se
do vazio aumentando o ruído e a ocupação.
Foge-se
dos outros pelo isolamento, o mutismo, a separação.
Foge-se
de Deus evitando a oração e a Palavra da verdade.
Quem
foge, vê em tudo inimigos, mirra no crescimento,
cansa-se
por não saber donde vem nem para onde vai.
Senhor,
bom Pastor, que não abandonas o fraco e o pecador,
obrigado
pela Tua Palavra de aviso e de esperança
que
nos convida a voltar, em atitude de conversão e de confiança.
Obrigado
pelo projeto lindo que tens para cada um de nós.
Dá-nos
a sabedoria de transformar o lixo em fertilizante
de
relações novas e dum jardim arejado e frutífero.
Liberta-nos
da tentação da fuga que nos vitimiza
e
abre-nos a uma vida refletida e motivada,
conduzida
pela luz da Tua Palavra
e
alimentada pela força reconciliadora do Teu Corpo.
quarta-feira, junho 26, 2013
4ª feira da 12ª semana do Tempo Comum
Abrão acreditou no Senhor, o que
lhe foi atribuído como justiça. (cf.
Gn 15,1-12.17-18)
Abraão é um
peregrino na fé.
Parte de Ur dos
Caldeus quando a idade lhe pedia
para se aposentar
da esperança.
Caminha à luz da
visão e da promessa,
mas o tempo passa e
nem a descendência nem a terra
se vislumbram em
sinais palpáveis.
É assaltado pelo
pavor e pela angústia
do pôr do sol da
vida estéril
que o mergulha na
noite escura do vazio.
Mas o Senhor faz-se
brasido fumegante
e archote de fogo
que ilumina a noite
com o clarão
quente e acolhedor da Aliança.
“Não temas, Eu
sou o teu escudo”.
“Olha o céu e
conta as estrelas, assim será a tua descendência”.
E Abraão
rejuvenesceu pela fé no Deus da Promessa!
Muitos de nós
entramos em desespero
quando olhamos o
envelhecimento do nosso clero,
a inconstância e
pouca participação dos nossos cristãos,
o esvaziamento dos
valores cristãos na nossa sociedade,
a falta de jovens
apaixonados pelo seguimento de Cristo.
Como Abraão,
parece-nos entrar no pôr do sol da história.
Mas o Senhor da
história é o mesmo, Ele é o nosso escudo,
só precisamos de
confiar como Abraão
e tornar-nos, pela
prática da fé, em herdeiros da Aliança.
Senhor da Aliança
e da paz,
ensina-nos a
confiar na Tua fidelidade
e a caminhar na
noite das nossas provas,
à luz da fé na
Tua Palavra e no Teu amor.
Ajuda-nos a olhar o
Céu e a contemplar a natureza
sustentados na Tua
providência,
conjugada com a
nossa obediente colaboração.
Que a nossa vida dê
frutos abraâmicos de fé.
terça-feira, junho 25, 2013
3ª feira da 12ª semana do Tempo Comum
Não haja questões entre mim e ti
(….) uma vez que somos irmãos. (cf.
Gn 13,2.5-18)
Deus
deu-nos os bens e a vida
para
aprendermos a conviver em fraternidade,
à
imagem da convivência na Santíssima Trindade.
Há
terra para todos e pastagens para os rebanhos,
quando
a ambição não incha o olhar nem cega o diálogo.
Abrão
caminha movido da fé no Deus da Promessa,
por
isso, procura a justiça e a paz com o seu sobrinho.
Lot
escolheu as planícies férteis irrigadas pelo Jordão,
mas
contaminadas pelo mau comportamento de Sodoma.
Abrão
aceitou estabelecer-se junto ao carvalho de Mambré,
onde
levantou um altar ao Senhor, Seu Amigo.
Assim
nasce um povo enraizado na amizade divina.
A
Terra é um planeta jardim, rico em biodiversidade,
preparado
com carinho, arte e equilíbrio,
por um
Deus que sonhou ver seus filhos felizes
numa
fraternidade solidária e complementar.
A
ambição de alguns cegou a fraternidade
e o
jardim transformou-se em deserto
a
planície encheu-se de castelos e cercas de proteção,
a
violência semeou o medo e a vingança,
as
pedras do altar tornaram-se torres de menagem.
Senhor,
Deus da Aliança e da Paz,
ensina-nos
a dialogar sem cobiça
e a
conviver sem agressividade nem mentira.
Liberta-nos
da tentação de sonharmos ser senhores
e de
transformar os irmãos em escravos.
Alarga
o horizonte do nosso olhar
e
aumenta a confiança na Tua Palavra de Verdade,
para
que nunca troquemos a paz e a união
por um
pedaço de terra ou uma questão de relação.
segunda-feira, junho 24, 2013
Nascimento de S. João Batista
O Senhor chamou-me desde o ventre
materno. (cf. Is 49,1-6)
Deus
chama-nos, não segundo os nossos méritos,
mas
segundo a Sua eleição e vontade eterna.
Ele
sabe o nosso nome e conhece o nosso ser,
antes
de nascermos e nos revelarmos.
Em
Deus conjuga-se o presente e a liberdade,
a
vocação e a missão no tempo e na eternidade.
Foi
assim no nascimento de João Batista,
é
assim no nascimento e vida de cada um de nós.
Somos
fruto do amor e não do acaso,
somos
chamados a colaborar no projeto de Deus
com
fidelidade profética e entrega total e confiante.
A
Igreja do passado cristianizou o solstício de Verão
com a
festa de S. João, o precursor do Sol da Justiça.
A sua
missão é preparar o solstício de Inverno,
o
nascimento do Sol que brilha nas trevas,
Jesus,
o Messias, Luz das nações e promessa concretizada.
Ele
deve diminuir para que Jesus possa crescer.
Hoje
assiste-se a um movimento inverso,
voltou-se
à festa ancestral do solstício,
fazendo
de S. João um folgão, de martelo na mão,
sardinha
no pão, ensopado em álcool e festa de tradição.
Ele,
asceta austero, que viveu no deserto e comia gafanhotos,
não
bebia bebidas alcoólicas e pregava a conversão!
Transformamos
um profeta da Luz
em
candeeiro fugaz, à nossa imagem e semelhança.
Senhor
de sonhos grandes e eternos
que
nos chamas a colaborar na Tua grandiosa missão,
obrigado
porque pensaste em nós com amor,
nos
criastes, confiando em nós o Teu tesouro de graça.
Ajuda-nos
a deixar-nos modelar em Ti,
Palavra
da Verdade, Aliança em fidelidade.
Liberta-nos
da tentação de Te reduzirmos
à
nossa imagem e semelhança
e
ensina-nos a sonhar grande e profético.
domingo, junho 23, 2013
Domingo 12º do Tempo Comum
Todos vós sois filhos de Deus pela
fé em Jesus Cristo. (cf. Gal
3,26-29)
Cristo
é um caminho de salvação
que
passa pela porta da renúncia de si mesmo
e pela
mobilização de todas as forças ao serviço do amor
a Deus
e a todo o ser humano sem exceção.
Acreditar
que Jesus nos salva na Cruz,
vencendo
na morte injusta a raiva e a vingança,
é
encontrar na misericórdia e no perdão
a
nascente de água viva que sustenta o amor para sempre.
Só o
Filho de Deus cura a ferida do ódio crónico
com o
antibiótico do Amor eterno e incondicional.
Aderir
a Cristo pela fé e pedir o Batismo
é
mais do que um rito de tradição ou de iniciação
para
ficar tudo na mesma com a cédula na mão.
É
revestir-se de Cristo, sob o pulsar do Seu Espírito,
aprendendo
a gerar irmãos de coração
em
todos aqueles que Deus ama como filhos
e a
confiar mais no eterno que se promete
do que
no instante passageiro que se vê e sente.
Senhor
Jesus, Porta estreita do amor crucificado,
que
abris de par-em-par a quem Te quer seguir,
ensina-nos
a arte de viver em contracorrente
como
verdadeiros Filhos de Deus em peregrinação.
Liberta-nos
do acessório que nos engorda e pesa
para
nos sentirmos livres para dar a vida
sem
nos consumirmos nem nos viciarmos na dependência
dos
tesouros transitórios do poder, do ter e do prazer.
Que na
comunhão do Teu Corpo e Sangue
saibamos
aprender a comungar todo o irmão
e
anteciparmos o ideal do Céu
em
fraternidade comunicante e festiva.
sábado, junho 22, 2013
Sábado da 11ª semana do Tempo Comum
Para que a grandeza das revelações
não me ensoberbeça, foi-me deixado um espinho na carne.
(cf. 2 Cor 12,1-10)
Paulo
alegra-se com toda a sua história de salvação.
Transborda
de alegria com as suas experiências místicas,
luta
com esperança contra as tentações,
rejubila
com humildade porque a sua vida é pura graça.
Sente-se
um homem a caminho no seguimento de Cristo,
capaz
do melhor e do pior na santidade e no pecado,
em que
a fraqueza rebaixa o orgulho
e a
graça eleva a humildade.
A vida
cristã não é um tudo ou nada.
Quem
pensa que já é santo e perfeito
corre
o risco de dispensar Jesus, como salvador,
e de
se achar melhor que os outros.
É a
tentação de parar de caminhar,
sentado
no pedestal do orgulho e dos méritos,
olhando
os outros de cima, no seu cadeirão de juiz.
Quem
se fixa apenas nas suas fragilidades,
desespera
de caminhar para a santidade,
porque
confia mais nas suas forças
do que
na graça misericordiosa de Deus.
No
fundo, não se perdoa a si mesmo
a
humilhação de ser fraco, dependente de salvação.
Senhor
Jesus, nosso único Senhor e salvador,
obrigado
pela história de salvação única e personalizada
que
vais realizando na realidade frágil e inconstante
que
somos nós como pessoas e como relação.
Nós
te louvamos porque de humanos
és
capaz de fazer filhos de Deus
e de
pecadores humildes peregrinos do Céu.
Dá-nos
a sabedoria dos simples e das crianças,
que,
porque se sentem amadas como são,
não
desesperam nas quedas,
mas
sonham confiantes ser grandes como os que a amam.
sexta-feira, junho 21, 2013
6ª feira da 11ª semana do Tempo Comum
A minha preocupação de cada dia: o
cuidado de todas as Igrejas. (cf.
2 Cor 18,21b-30)
Jesus
gerou-nos na cruz da doação total
para
vivermos, não já para nós mesmos,
mas
cuidarmos uns dos outros
e
darmos a vida, nós também,
para
que ninguém se perca.
Como
Jesus, devemos procurar a glória de Deus
e a
fidelidade, na entrega, da sua amada Igreja.
Gloriar-se
por ser bom cristão
e um
abnegado ministro do Senhor é uma insensatez
que
nos leva à busca da nossa glória,
mais
perante os homens,
do que
no segredo e na verdade do coração de Deus.
A
dimensão missionária e universal da Igreja
é
essencial e deve ser estrutural para todo o cristão.
Cada
batizado, comunidade, paróquia ou diocese
deve
participar nesta solicitude materna de Cristo
que
quer que todos se salvem e que ninguém se perca.
Podemos
manifestar esta preocupação por todos
rezando
pelos que não creem, pelos pecadores,
pelos
perseguidos, pelos pastores, pela santidade da Igreja.
Pelo
testemunho de caridade solidária e entrega de vida
cuidar
dos irmãos mais necessitados e
atrair
e despertar outros para o seguimento de Cristo.
Senhor
Jesus, que nos salvas de uma vida encasulada,
alarga
o espaço do nosso coração sensível
ao bem
e salvação de cada um e de todos os irmãos.
Dá-nos
um coração missionário e pastoral,
capaz
de dialogar com todos, em profecia de amor
e
caridade na verdade e na justiça fraterna.
Liberta-nos
da insensatez de procurar a própria glória,
que
atulha o curriculum de méritos para nos engrandecer.
quinta-feira, junho 20, 2013
5ª feira da 11ª semana do Tempo Comum
Vos desposei com um só esposo, que
é Cristo, a quem devo apresentar-vos como virgem pura. (cf.
2 Cor 11,1-11)
A Igreja é chamada
a ser esposa de Cristo,
num encontro de
amor esponsal e puro,
numa aliança
eterna e fecunda.
O Apóstolo, pela
evangelização,
revela este Noivo
apaixonado,
que antes mesmo de
ser correspondido,
já deu a vida pela
Sua amada e a purifica
das aventuras
passadas em que foi enganada.
Cada novo cristão
que nasce da evangelização
é fruto desta
união fecunda de Cristo com a Igreja
que fermenta o
mundo com um amor novo.
Mas, como todo a
união matrimonial,
a relação com
Cristo pode ser adulterada.
Da simplicidade dum
amor puro e virgem,
pode-se derivar
para a complexidade dum amor dividido,
e a mentira de um
relação mal assumida.
Um coração
dividido enfraquece todo o corpo,
assim como o
adultério arrefece a paixão conjugal
e o pecado enruga a
santidade na Igreja.
Senhor Jesus,
abraço eterno de paixão crucificada,
continua a
namorar-nos pacientemente escondido,
porque sem Ti a
vida não tem sentido.
Espírito do Pai e
do Filho, beijo terno da Aliança,
faz-nos crescer num
amor simples e puro,
que nos liberta dos
ídolos do medo e da mentira,
e nos fideliza o
coração num amor único e confiante.
Faz da Tua Igreja
uma esposa bela e santa,
alegre e com
fecundidade missionária e vocacional,
para que Te dê
glória pelo seu testemunho de caridade.
quarta-feira, junho 19, 2013
4ª feira da 11ª semana do Tempo Comum
Quem semeia pouco também colherá
pouco. (cf. 2 Cor 9,6-11)
Deus
ama quem dá com alegria
porque
neles vê um reflexo do Seu amor.
Quem
partilha, motivado pela ternura,
parece-se
com Deus e alimenta a fraternidade.
Só
quem confia nAquele que nos dá a semente
e faz
crescer a planta em frutos multiplicados,
pode
semear solidariedades com generosidade
e
colher fraternidades com esperança e felicidade.
A
semente, se não é semeada em desprendimento confiado,
apodrece
infecunda em armazém desconfiado.
A vida
torna-se sustentável, quando semeada e partilhada.
Quem
semeia pouco, colhe pouco,
quem
semeia abundantemente, colhe gratuitamente.
Quem
semeia “nãos” aos apelos dos irmãos,
colhe
revolta, injustiça, isolamento, insensibilidade.
Quem
semeia caridade na verdade,
colhe
justiça, comunhão solidária, confiança no futuro.
Quem
semeia violência e agressividade,
colhe
vinganças, medo do outro, prisões de marginalidade.
Quem
semeia diálogo e perdão, fé e salvação,
colhe
paz, encontro, conversão, festa e união na diversidade.
Senhor,
que semeias no tempo para colher na eternidade,
ensina-nos
a semear partilhas para colhermos fraternidade.
Faz-nos
entrar na corrente fecundante da vida,
como
as aves, ensina-nos a semear a alegria nos desertos,
como o
vento, ensina-nos a espalhar a partilha aos quem nada têm,
como a
sexualidade fecunda, ensina-nos a semear a esperança no amor,
como o
agricultor ensina-nos a perder um para ganhar muitos frutos,
como
Jesus, ensina-nos a morrer em doação,
para
ressuscitarmos para uma Vida em compaixão.
Abre
os olhos do nosso coração e mobiliza as nossas mãos
para
um mundo novo fecundado pela caridade e pela justiça.
terça-feira, junho 18, 2013
3ª feira da 11ª semana do tempo Comum
Ele, que era rico, fez-Se pobre por
vossa causa, para vos enriquecer com a sua pobreza. (cf.
2 Cor 8,1-9)
Deus é
rico em misericórdia
e o
Seu amor jorra em fonte de graças e dons.
Deu-nos
tudo: a vida, a criação, a inteligência,
a
liberdade para acreditar ou negar,
a arte
de sorrir e de amar, de chorar e compadecer-se,
a
capacidade de nos darmos e de partilhar.
Deu-nos
tudo e deu-se Todo:
a
Aliança e a Palavra bussuladora,
o Seu
Filho eterno e omnipotente,
em
fragilidade de menino e impotência de crucificado.
Deu-se
totalmente no Seu Espírito derramado
em
inabitação luminosa e filiação divina fecundada.
Tão
próximo e tão tão pobre de poder,
que de
tanto amar se esvaziou de Si,
para a
todos enriquecer com o único tesouro que flui.
A
avareza cega-nos a solidariedade.
A
luxúria instrumentaliza a pessoa.
A
injustiça consagra a mentira e a corrupção.
A
insensibilidade ao necessitado é sintoma de diabetes espiritual.
A
incapacidade de partilhar e de perdoar
é
sinal de uma grande indigência de confiança
e
obesidade de egoísmo e de medo do futuro.
Só
imitando e seguindo a Cristo
podemos
descobrir que há mais alegria em dar do que receber.
Senhor
do Céu e da Terra
que
nos deste a posse universal de todos o bens,
ensina-nos
a cultivar a fraternidade e a justiça,
para
que a ninguém falte o pão nosso de cada dia,
nem um
pedaço de terra para cultivar a partilha.
Quando
encontrarmos alguém indigente de pão ou de ombro,
abre
as nossas mãos em sorrisos de generosidade.
Num
mundo descalibrado em mundos paralelos,
ajuda-nos
a ser voluntários da justiça e
pontes
de fraternidade solidária em fontanário,
para
que o homem se reencontre filho do mesmo Pai
que a
todos abraça e salva em doação total e eterna.
segunda-feira, junho 17, 2013
2ª feira da 11ª semana do Tempo Comum
Mostramo-nos em tudo como ministros
de Deus.(cf. 2 Cor 6,1-10)
Somos
colaboradores de Deus pela Sua graça.
Com
isso, não procuramos altares de adoração,
nem
tronos de privilégios e de isenção.
Somos,
pelo contrário, desafiados a seguir Jesus
que
sendo Deus se fez homem,
sendo
Senhor do Céu e da terra, se fez servo de todos,
tudo
possuindo, se fez peregrino e mendicante de amor.
A
graça de Deus manifesta-se na imitação de Cristo,
testemunhada
por S. Paulo com sua vida missionária:
perseverança
na tribulação, santidade de vida,
caridade
sem fingimento, perdão na difamação,
verdade
nas palavras e nas obras, luta pela justiça,
confiança
na perseguição, felicidade no ministério...
O Papa
Francisco tem falado muito desta Igreja,
frágil,
profética, justa, fraterna, serva e santa,
em que
todos se manifestem com ministros de Deus.
A
tentação, na Igreja e na sociedade,
é
fazer do ministério (=serviço) um poder sagrado,
que
nos permite viver como pagãos
e ser
tratados como senhores hierárquicos.
Quanto
maior for a responsabilidade, maior é o perigo,
mas
ninguém está isento desta tentação
de
transformar o serviço em poder.
Senhor
Jesus, Árvore de Vida Nova,
faz-nos
renascer com critérios e sonhos novos,
para
que aprendamos a subir descendo
e a
servir o bem com um amor incondicional.
Aumenta
a nossa fé na graça da cruz,
quando
nos sentimos crucificados pela dor,
pela
injustiça, pela rejeição e a incompreensão.
Ensina-nos
a arte da fidelidade na tribulação.
Que o
Teu Espírito de liberdade nos guie
e nos
ajude a ser verdadeiros ministros de Deus.
domingo, junho 16, 2013
Domingo 11º do Tempo Comum
Não quero tornar inútil a graça
de Deus. (cf. Gal 2,16.19-21)
Em
Deus o amor excedeu-se em dom,
a vida
manifesta-se em criação,
o
carinho esmerou-se em beleza e harmonia,
o
cuidado personalizado escondeu-se em leis da natureza,
a
misericórdia ofereceu-se em Aliança e perdão,
a
Palavra surpreendeu-nos em profecia,
o
Filho fez-se homem e entregou-se na cruz,
porta-voz
dum Deus que nos ama tanto,
que
não só não destrói o pecador,
como é
capaz de morrer por ele e o perdoar.
Nós
podemos tornar inútil esta graça abundante de Deus
passando
pela vida vegetando, num autismo narcisista.
Podemos
ser como a flor à janela duma sacristia,
que
vê, pelo vidro, a chuva cair abundantemente,
mas
definha de sede na vitrina do seu comodismo,
que
ouve os louvores a Deus na capela ao lado,
mas
vive amargurada, presa no seu vaso de mundo fechado.
Senhor,
oceano de graça onde a vida se refaz
e
transforma o pântano em nascente de água viva,
purifica
as nossas águas paradas do medo e do egoísmo
e
ajuda-nos a descobrir a alegria do dom que se acolhe e semea.
Aumenta
a nossa fé e confiança em Cristo
para
acolhermos a graça do perdão quando pecamos
e
fortalecermos a fraternidade quando Te comungamos.
Que o
teu Espírito nos abra o olhar à contemplação
e o
coração ao amor que deixa Cristo habitar,
para
que já não seja eu o ídolo a adorar,
mas
Cristo o Senhor que vive em mim.
sábado, junho 15, 2013
ENSINA-ME A VER, SENHOR, COM TUAS LENTES DE AMOR
Ver, como quem perscruta
E a voz de Deus Escuta,
Em cada ser contemplado,
Que deixa maravilhado
Todo o que com Deus se
encanta,
O tem vivo em sua alma,
Não apenas na garganta.
É ver o Bem semeado,
No justo e no pecador
Pelo próprio Criador,
Para, alegre, Te louvar,
Pelo Teu imenso amor.
É ver e reconhecer
O mal em mim existente
Que é fruto do meu
pecado,
Para a Deus recorrer
E ao sentir-se perdoado,
Começar a renascer.
Senhor, de amor e bondade,
Para toda a humanidade
E acolhes o pecador
Que Te olha arrependido,
Ao ver-se um indigno
filho,
Como Deus Pai compassivo,
Lhe concedes Teu perdão,
O abraças, sem criticar,
Antes, lhe estendes a mão,
Convidando-o a caminhar
Com festa no coração
E a sentar-se à Tua mesa
Da Palavra e do Pão,
Onde o ensinas a amar
E a saber perdoar,
Como Tu, a seu irmão.
Louvado sejas, Senhor,
Que detestas o pecado,
Mas amas o pecador,
Unge-me com Tua graça,
Para, contigo aprender
A usar lentes de amor,
Compreensão e perdão,
Para com o meu irmão
Que peca tal como eu,
Por fraqueza ou maldade,
Mas a quem sempre defendes
Sua humana dignidade.
Maria Lina da
Silva, fmm -Lisboa, 15.6.2013
Sábado da 10ª semana do Tempo Comum
Se alguém está em Cristo, é uma
nova criatura; as coisas antigas passaram: tudo foi renovado. (cf
2 Cor 5,14-21)
Cristo deu a Sua vida por todos,
impelido por um amor desconhecido e
eterno,
que nasce de Pai e nos reconcilia com
Deus.
Quem adere a Cristo pela Fé e o
Batismo,
deixa de viver para si mesmo e passa a
viver em Cristo.
É uma nova criatura, embaixadora da
reconciliação,
cujo coração bate ao ritmo de Cristo
e cujos pulmões respiram ao ritmo do
Espírito.
Mas o amor continua a ser livre
para viver para si mesmo ou para Deus,
para ser embaixador da reconciliação
ou responsável pela violência,
injustiça e divisão.
Cada instante necessita dum sim
renovado a Cristo,
pois se deixarmos de ESTAR EM CRISTO,
voltamos às coisas antigas, impelidos
por outros amores.
Senhor Jesus, que nos amaste primeiro
e Te deste todo inteiro e para sempre,
independentemente da nossa resposta,
obrigado e alarga o nosso coração
para que de amor e paz nos alimentes.
Ensina-nos a estar em Ti
permanentemente,
para que sejamos fieis embaixadores da
Tua reconciliação.
Que a nossa vida seja um SIM a Deus
e um NÃO claro à tentação e ao mal.
sexta-feira, junho 14, 2013
6ª feira da 10ª semana do tempo Comum
Nós trazemos em vasos de barro o
tesouro do nosso ministério.
(cf. 2 Cor 4,7-15)
A
grandeza e riqueza da graça de Deus manifesta-se,
mais
facilmente, na fragilidade humana.
A
beleza do ser humano está na humildade e vigilância
com
que cuida e zela pelo dom da vida, da fé e da vocação,
com
que Deus, na Sua graça, o eleva à dignidade de sócio.
O
barro da nossa fragilidade dá graças pelo tesouro que contém,
e
desperta-nos para a necessidade de caminhar à luz da verdade,
com
equilíbrio e atenção às ratoeiras da tentação,
de
pensarmos que o barro do instante é o tesouro
e o
dom de Cristo em nós o barro descartável.
A
consciência de sermos barro relicário,
duma
fé viva que quer florescer e dar fruto,
ajuda-nos
a cuidar para que não morra nem seque,
a
mondar as ervas daninhas do egoísmo e da inveja,
a
podar a cegueira do materialismo e da avareza,
a
tratar os parasitas que dividem e corroem a paz.
A
castidade precisa de ser cuidada e procurada.
O amor
necessita de ser descentrado e benfazejo.
A
relação carece de diálogo e perdão para se alimentar.
A
santidade vive de fidelidade e confiança total em Deus.
Senhor,
Tesouro escondido no barro da história,
ajuda-nos
a aproveitar a fragilidade e o pecado
para
Te louvar e agradecer pelo dom da Tua graça.
Senhor,
força do fracos e esperança dos perdidos,
protege-nos
dos perigos de perdermos o vaso e o tesouro,
quando
caímos no pecado e lutamos por tesouros de encantamento.
Dá-nos
a sabedoria da mulher aguadeira,
que
sabe ser mensageira da fonte da vida,
cuidando
com mestria, equilíbrio e persistência,
do
vaso frágil que transporta a água e gera vida nova.
quinta-feira, junho 13, 2013
5ª feira da 10ª semana do Tempo Comum – Festa de S. António
Aquele que medita na lei do
Altíssimo (…) será cheio do espírito de inteligência. (cf.
Sir 39,8-14)
Deus
guia as criaturas,
com
Suas Palavras de Aliança e de verdade,
a
crescerem até à estatura de filhos de Deus.
Quem
medita e adere à Palavra de Deus com confiança,
aprende
a alegria e a dignidade de ser filho do Altíssimo
e a
felicidade e o compromisso de ser irmão de todos.
É uma
sabedoria que penetra os mistérios da vida
e
concentra o coração naquilo que permanece
e não
na erva que de manhã viceja e à noite seca.
A vida
de S. António de Lisboa
navegou
em águas profundas
do
conhecimento vital da Palavra de Deus.
Os
estudos nos Cónegos Regulares de S. Agostinho,
em
Lisboa e Coimbra, não foram para acumular saberes,
mas
uma aprendizagem de viver livre e apaixonado
por
ser portador da luz de Cristo ao mundo
e dar
sabor à esperança ao cego e ao perdido.
Por
isso, quando se tornou doutor,
quis
viver como mendicante e peregrino,
evangelizador
da fé e facho de conversão.
A sua
vida fez-se Palavra e a Palavra gerou vida,
em
sandálias e burel de franciscano missionário.
Deus
da Aliança e do Amor,
obrigado
pela Tua Palavra de verdade
que
guia e alimenta uma vida para sempre.
Obrigado
por Jesus, Teu Filho e Palavra encarnada,
caminho,
escada e porta do Céu da paz e do amor,
para
quem O segue e O assimila na vida.
Obrigado
Espírito de sabedoria e de luz,
continua
a moldar o nosso coração
e a
fazer que a nossa vida glorifique a Deus
com a
transparência alegre das palavras e das obras.
quarta-feira, junho 12, 2013
4ª feira da 10ª semana do Tempo Comum
Foi Ele que nos tornou capazes de
sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do
Espírito. (cf. 2 Cor 3,4-11)
Batizados
em Cristo, fomos recriados à imagem do Filho.
Ungidos
pelo Espírito, recuperámos a saudade
de um
amor perdido, feito docilidade e ternura,
que
faz de nós servos-livres da nova Aliança.
A
letra morta dos mandamentos, que estava fora,
agora
habita e palpita viva em nossos corações.
O
sonho de Deus é que nos deixemos moldar a partir de dentro,
para
que nos tornemos letra viva do Amor de Deus,
com
pés de irmãos e mãos elevadas de adoração.
Uns
são movidos pelo medo da perdição,
outros
pelo arrastamento da cultura e da tradição,
outros
são como abelhas insaciadas,
que
saltam de flor em flor, em zumbido interesseiro,
sem se
apaixonar por nenhuma nem agradecer a doçura.
São
os cristãos por dever e sem convicção,
que
dos mandamentos petiscam apenas o que lhes agrada.
Senhor Jesus, que
nos chamas a ser ministros da nova Aliança,
envia-nos o Teu
Espírito de santidade e de amor,
para que sejamos
letra viva do Teu Evangelho
em todas as
circunstâncias e estados de vida.
Às crianças,
jovens e adultos,
aos solteiros,
casados, consagrados e viúvos
ajuda-nos a ser
ministros felizes e autênticos
da nova Aliança do
Amor divino
que faz do
quotidiano uma primavera de esperança.
terça-feira, junho 11, 2013
3ª feira da 10ª semana do tempo Comum – S. Barnabé
Um homem bom e cheio do Espírito
Santo e de fé. (cf. At
11,21b-26; 13,1-13)
O
Espírito Santo e o seguimento fiel de Jesus
recriam
e alimentam a vida do homem novo.
Os
frutos mais visíveis são a bondade feliz e livre,
encarnada
em sentimentos, atitudes e opções
onde
podemos ler facilmente Cristo vivo hoje.
Pelo
Batismo entregamos toda a vida a Deus,
para
que, na forja do Fogo do Espírito,
nos
purifique de toda a impureza e egoísmo
e nos
molde segundo a forma e o coração de Cristo.
Foi o
que aconteceu a José de Chipre,
que
pela fé aderiu totalmente a Cristo
e pelo
testemunho foi chamado, pelos outros,
Barnabé:
“Filho da Consolação”.
Livre
perante as riquezas, doa-se em caridade.
Aberto
às surpresas de Deus, acolhe o novo do Alto.
Servo
do bem e do diálogo, promove o trabalho em equipa.
Obediente
à Palavra, parte em Missão.
Humilde
servidor de Cristo,
deixa
que os outros cresçam e ele diminua,
para
que Cristo seja tudo em todos.
Senhor,
proposta de vida nova
para
quem aceita nascer de novo,
recria-nos
pela fé em Jesus, ao ritmo do Espírito,
em
imagens únicas e atuais de Filhos de Deus.
Faz de
nós Evangelho vivo legível para todos
os que
na cidade são analfabetos da Tua Boa Nova.
Abre
os nossos olhos aos sinais da Tua presença
e
torna-nos agentes dóceis da Tua Aliança.
segunda-feira, junho 10, 2013
2ª feira da 10ª semana do Tempo Comum – Anjo de Portugal
Não temas.
(cf. Dn 10,2a. 5-6. 12-14ab)
Deus
não abandona o seu povo.
Da-nos
e sustenta-nos a vida, vela por nós,
procura
o que anda perdido,
pacifica
quem anda temeroso,
anima
quem anda angustiado e sem esperança,
fortalece
o fraco e rebaixa o orgulhoso...
É um
Deus que nos ama na liberdade
e
cuida de nós escondido, com anjos que nos guiam,
com
mãos invisíveis e e palavras interiores.
O país
anda deprimido e age por medo.
As
segurança anteriores desmoronaram
e o
futuro escureceu, arrefecendo o ânimo.
Há
que começar de novo a construir a esperança,
em
alicerces mais realistas, mais solidários e justos.
O
futuro não nos pertence, mas o presente é um dom
que
precisamos de cuidar com humildade,
sentido
do bem comum, verdade e confiança.
Que o
nosso Anjo da Guarda nos conduza
pela
mão do discernimento e da paz.
Senhor,
Pastor incansável do Teu rebanho,
obrigado
pelo teu cuidado amoroso e personalizado.
Obrigado
pelo Anjo da Guarda que nos envias
como
mensageiro de esperança
e mão
amiga de caminhos que geram vida.
Ensina-nos
a saber ver e ouvir, no ruído das tentações,
este
amigo silencioso que nos conduz para Ti.
Faz de
cada um de nós um anjo da guarda do irmão.
domingo, junho 09, 2013
10º Domingo do Tempo Comum
«Agora vejo que és um homem de
Deus e que se encontra verdadeiramente nos teus lábios a palavra do
Senhor» (cf. I Rs 17,17-27)
Deus
fala por meio de profetas a quem inspira
palavras
e gestos que revelam a fidelidade,
a
paciência e o amor de Deus pela humanidade.
É uma
presença que revela o pecado que gera a morte,
para
depois poder recriar a vida pela fé e a conversão.
Elias
é um verdadeiro profeta, transparência do Deus da Vida,
que
devolve a alegria, em filho renovado, à mãe chorosa.
Por
fim, Deus envia o Seu Filho, o Verbo Divino,
Palavra
da Vida a peregrinar em coração compassivo,
ao
encontro do cortejo da morte que chora o desespero.
Jesus
toca o berço da morte com o dedo gerador de vida
e
manda levantar quem anda deitado e sem vida.
A
Palavra da Vida ressuscita o jovem que se senta,
em
atitude de discípulo atento à Palavra,
e
começa a falar palavras que revelam vida,
em
testemunho que anuncia a esperança.
Hoje
temos muitos pretensos profetas
que
anunciam a boa nova de salvação aos jovens.
Uns
prometem uma redenção religiosa e espiritualidade
a
troco da filiação na sua religião ou igreja.
Outros
prometem uma redenção política e económica
em
troca de um voto de confiança numa pessoa ou partido.
Outros
prometem uma felicidade moderna
em
troca do consumo de moda ou orgias noturnas
de
sociabilidade virtual e gozo artificialmente induzido.
A
promessa só é verdadeira quando os frutos são de vida
e os
filhos nos são devolvidos mais maduros e sábios,
com a
dignidade e liberdade de quem caminha de pé,
a
humildade e a abertura de quem dialoga sentado,
com o
entusiasmo e a confiança de quem ensina aos outros
o
caminho da vida para sempre, sem medo de ser diferente.
Senhor,
Palavra da Vida, Peregrino em tenda do encontro,
nesta
feira de vaidades com altifalantes de charlatães,
ensina-nos
o discernimento da Voz da Verdade
e a
sabedoria do olhar penetrante, especialista em qualidade.
Senhor
Pai Santo, que nos devolves o Teu Filho Vivo,
quando
te O entregámos morto e rejeitado,
recria-nos
no Coração compassivo do Teu Filho
e que
o Teu Espírito nos conduza na Fé e na Verdade.
Ensina-nos
a ser profetas da juventude de hoje,
para
lhe sabermos propor o caminho da Vida,
com
olhar de fé, pés de esperança e coração justo.