segunda-feira, setembro 30, 2013
2ª feira da 26ª semana do Tempo Comum
Assim fala o Senhor do Universo: Sinto por Sião um amor
ardente. (cf. Zac 8,1-8)
Deus é coração ardente de paixão sem se consumir.
A infidelidade não O afasta das criaturas,
mas geme criativamente em intensidade e misericórdia.
A Sua Palavra é de libertação e de esperança,
pacientemente aguardada em profecia enamorada.
O que O move é o amor ardente
e não a necessidade de ser amado.
Deus nunca abandona o pecador,
pois para Ele, mesmo adúltero e desfigurado,
é sempre o seu filho amado, na eternidade do amor criado.
O amor ou a falta dele é quem move a vida.
O amor de si move-se num redopio estonteante,
que quando doentio, se pode revelar um tornado destrutivo.
O ódio concentra toda a energia no ataque e na defesa,
em estado sítio permanente, violento e vigilante.
Os sentimentos reativos fazem da relação um mercado,
que paga amor com amor e ódio com ódio,
numa dependência escravizante e incerta
do ambiente que nos influência e cerca.
O puro amor ama porque arde de paixão
e nunca desiste de amar, mesmo sem reação.
Só em Deus encontramos a fonte do amor incondicional!
Senhor, omnipotente no amor ardente,
cura o nosso coração da infidelidade vulcânica
e recria-nos coração puro e fonte de amor borbulhante.
Faz renascer em nós a criança confiante
que acredita totalmente em Ti, por seres Pai somente.
Liberta-nos do ódio e da desesperança,
e ensina-nos a ser reflexo constante
desse amor que impele e ama fielmente.
Deus é coração ardente de paixão sem se consumir.
A infidelidade não O afasta das criaturas,
mas geme criativamente em intensidade e misericórdia.
A Sua Palavra é de libertação e de esperança,
pacientemente aguardada em profecia enamorada.
O que O move é o amor ardente
e não a necessidade de ser amado.
Deus nunca abandona o pecador,
pois para Ele, mesmo adúltero e desfigurado,
é sempre o seu filho amado, na eternidade do amor criado.
O amor ou a falta dele é quem move a vida.
O amor de si move-se num redopio estonteante,
que quando doentio, se pode revelar um tornado destrutivo.
O ódio concentra toda a energia no ataque e na defesa,
em estado sítio permanente, violento e vigilante.
Os sentimentos reativos fazem da relação um mercado,
que paga amor com amor e ódio com ódio,
numa dependência escravizante e incerta
do ambiente que nos influência e cerca.
O puro amor ama porque arde de paixão
e nunca desiste de amar, mesmo sem reação.
Só em Deus encontramos a fonte do amor incondicional!
Senhor, omnipotente no amor ardente,
cura o nosso coração da infidelidade vulcânica
e recria-nos coração puro e fonte de amor borbulhante.
Faz renascer em nós a criança confiante
que acredita totalmente em Ti, por seres Pai somente.
Liberta-nos do ódio e da desesperança,
e ensina-nos a ser reflexo constante
desse amor que impele e ama fielmente.
domingo, setembro 29, 2013
26º Domingo do Tempo Comum
Ai daqueles que vivem comodamente... mas não os aflige a ruína
de José. (cf. Am 6,1a.4-7)
Deus pensou os bens do mundo para uso de todos.
Colocou no coração dos seres humanos
a arte de ser coo-criador, multiplicar as sementes e animais,
transformar o monte em vale e o precipício em ponte.
Ensinou as pessoas a serem cuidadoras umas das outras
com sentimentos de compaixão e gestos de solidariedade,
de forma que ninguém fique indiferente ao irmão,
que ao seu lado, sofre e está carente.
Mas estes usaram a inteligência sem o coração,
para serem senhores insensíveis e em auto-serviço,
esquecidos da Aliança, de Deus e dos outros.
O mundo é grande demais para uns poucos
e escasso de recursos para a grande maioria.
Os espertos são míopes umbilicais e centrípetos,
por isso, aumentam as desigualdades e a insensibilidade.
O problema da Terra não é falta de recursos para todos,
mas a má administração e partilha dos mesmos.
A falta de justiça distributiva e a exploração do outro
são sinais evidentes do pecado pessoal e social,
assumido como normal e inevitável pela sociedade.
Quando se agiganta o monte de comida no lixo
e falta o pão da dignidade na mesa dos pobres,
estamos bem longe do paraíso sonhado por Deus!
Senhor, Pai e Criador, impelido pelo Amor,
liberta-nos do pecado que nos cega a fraternidade
e nos eclipsa a esperança do caminho para a eternidade.
Dá-nos a arte de sermos jardineiros duma Terra sustentável,
onde possa florir a justiça, a paz e o sorriso saudável.
Faz de nós cuidadores zelosos uns dos outros,
com o olhar atento à forma como cuidas de todos
e o coração aberto a aprender a ser próximo e fraterno.
Jesus, ensina-nos a viver como Filhos de Deus
e a antecipar, hoje, a felicidade da nova Terra,
que todos contigo sonhamos se torne eterna.
Deus pensou os bens do mundo para uso de todos.
Colocou no coração dos seres humanos
a arte de ser coo-criador, multiplicar as sementes e animais,
transformar o monte em vale e o precipício em ponte.
Ensinou as pessoas a serem cuidadoras umas das outras
com sentimentos de compaixão e gestos de solidariedade,
de forma que ninguém fique indiferente ao irmão,
que ao seu lado, sofre e está carente.
Mas estes usaram a inteligência sem o coração,
para serem senhores insensíveis e em auto-serviço,
esquecidos da Aliança, de Deus e dos outros.
O mundo é grande demais para uns poucos
e escasso de recursos para a grande maioria.
Os espertos são míopes umbilicais e centrípetos,
por isso, aumentam as desigualdades e a insensibilidade.
O problema da Terra não é falta de recursos para todos,
mas a má administração e partilha dos mesmos.
A falta de justiça distributiva e a exploração do outro
são sinais evidentes do pecado pessoal e social,
assumido como normal e inevitável pela sociedade.
Quando se agiganta o monte de comida no lixo
e falta o pão da dignidade na mesa dos pobres,
estamos bem longe do paraíso sonhado por Deus!
Senhor, Pai e Criador, impelido pelo Amor,
liberta-nos do pecado que nos cega a fraternidade
e nos eclipsa a esperança do caminho para a eternidade.
Dá-nos a arte de sermos jardineiros duma Terra sustentável,
onde possa florir a justiça, a paz e o sorriso saudável.
Faz de nós cuidadores zelosos uns dos outros,
com o olhar atento à forma como cuidas de todos
e o coração aberto a aprender a ser próximo e fraterno.
Jesus, ensina-nos a viver como Filhos de Deus
e a antecipar, hoje, a felicidade da nova Terra,
que todos contigo sonhamos se torne eterna.
sábado, setembro 28, 2013
NEM TODA A PROSPERIDADE TRAZ PAZ E FELICIDADE
Como pode ser feliz,
Quem, sendo injusto, acumula,
Se banqueteia, faz festa
E a consciência anula,
Mostrando-se indiferente,
Ao outro que é seu irmão
Porém, é pobre e indigente,
Vítima da exploração
Com que paga tal banquete,
Se o grande sonho de Deus,
Ao olhar a criação,
Foi de vida para todos,
Por amar, sem distinção,
Operário e patrão?!
Por isso, o bom profeta,
De ontem, de hoje e de sempre,
Atento ao sonho de Deus,
Interpela e proclama
Esta voz vinda dos céus,
A quem vive indiferente,
Pensando que a Deus engana:
AI DE QUEM GASTA E CONSOME,
SEM PENSAR EM QUEM TEM FOME,
ALHEIO OU ESQUECIDO
QUE O PRÓPRIO DEUS DEFENDE
E PROTEGE O OPRIMIDO,
E, EM SUA JUSTIÇA, LIBERTA
O EXPLORADO CATIVO
DA GANÂNCIA DOS QUE VIVEM
UMA VIDA SEM SENTIDO!
Porém, quem ama e pratica
A justiça e a verdade,
Combatendo o bom combate
Da fé e da caridade,
Conquista já, cá, na terra,
O Amor e a Felicidade
Com sabor a eternidade.
NADA É NOSSO. TUDO É DE DEUS,
PARA BEM DA HUMANIDADE,
COMO ESCADA PARA OS CÉUS.
Maria Lina da Silva, fmm,
Lisboa, 28.9.2013
Sábado da 25ª semana do Tempo Comum
Corre e vai dizer a esse jovem: Jerusalém deverá ficar sem
muros. (cf. Zac 2,5-9.14-15a)
Deus quer uma cidade aberta, sem muros nem barreiras,
onde todos possam habitar e sentir-se povo amado.
Deus sonhou uma terra, casa livre para todos,
sem periferias de exclusão nem muralhas de prisão.
A alegria da salvação deve ser uma oportunidade para todos
e o Templo deve ser de céu aberto e horizonte sem medida,
pois Deus habita no meio de nós, como Rei e Servo da libertação.
O medo do outro e o sentimento de superioridade
construiu muros de divisão, prisão e defesa.
Na cidade há muitas cidades incomunicáveis,
com fronteiras reais, mas disfarçadas.
Há o primeiro, o segundo, o terceiro... mundo,
que coabitam em paralelo, sem convergência fraterna.
Há os muros de vergonha que separam povos.
Há os muros do preconceito que fazem da vida uma trincheira.
Há os muros do ódio que infernizam a casa e a vizinhança.
Onde há muros de medo e superioridade
a glória de Deus não pode brilhar, nem a alegria exultar.
Senhor, muralha de fogo que destróis egoísmos
e glória da libertação que curas o amor,
cria em nós um coração fraterno e justo,
promotor de paz e justiça, e enraizado na Aliança.
Ajuda-nos a ser irmãos na diferença
e a descobrir a riqueza do diálogo e da interajuda.
Liberta-nos do medo de Ti e do outro
e intensifica em nós a ousadia da confiança.
Contigo e em Ti queremos descobrir o santuário da paz.
Deus quer uma cidade aberta, sem muros nem barreiras,
onde todos possam habitar e sentir-se povo amado.
Deus sonhou uma terra, casa livre para todos,
sem periferias de exclusão nem muralhas de prisão.
A alegria da salvação deve ser uma oportunidade para todos
e o Templo deve ser de céu aberto e horizonte sem medida,
pois Deus habita no meio de nós, como Rei e Servo da libertação.
O medo do outro e o sentimento de superioridade
construiu muros de divisão, prisão e defesa.
Na cidade há muitas cidades incomunicáveis,
com fronteiras reais, mas disfarçadas.
Há o primeiro, o segundo, o terceiro... mundo,
que coabitam em paralelo, sem convergência fraterna.
Há os muros de vergonha que separam povos.
Há os muros do preconceito que fazem da vida uma trincheira.
Há os muros do ódio que infernizam a casa e a vizinhança.
Onde há muros de medo e superioridade
a glória de Deus não pode brilhar, nem a alegria exultar.
Senhor, muralha de fogo que destróis egoísmos
e glória da libertação que curas o amor,
cria em nós um coração fraterno e justo,
promotor de paz e justiça, e enraizado na Aliança.
Ajuda-nos a ser irmãos na diferença
e a descobrir a riqueza do diálogo e da interajuda.
Liberta-nos do medo de Ti e do outro
e intensifica em nós a ousadia da confiança.
Contigo e em Ti queremos descobrir o santuário da paz.
sexta-feira, setembro 27, 2013
6ª feira da 25ª semana do Tempo Comum
Mãos à obra, porque Eu estou convosco! – oráculo Senhor.
(cf. Ag 1,15b-2,9)
A pobreza do templo revela a falta de fé do povo.
Esqueceram a Aliança e Deus que permanece com eles,
e fixaram-se no esplendor da prata e do ouro.
Mas a glória de Deus brilha na paz de mãos estendidas
e na justiça de braços fraternos e olhar compassivo.
A glória do templo brilha pela oferta do coração puro
e pelo incenso do louvor verdadeiro e perseverante.
O templo vivo atrai porque fortalece a fé e a coragem
e não porque é um monumento artístico e turístico.
Cristo é o Templo vivo, vazio de si e despido de beleza,
para a todos acolher e salvar pela constância da misericórdia.
O cristianismo é cada vez mais um pequeno resto
no meio duma grande massa indefinida e indiferente,
embora sociologicamente e culturalmente cristã.
A glória do templos antigos brilham agora como museus.
Os grandes edifícios, cujas torres sinalizam as cidades,
são agora bancos, empresas, centros comerciais, estádios.
Ser fermento de dignidade, humanização e comunhão na cidade
é a força da nossa missão, em que nos sentimos pequenos,
mas confiantes, como David perante o Golias gigante.
Senhor Jesus, Templo da Aliança a caminhar connosco,
ajuda-nos a ser uma Igreja viva, humilde, convicta e fiel.
Liberta-nos do medo dos Golias que nos humilham
e dá-nos a fé de David que confia mais em Ti do que em si.
Perante o desafio da nova evangelização e da missão,
envia-nos o Teu Espírito de fortaleza e de testemunho,
para podermos meter mãos à obra
e na monotonia sermos como pequeno pássaro que chilreia alegria,
na injustiça sermos como o galo que desperta a verdade,
na depressão sermos como a amendoeira em flor no Inverno.
Faz de nós pontos de encontro com o Amigo invisível
e o irmão perdido e desconhecido, à procura de sentido.
A pobreza do templo revela a falta de fé do povo.
Esqueceram a Aliança e Deus que permanece com eles,
e fixaram-se no esplendor da prata e do ouro.
Mas a glória de Deus brilha na paz de mãos estendidas
e na justiça de braços fraternos e olhar compassivo.
A glória do templo brilha pela oferta do coração puro
e pelo incenso do louvor verdadeiro e perseverante.
O templo vivo atrai porque fortalece a fé e a coragem
e não porque é um monumento artístico e turístico.
Cristo é o Templo vivo, vazio de si e despido de beleza,
para a todos acolher e salvar pela constância da misericórdia.
O cristianismo é cada vez mais um pequeno resto
no meio duma grande massa indefinida e indiferente,
embora sociologicamente e culturalmente cristã.
A glória do templos antigos brilham agora como museus.
Os grandes edifícios, cujas torres sinalizam as cidades,
são agora bancos, empresas, centros comerciais, estádios.
Ser fermento de dignidade, humanização e comunhão na cidade
é a força da nossa missão, em que nos sentimos pequenos,
mas confiantes, como David perante o Golias gigante.
Senhor Jesus, Templo da Aliança a caminhar connosco,
ajuda-nos a ser uma Igreja viva, humilde, convicta e fiel.
Liberta-nos do medo dos Golias que nos humilham
e dá-nos a fé de David que confia mais em Ti do que em si.
Perante o desafio da nova evangelização e da missão,
envia-nos o Teu Espírito de fortaleza e de testemunho,
para podermos meter mãos à obra
e na monotonia sermos como pequeno pássaro que chilreia alegria,
na injustiça sermos como o galo que desperta a verdade,
na depressão sermos como a amendoeira em flor no Inverno.
Faz de nós pontos de encontro com o Amigo invisível
e o irmão perdido e desconhecido, à procura de sentido.
quinta-feira, setembro 26, 2013
5ª feira da 25ª semana do Tempo Comum
Assim fala o Senhor do Universo: «Pensai bem na vossa
situação. (cf. Ag 1,1-8)
Deus quer ver-nos despertos, reflexivos e vigilantes.
A tendência é agir sem pensar, numa rotina cega,
como se fossemos máquinas de trabalho,
autómatos duma engrenagem, inconscientes de ser.
O profeta Ageu vê o povo que regressa do exílio,
cada um virado para si mesmo, a reconstruir as suas casas,
sem se preocuparem em reconstruir a casa comum,
o Templo do Senhor, onde se refresca a memória da Aliança,
e se alimenta a fé no Deus que nos faz conjugar a vida no plural.
Também hoje precisamos de parar para pensar
e ver bem a situação em que vivemos
e a sociedade que estamos a construir em paralelo:
temos a possibilidade de comunicar em rede global,
mas nunca houve tanta solidão e dificuldade de comunicação;
progredimos na tecnologia, mas regredimos na filosofia;
aumentámos as casas, mas reduzimos a natalidade e a família;
temos eletrodomésticos para nos poupar tempo,
mas nunca tivemos tão pouco tempo para estar connosco mesmos,
com a família, os amigos, os doentes... com Deus;
investimos muito na formação dos mais jovens,
mas depois não lhes damos hipóteses de trabalhar...
Falta-nos uma casa comum que nos ajude a pensar
e a olhar o Céu, para que do Céu nos vejamos corpo-família.
Senhor, sabedoria da Aliança generosa e respeitosa,
que nos desafias a viver despertos e vigilantes,
dá-nos o dom do Teu Espírito de discernimento
e ajuda-nos a aprender com a história e os seus frutos.
Liberta-nos da rotina que nos entristece e adormece
e dá-nos a inteligência de um bom exame de consciência
e duma partilha comunitária da Palavra de Deus.
Ensina-nos a arte de incluir momentos gratuitos de eternidade
no tempo que nos devora e nos escapa.
Deus quer ver-nos despertos, reflexivos e vigilantes.
A tendência é agir sem pensar, numa rotina cega,
como se fossemos máquinas de trabalho,
autómatos duma engrenagem, inconscientes de ser.
O profeta Ageu vê o povo que regressa do exílio,
cada um virado para si mesmo, a reconstruir as suas casas,
sem se preocuparem em reconstruir a casa comum,
o Templo do Senhor, onde se refresca a memória da Aliança,
e se alimenta a fé no Deus que nos faz conjugar a vida no plural.
Também hoje precisamos de parar para pensar
e ver bem a situação em que vivemos
e a sociedade que estamos a construir em paralelo:
temos a possibilidade de comunicar em rede global,
mas nunca houve tanta solidão e dificuldade de comunicação;
progredimos na tecnologia, mas regredimos na filosofia;
aumentámos as casas, mas reduzimos a natalidade e a família;
temos eletrodomésticos para nos poupar tempo,
mas nunca tivemos tão pouco tempo para estar connosco mesmos,
com a família, os amigos, os doentes... com Deus;
investimos muito na formação dos mais jovens,
mas depois não lhes damos hipóteses de trabalhar...
Falta-nos uma casa comum que nos ajude a pensar
e a olhar o Céu, para que do Céu nos vejamos corpo-família.
Senhor, sabedoria da Aliança generosa e respeitosa,
que nos desafias a viver despertos e vigilantes,
dá-nos o dom do Teu Espírito de discernimento
e ajuda-nos a aprender com a história e os seus frutos.
Liberta-nos da rotina que nos entristece e adormece
e dá-nos a inteligência de um bom exame de consciência
e duma partilha comunitária da Palavra de Deus.
Ensina-nos a arte de incluir momentos gratuitos de eternidade
no tempo que nos devora e nos escapa.
quarta-feira, setembro 25, 2013
4ª feira da 25ª semana do Tempo Comum
Na nossa escravidão, o nosso Deus não nos abandonou. (cf.
Esd 9,5-9)
O pecado são opções pessoais e comunitárias
que nos penalizam e escravizam;
trocam a glória e o prazer de um momento
pela desgraça e a prostração duma vida e duma eternidade.
A mentira, a corrupção, a violência, o adultério, o roubo...
fazem de nós heróis do mal, temíveis mas não amados,
escravos do medo, da artimanha e do isolamento.
São opções que esquecem e negam a Aliança com Deus,
mas Aquele que é rico em misericórdia e coração paterno,
não nos abandona na escravidão e perdição.
Sem fé, vivemos exilados da felicidade.
O máximo que conseguimos é comprar
momentos descontinuados de prazer induzido,
seguidos de azias, de ressacas e incómodos de abstinência,
a gemerem por novas pastilhas de mame e analgésicos.
O mercado vive deste consumo de felicidade limitada,
fresca do dia, mas expirada no amanhã insaciável.
Libertar-se, não é fugir do mundo,
mas aprender a viver no mundo como peregrino,
que pisa o chão, onde encontra pepitas de alegria sustentada,
e aprende a viver e a antecipar a felicidade que não acaba.
Senhor, socorro dos aflitos e libertador dos escravos,
obrigado pela Tua fidelidade misericordiosa, que nos salva.
Dá-nos o Teu Espírito de discernimento
que nos faz compreender que vale mais,
nove meses de gravidez incómoda, concebida com amor,
do que um aborto egoísta que nos desembaraça da cruz,
mas nos priva do dom duma criança que amamos para sempre.
Cura-nos do pecado e faz de nós apóstolos da libertação.
O pecado são opções pessoais e comunitárias
que nos penalizam e escravizam;
trocam a glória e o prazer de um momento
pela desgraça e a prostração duma vida e duma eternidade.
A mentira, a corrupção, a violência, o adultério, o roubo...
fazem de nós heróis do mal, temíveis mas não amados,
escravos do medo, da artimanha e do isolamento.
São opções que esquecem e negam a Aliança com Deus,
mas Aquele que é rico em misericórdia e coração paterno,
não nos abandona na escravidão e perdição.
Sem fé, vivemos exilados da felicidade.
O máximo que conseguimos é comprar
momentos descontinuados de prazer induzido,
seguidos de azias, de ressacas e incómodos de abstinência,
a gemerem por novas pastilhas de mame e analgésicos.
O mercado vive deste consumo de felicidade limitada,
fresca do dia, mas expirada no amanhã insaciável.
Libertar-se, não é fugir do mundo,
mas aprender a viver no mundo como peregrino,
que pisa o chão, onde encontra pepitas de alegria sustentada,
e aprende a viver e a antecipar a felicidade que não acaba.
Senhor, socorro dos aflitos e libertador dos escravos,
obrigado pela Tua fidelidade misericordiosa, que nos salva.
Dá-nos o Teu Espírito de discernimento
que nos faz compreender que vale mais,
nove meses de gravidez incómoda, concebida com amor,
do que um aborto egoísta que nos desembaraça da cruz,
mas nos priva do dom duma criança que amamos para sempre.
Cura-nos do pecado e faz de nós apóstolos da libertação.
terça-feira, setembro 24, 2013
3ª feira da 25ª semana do Tempo Comum
Levaram a construção a bom termo, segundo a vontade do Deus
de Israel e a ordem de Ciro e de Dario, reis da Pérsia. (cf.
Esd 6,7-8.12b.14-20)
Deus vai agindo por meio da cada um de nós.
O que para Ciro e Dario era uma estratégia política,
para o Profeta Ageu e Zacarias era a vontade de Deus.
Cada um contribuiu para que o Templo ganhasse vida
e o povo pudesse celebrar a Páscoa e purificar-se do pecado.
Deus é um sábio criador na arte de escrever direito
nas linhas centrípetas que vamos escrevendo com a vida.
Só o olhar crente do profeta sabe encontrar sentido na história
e apontar horizontes de esperança sustentada
para o presente e um futuro de eternidade.
Os inquéritos de opinião mostram que a esperança se exilou
e a felicidade se escondeu com medo de sorrir.
Entregues a nós mesmos, sentimo-nos possuídos pela impotência.
Animados pela fé no Deus do amor e da vida,
aprendemos a ver de noite e para além das nuvens,
e a esperar a hora da graça em ritmos de eternidade.
Precisamos do dom duma fé madura e profética,
como do pão quotidiano que sacia a paz.
Senhor, nosso Pai e Irmão em Páscoa permanente,
ajuda-nos a construir templos do Deus vivo,
como celeiros da Palavra e albergues da esperança.
Envia-nos o Teu Espírito e aumenta a nossa fé
para podermos voltar dos nossos exílios de pecado
e celebrar, com confiança, a Pascoa redentora do mundo.
Faz de nós arautos da esperança e da conversão
neste mundo em crise e fechado sobre si mesmo.
Deus vai agindo por meio da cada um de nós.
O que para Ciro e Dario era uma estratégia política,
para o Profeta Ageu e Zacarias era a vontade de Deus.
Cada um contribuiu para que o Templo ganhasse vida
e o povo pudesse celebrar a Páscoa e purificar-se do pecado.
Deus é um sábio criador na arte de escrever direito
nas linhas centrípetas que vamos escrevendo com a vida.
Só o olhar crente do profeta sabe encontrar sentido na história
e apontar horizontes de esperança sustentada
para o presente e um futuro de eternidade.
Os inquéritos de opinião mostram que a esperança se exilou
e a felicidade se escondeu com medo de sorrir.
Entregues a nós mesmos, sentimo-nos possuídos pela impotência.
Animados pela fé no Deus do amor e da vida,
aprendemos a ver de noite e para além das nuvens,
e a esperar a hora da graça em ritmos de eternidade.
Precisamos do dom duma fé madura e profética,
como do pão quotidiano que sacia a paz.
Senhor, nosso Pai e Irmão em Páscoa permanente,
ajuda-nos a construir templos do Deus vivo,
como celeiros da Palavra e albergues da esperança.
Envia-nos o Teu Espírito e aumenta a nossa fé
para podermos voltar dos nossos exílios de pecado
e celebrar, com confiança, a Pascoa redentora do mundo.
Faz de nós arautos da esperança e da conversão
neste mundo em crise e fechado sobre si mesmo.
segunda-feira, setembro 23, 2013
2ª feira da 25ª semana do Tempo Comum
O Senhor despertou o espírito de Ciro, rei da Pérsia. (cf.
Esd 1,1-6)
Tudo o que de bom acontece na Criação
é obra de Deus, veladamente revelada.
Deus escolhe um povo para revelar a sua Aliança,
mas cria a todos, ama a todos, inspira o bem a todos,
atua em todos e quer salvar a todos.
Ao que O procura de coração sincero,
a luz vai começando a brilhar para lá do horizonte,
por isso, é que os místicos de todas as religiões
se entendem tão bem e podem rezar juntos,
pela paz e desenvolvimento dum mundo fraterno.
Deus diz-se de muitas formas e revela-se escondido,
por entre caminhos e atalhos, veredas e autoestradas.
O cristão é aquele que, iluminado por Cristo,
sabe discernir um possesso do Demónio na sinagoga,
e uma estrela de verdadeira fé numa ciro-fenícia.
Em Cristo aprendemos a ver Deus connosco
no “Filho do Homem” das Nazarés de hoje.
O dialogo interreligioso anseia por conversão interior,
na busca humilde da Verdade que não tem dono,
e não por domínio ou redução do outro a nós.
Senhor, Pai de toda a Criação, em abraço de amor total,
que dás a cada um o que necessitamos, sem nos darmos conta,
ensina-nos a ver a Tua mão invisível que nos abraça
e o Teu beijo apaixonado que nos dá vida divina.
Faz de nós irmãos de mãos dadas em busca da Verdade,
sobre nós, sobre os outros e sobre Ti.
Vós que sois diálogo Trinitário que une e personaliza,
ensinai-nos a dialogar com identidade e escuta,
e a crescer em conversão até à maturidade de filhos de Deus
no verdadeiro Filho, Jesus, o Enviado.
Tudo o que de bom acontece na Criação
é obra de Deus, veladamente revelada.
Deus escolhe um povo para revelar a sua Aliança,
mas cria a todos, ama a todos, inspira o bem a todos,
atua em todos e quer salvar a todos.
Ao que O procura de coração sincero,
a luz vai começando a brilhar para lá do horizonte,
por isso, é que os místicos de todas as religiões
se entendem tão bem e podem rezar juntos,
pela paz e desenvolvimento dum mundo fraterno.
Deus diz-se de muitas formas e revela-se escondido,
por entre caminhos e atalhos, veredas e autoestradas.
O cristão é aquele que, iluminado por Cristo,
sabe discernir um possesso do Demónio na sinagoga,
e uma estrela de verdadeira fé numa ciro-fenícia.
Em Cristo aprendemos a ver Deus connosco
no “Filho do Homem” das Nazarés de hoje.
O dialogo interreligioso anseia por conversão interior,
na busca humilde da Verdade que não tem dono,
e não por domínio ou redução do outro a nós.
Senhor, Pai de toda a Criação, em abraço de amor total,
que dás a cada um o que necessitamos, sem nos darmos conta,
ensina-nos a ver a Tua mão invisível que nos abraça
e o Teu beijo apaixonado que nos dá vida divina.
Faz de nós irmãos de mãos dadas em busca da Verdade,
sobre nós, sobre os outros e sobre Ti.
Vós que sois diálogo Trinitário que une e personaliza,
ensinai-nos a dialogar com identidade e escuta,
e a crescer em conversão até à maturidade de filhos de Deus
no verdadeiro Filho, Jesus, o Enviado.
domingo, setembro 22, 2013
25º Domingo do Tempo Comum
Escutai bem, vós que espezinhais o pobre. (cf.
Am 8,4-7)
O profeta vê e pressente a dor de Deus
quando alguém espezinha o pobre e explora o fraco,
por isso, denuncia a injustiça e apela à conversão.
Nada nem ninguém pode esconder o que faz ou pensa
daquele que radiografia o interior
e conhece o coração para além da astúcia e da mentira.
Quem deixou de ser irmão também perdeu a filiação
dum Deus que é amor e compaixão.
A dependência do dinheiro e da ambição do poder de ocasião
usa sempre as mesmas estratégias de exploração e corrupção:
insensibilidade ao que sofre, aproveitamento da fraqueza do outro,
mentira, avareza, tráfico de pessoas, exploração do emigrante...
Hoje como ontem, a crise é uma oportunidade para poucos.
São os profissionais em rapina, nos fossos da ansiedade,
que, com um coração empedernido e insensível,
assaltam idosos solitários, enganam desempregados desesperados,
escravizam mão de obra sobrante, desviam dinheiros públicos...
Deus sofre ao ver filhos desfigurados, mandantes do Mal,
a fazer do Seu sonho de felicidade, um inferno em realidade.
Senhor, Deus da justiça e da fraternidade,
dá-nos um coração novo, que palpite amor ao próximo,
e saiba usar o dinheiro para fazer o bem
e construir uma globalização solidária de amor.
Liberta-nos da ganância e do poder egoísta
e abre os nossos horizontes à libertação da fé.
Faz de nós profetas audazes e fieis,
porta-vozes da Tua Palavra libertadora
e da Tua opção preferencial pelos mais fracos.
O profeta vê e pressente a dor de Deus
quando alguém espezinha o pobre e explora o fraco,
por isso, denuncia a injustiça e apela à conversão.
Nada nem ninguém pode esconder o que faz ou pensa
daquele que radiografia o interior
e conhece o coração para além da astúcia e da mentira.
Quem deixou de ser irmão também perdeu a filiação
dum Deus que é amor e compaixão.
A dependência do dinheiro e da ambição do poder de ocasião
usa sempre as mesmas estratégias de exploração e corrupção:
insensibilidade ao que sofre, aproveitamento da fraqueza do outro,
mentira, avareza, tráfico de pessoas, exploração do emigrante...
Hoje como ontem, a crise é uma oportunidade para poucos.
São os profissionais em rapina, nos fossos da ansiedade,
que, com um coração empedernido e insensível,
assaltam idosos solitários, enganam desempregados desesperados,
escravizam mão de obra sobrante, desviam dinheiros públicos...
Deus sofre ao ver filhos desfigurados, mandantes do Mal,
a fazer do Seu sonho de felicidade, um inferno em realidade.
Senhor, Deus da justiça e da fraternidade,
dá-nos um coração novo, que palpite amor ao próximo,
e saiba usar o dinheiro para fazer o bem
e construir uma globalização solidária de amor.
Liberta-nos da ganância e do poder egoísta
e abre os nossos horizontes à libertação da fé.
Faz de nós profetas audazes e fieis,
porta-vozes da Tua Palavra libertadora
e da Tua opção preferencial pelos mais fracos.
sábado, setembro 21, 2013
QUE SENHOR SERVIMOS, DEUS OU O DINHEIRO?
Se servimos a Deus,
Optemos, claramente,
Pelos valores dos céus,
E não pela fama,
Que nos cega e nos trama,
Nem pelo oiro ou a prata,
Que não sendo bem geridos,
Para cuidar dos feridos,
Com amor e gratuidade,
Nos sufocam e até matam,
Sem trazer felicidade.
É que os bens, por Deus criados,
Por Deus, nos são confiados,
Em ordem ao bem comum,
Pois de tudo Ele é o Senhor,
Como Deus e Criador
Do céu, da terra e do mar,
P’ra nada, a ninguém, faltar.
Oremos, não só por nós,
Mas por todos, em geral,
Dando, à nossa oração,
Dimensão universal,
E ouvindo, com atenção,
O grito, sempre actual,
Dirigido, claramente,
A quem, sem ética, rouba,
Explora e espezinha,
Os mais humildes da terra,
Recorrendo à injustiça,
À mentira organizada,
Movido pela ganância,
E a avareza que cega.
Como pode alegrar-se,
Ao olhar para o celeiro,
A transbordar de bom grão,
Semeado e cultivado,
Com o suor do irmão,
Que se vê injustiçado,
Por quem não tem coração?!
Envia, Senhor, teus profetas,
Que lancem novos alertas,
Contra o mal organizado,
Por quem, apesar de lobo,
Anda, sempre disfarçado.
Maria Lina da Silva, fmm- Lisboa,
21.9.2013
S. Mateus
Foi Ele que a uns constituiu apóstolos, a outros evangelistas.
(cf. Ef 4,1-7.11-13)
A vocação à filiação divina,
segundo uma determinada forma de viver e servir,
é um dom da graça de Jesus em nós,
para a edificação do Corpo de Cristo.
Não é uma consequência das nossas qualidades humanas,
mas é fruto da misericórdia de Deus,
que recria o cobrador de impostos como evangelista da graça
e o pecador como apóstolo, testemunha do Reino de Deus.
Mateus pode anunciar Jesus como Messias e salvador,
pois ele é um resgatado pela graça e misericórdia de Deus.
A sua vida é uma história de salvação contínua
que vale a pena anunciar como boa nova aos pecadores.
Hoje assiste-se a uma diminuição de respostas vocacionais,
tanto para a vida consagrada e sacerdotal, como matrimonial.
O amor de si orgulhoso ou o medo de si complexado,
cega e ensurdece os apelos ao amor dos outros e de Deus.
É difícil descer da segurança da função de cobrador de impostos
para seguir um Mestre que não tem onde reclinar a cabeça
e, em vez de cobrar, dá a vida pela salvação de todos.
Só a fé humilde e acolhedora da graça recriadora,
nos pode alavancar duma vida medíocre e passiva
para uma vida pro-ativa de peregrinos da santidade
e guias de salvação em Cristo, Homem perfeito.
Senhor Jesus, obrigado por apostares tudo em nós,
ao ponto de dares a Tua vida em oferta permanente de amor.
Obrigado por continuares a chamar-nos pelo nosso nome,
a deixar o passado de pecado e o presente de seguranças,
para acolhermos o renascimento na graça
e nos tornarmos, em Ti, nascente de vida termal.
Ajuda-nos a ser, como Mateus, Evangelho vivo,
escrito no olhar límpido de esperança
e na letra apaixonada da fé evangelizadora.
A vocação à filiação divina,
segundo uma determinada forma de viver e servir,
é um dom da graça de Jesus em nós,
para a edificação do Corpo de Cristo.
Não é uma consequência das nossas qualidades humanas,
mas é fruto da misericórdia de Deus,
que recria o cobrador de impostos como evangelista da graça
e o pecador como apóstolo, testemunha do Reino de Deus.
Mateus pode anunciar Jesus como Messias e salvador,
pois ele é um resgatado pela graça e misericórdia de Deus.
A sua vida é uma história de salvação contínua
que vale a pena anunciar como boa nova aos pecadores.
Hoje assiste-se a uma diminuição de respostas vocacionais,
tanto para a vida consagrada e sacerdotal, como matrimonial.
O amor de si orgulhoso ou o medo de si complexado,
cega e ensurdece os apelos ao amor dos outros e de Deus.
É difícil descer da segurança da função de cobrador de impostos
para seguir um Mestre que não tem onde reclinar a cabeça
e, em vez de cobrar, dá a vida pela salvação de todos.
Só a fé humilde e acolhedora da graça recriadora,
nos pode alavancar duma vida medíocre e passiva
para uma vida pro-ativa de peregrinos da santidade
e guias de salvação em Cristo, Homem perfeito.
Senhor Jesus, obrigado por apostares tudo em nós,
ao ponto de dares a Tua vida em oferta permanente de amor.
Obrigado por continuares a chamar-nos pelo nosso nome,
a deixar o passado de pecado e o presente de seguranças,
para acolhermos o renascimento na graça
e nos tornarmos, em Ti, nascente de vida termal.
Ajuda-nos a ser, como Mateus, Evangelho vivo,
escrito no olhar límpido de esperança
e na letra apaixonada da fé evangelizadora.
sexta-feira, setembro 20, 2013
6ª feira da 24ª semana do Tempo Comum
Mas tu, homem de Deus... combate o bom combate da fé,
conquista a vida eterna. (cf. 1
Tim 6,2c-12)
Fomos criados por Deus e somos pertença de Deus,
por isso, o nosso sonho só encontra descanso
quando vivermos totalmente em Deus.
Mas Deus é invisível e eterno,
“Deus connosco” e “que mora nas alturas”,
só visível na fé, alcançável na esperança, vivido no amor.
A tentação é fazer do eterno “já e ainda não”,
um presente manipulável e visível;
é trocar a fé, que nos projeta para a busca contínua da verdade,
pela mentira de uma segurança passageira,
fundada numa fome insaciável de dinheiro,
temerosos que nos roubem o seu brilho intenso e instante.
É a tentação de abandonar a condição de “homem de Deus”
para nos tornarmos “homem deus” por um momento.
A perda de fé e confiança em Deus
conduz à ansiedade perante o futuro para lá da noite.
Tudo se concentra no hoje dos sentidos
e nas provisões acumuladas para o amanhã incerto.
Sente-se isolado e desconfiado de tudo e de todos,
pois não confia em amigos no infortúnio, mesmo familiares,
nem em Jesus que nos diz:
“Não temas, vales mais que os passarinhos”.
Por isso, quanto menos fé, mais idolatria do ter,
quanto menos amor, mais necessidade de acumular,
quanto menos esperança, mais vazio de paz e de sentido de vida.
Senhor Jesus, Encontro de Deus com os homens
e dos homens com Deus em Aliança eterna,
ensina-nos a arte de ser “pessoas DE Deus”,
habituados a ser habitados pelo Espírito de santidade
que enche o tempo de lampejos de eternidade.
Ensina-nos a usar as coisas, o poder e os sentidos,
não como fins idolatrados, mas como meios
ao serviço do amor, da fraternidade, da justiça e da paz.
Faz da nossa vida um bom combate da fé,
que não se fica pelas palavras e pelas aparências,
mas joga tudo no que permanece para sempre.
Fomos criados por Deus e somos pertença de Deus,
por isso, o nosso sonho só encontra descanso
quando vivermos totalmente em Deus.
Mas Deus é invisível e eterno,
“Deus connosco” e “que mora nas alturas”,
só visível na fé, alcançável na esperança, vivido no amor.
A tentação é fazer do eterno “já e ainda não”,
um presente manipulável e visível;
é trocar a fé, que nos projeta para a busca contínua da verdade,
pela mentira de uma segurança passageira,
fundada numa fome insaciável de dinheiro,
temerosos que nos roubem o seu brilho intenso e instante.
É a tentação de abandonar a condição de “homem de Deus”
para nos tornarmos “homem deus” por um momento.
A perda de fé e confiança em Deus
conduz à ansiedade perante o futuro para lá da noite.
Tudo se concentra no hoje dos sentidos
e nas provisões acumuladas para o amanhã incerto.
Sente-se isolado e desconfiado de tudo e de todos,
pois não confia em amigos no infortúnio, mesmo familiares,
nem em Jesus que nos diz:
“Não temas, vales mais que os passarinhos”.
Por isso, quanto menos fé, mais idolatria do ter,
quanto menos amor, mais necessidade de acumular,
quanto menos esperança, mais vazio de paz e de sentido de vida.
Senhor Jesus, Encontro de Deus com os homens
e dos homens com Deus em Aliança eterna,
ensina-nos a arte de ser “pessoas DE Deus”,
habituados a ser habitados pelo Espírito de santidade
que enche o tempo de lampejos de eternidade.
Ensina-nos a usar as coisas, o poder e os sentidos,
não como fins idolatrados, mas como meios
ao serviço do amor, da fraternidade, da justiça e da paz.
Faz da nossa vida um bom combate da fé,
que não se fica pelas palavras e pelas aparências,
mas joga tudo no que permanece para sempre.
quinta-feira, setembro 19, 2013
5ª feira da 24ª semana do Tempo Comum
Não descuides o dom espiritual que recebeste.
(cf. 1 Tim 4,12-16)
A salvação, a graça do perdão, os carismas, os ministérios
são dons espirituais que recebemos, por meio dos sacramentos.
Os dons são como sementes espirituais a florir na nossa vida,
se as cuidamos, regamos, protegemos, adubamos, acarinhamos...
elas crescem, perfumam o ambiente com um colorido único,
geram novas sementes e novas flores, ainda mais belas.
Se não as cuidamos, por melhores que sejam as sementes
e o terreno onde as cultivamos,
poderão ser abafadas por ervas daninhas,
mirrar por falta de alimento e de água, secar sem dar fruto
nem realizar a fecundidade e beleza única a que foram chamadas.
Os sacramentos são apenas o início dum processo.
Não lhes dar continuidade é querer uma gravidez não desejada,
abortar uma conceção descomprometida,
rejeitar um filho que dá muito trabalho e exige cuidado.
É assim com os batismos descontinuados,
com os crismas de fim de curso catequético,
as confissões de desobriga ou desabafo psicológico,
as comunhões eventuais de vida espiritual anorética,
os casamentos de festa de um dia e inferno egoísta na vida,
as ordenações de poder e função sem alimento buscado de Cristo,
as unções de enfermos moribundas de medo do encontro.
Senhor, Fonte abundante de toda a graça e dom,
obrigado pela vocação e missão confiante
com que enriqueceste a nossa vida.
Dá-nos perseverança e discernimento na fé,
para sabermos escolher a dieta cristificadora de crescimento
e jejuar de tudo o que nos distrai e infecunda a caridade.
Recorda-nos, cada dia, o dom espiritual que há em nós
e ensina-nos a cuidar dele como o tesouro vivo,
que não quero deixar roubar nem com avareza abafar,
para melhor me partilhar e fecundamente semear.
A salvação, a graça do perdão, os carismas, os ministérios
são dons espirituais que recebemos, por meio dos sacramentos.
Os dons são como sementes espirituais a florir na nossa vida,
se as cuidamos, regamos, protegemos, adubamos, acarinhamos...
elas crescem, perfumam o ambiente com um colorido único,
geram novas sementes e novas flores, ainda mais belas.
Se não as cuidamos, por melhores que sejam as sementes
e o terreno onde as cultivamos,
poderão ser abafadas por ervas daninhas,
mirrar por falta de alimento e de água, secar sem dar fruto
nem realizar a fecundidade e beleza única a que foram chamadas.
Os sacramentos são apenas o início dum processo.
Não lhes dar continuidade é querer uma gravidez não desejada,
abortar uma conceção descomprometida,
rejeitar um filho que dá muito trabalho e exige cuidado.
É assim com os batismos descontinuados,
com os crismas de fim de curso catequético,
as confissões de desobriga ou desabafo psicológico,
as comunhões eventuais de vida espiritual anorética,
os casamentos de festa de um dia e inferno egoísta na vida,
as ordenações de poder e função sem alimento buscado de Cristo,
as unções de enfermos moribundas de medo do encontro.
Senhor, Fonte abundante de toda a graça e dom,
obrigado pela vocação e missão confiante
com que enriqueceste a nossa vida.
Dá-nos perseverança e discernimento na fé,
para sabermos escolher a dieta cristificadora de crescimento
e jejuar de tudo o que nos distrai e infecunda a caridade.
Recorda-nos, cada dia, o dom espiritual que há em nós
e ensina-nos a cuidar dele como o tesouro vivo,
que não quero deixar roubar nem com avareza abafar,
para melhor me partilhar e fecundamente semear.
quarta-feira, setembro 18, 2013
4ª feira da 24ª semana do Tempo Comum
É realmente grande o mistério da piedade. (Cf.
1 Tim 3,14-16)
A nossa relação com Deus é fruto do encontro
entre o nosso desejo cego de O conhecer
e o amor eterno e misterioso de Deus
que desce até junto de nós, se faz pequeno
e se revela eternamente apaixonado.
Jesus é o mistério de Deus acessível a todos na fé,
traduzido em todas as línguas pela ação do Espírito,
anunciado a todos os povos pela Igreja viva e missionária,
exaltado e celebrado na Eucaristia da Páscoa da doação de Si,
vivido e atualizado no serviço abnegado e alegre da caridade.
Cristo é Deus connosco e nós em Deus
na “Casa de Deus, que é a Igreja do Deus vivo,
coluna e sustentáculo da verdade”.
Jesus é grande mistério da nossa piedade,
que é preciso conhecer, amar, viver, celebrar e confiar.
Não se pode ser cristão sem Cristo,
nem criar um Cristo segundo a nossa imaginação.
Somos nós que nos devemos deixar recriar em Cristo,
alimentando-nos dele, seguindo os seus passos,
acolhendo o Seu Espírito, testando o Seu modo de rezar,
confiando nas suas soluções de amar e perdoar.
A Igreja, apesar das suas limitações humanas,
é o Corpo de Cristo em movimento,
reserva da Verdade, apoio do peregrino,
porta da misericórdia, hospital da esperança futura,
escola de vida em comunidade fraterna e solidária.
Senhor Jesus, revelação humana do Amor divino,
dá-nos o dom a inteligência da fé
para Te reconhecermos e Te seguirmos em espírito e verdade.
Ajuda-nos a “SER IGREJA” e não juízes implacáveis dos outros.
Obrigado por todos os que nos precederam na fé
e se tornaram “colunas e sustentáculo da verdade”.
Obrigado pelos pastores e irmãos/as leigos/as
que são luminosas centelhas de profecia e santidade.
Obrigado porque continuas a confiar em nós
e a fazer de instrumentos frágeis e limitados
arautos duma Aliança eterna e definitiva.
A nossa relação com Deus é fruto do encontro
entre o nosso desejo cego de O conhecer
e o amor eterno e misterioso de Deus
que desce até junto de nós, se faz pequeno
e se revela eternamente apaixonado.
Jesus é o mistério de Deus acessível a todos na fé,
traduzido em todas as línguas pela ação do Espírito,
anunciado a todos os povos pela Igreja viva e missionária,
exaltado e celebrado na Eucaristia da Páscoa da doação de Si,
vivido e atualizado no serviço abnegado e alegre da caridade.
Cristo é Deus connosco e nós em Deus
na “Casa de Deus, que é a Igreja do Deus vivo,
coluna e sustentáculo da verdade”.
Jesus é grande mistério da nossa piedade,
que é preciso conhecer, amar, viver, celebrar e confiar.
Não se pode ser cristão sem Cristo,
nem criar um Cristo segundo a nossa imaginação.
Somos nós que nos devemos deixar recriar em Cristo,
alimentando-nos dele, seguindo os seus passos,
acolhendo o Seu Espírito, testando o Seu modo de rezar,
confiando nas suas soluções de amar e perdoar.
A Igreja, apesar das suas limitações humanas,
é o Corpo de Cristo em movimento,
reserva da Verdade, apoio do peregrino,
porta da misericórdia, hospital da esperança futura,
escola de vida em comunidade fraterna e solidária.
Senhor Jesus, revelação humana do Amor divino,
dá-nos o dom a inteligência da fé
para Te reconhecermos e Te seguirmos em espírito e verdade.
Ajuda-nos a “SER IGREJA” e não juízes implacáveis dos outros.
Obrigado por todos os que nos precederam na fé
e se tornaram “colunas e sustentáculo da verdade”.
Obrigado pelos pastores e irmãos/as leigos/as
que são luminosas centelhas de profecia e santidade.
Obrigado porque continuas a confiar em nós
e a fazer de instrumentos frágeis e limitados
arautos duma Aliança eterna e definitiva.
terça-feira, setembro 17, 2013
3ª feira da 24ª semana do Tempo Comum
Conservem o mistério da fé numa consciência pura. (cf.
1 Tim 3,1-13)
O amor de Cristo, por nós, confia e delega.
Por isso, envia o Seu Espírito a formar uma Igreja viva,
estrutura o Seu Corpo em ministérios e carismas
e chama cada um de nós a continuar comunitariamente
a Sua Missão redentora e permanente da humanidade.
A uns são chama a ser bispos, a outros sacerdotes e diáconos,
a outros consagrados, a outros leigos santos na família,
no trabalho, na política, na ciência, na cultura...
A todos é pedido que vivam com uma consciência pura
e conservem o mistério da fé pelo testemunho de vida.
Aspirar a um cargo de governo na Igreja
é identificar-se de tal forma com o Senhor,
que quer gastar toda a sua vida a servir Cristo,
como círio pascal que vai à frente
no ensino, na liturgia, na caridade e na evangelização.
Mas a Igreja não está imune da tentação do poder!
O Mal é capaz de transformar serviço em prepotência,
pastoral em funcionalismo, pregação em incoerência,
celebração em teatro, santidade em pecado...
São os lobos com pele de ovelha,
a confundir o seu povo e a escandalizar os inocentes,
como predadores da sua própria perdição.
Senhor Jesus, obrigado por confiares em nós a Tua Missão,
apesar de conheceres a nossa fragilidade e inconstância.
Obrigado pelos pastores santos e profetas
com que nos tens brindado ao longo da história.
Perdão, Senhor, por todos os pastores
que têm manchado a Tua Igreja com o escândalo do pecado
e desacreditado o Teu Evangelho com o mau testemunho.
Nós Te louvamos pela força da Tua graça e misericórdia
que até do pecado tem feito surgir conversão e santidade.
Só Tu tens a última Palavra na história;
conduz os nossos passos errantes no Teu seguimento.
O amor de Cristo, por nós, confia e delega.
Por isso, envia o Seu Espírito a formar uma Igreja viva,
estrutura o Seu Corpo em ministérios e carismas
e chama cada um de nós a continuar comunitariamente
a Sua Missão redentora e permanente da humanidade.
A uns são chama a ser bispos, a outros sacerdotes e diáconos,
a outros consagrados, a outros leigos santos na família,
no trabalho, na política, na ciência, na cultura...
A todos é pedido que vivam com uma consciência pura
e conservem o mistério da fé pelo testemunho de vida.
Aspirar a um cargo de governo na Igreja
é identificar-se de tal forma com o Senhor,
que quer gastar toda a sua vida a servir Cristo,
como círio pascal que vai à frente
no ensino, na liturgia, na caridade e na evangelização.
Mas a Igreja não está imune da tentação do poder!
O Mal é capaz de transformar serviço em prepotência,
pastoral em funcionalismo, pregação em incoerência,
celebração em teatro, santidade em pecado...
São os lobos com pele de ovelha,
a confundir o seu povo e a escandalizar os inocentes,
como predadores da sua própria perdição.
Senhor Jesus, obrigado por confiares em nós a Tua Missão,
apesar de conheceres a nossa fragilidade e inconstância.
Obrigado pelos pastores santos e profetas
com que nos tens brindado ao longo da história.
Perdão, Senhor, por todos os pastores
que têm manchado a Tua Igreja com o escândalo do pecado
e desacreditado o Teu Evangelho com o mau testemunho.
Nós Te louvamos pela força da Tua graça e misericórdia
que até do pecado tem feito surgir conversão e santidade.
Só Tu tens a última Palavra na história;
conduz os nossos passos errantes no Teu seguimento.
segunda-feira, setembro 16, 2013
2ª feira da 24ª semana do Tempo Comum
Quero, portanto, que os homens rezem em toda a parte, erguendo
para o Céu as mãos santas, sem ira nem contenda. (cf.
1 Tim 2,1-8)
Rezar uns pelos outros é levar a comunhão
para o encontro com a Fonte do Amor e da comunhão.
Desejar a paz, o bem e a dignidade para todos,
sem exclusão de ninguém, é bom e agradável a Deus.
A oração assim, torna-se num encontro de amor solidário,
em que a Trindade se revê no coração fraterno do filho orante,
e quem reza se confirma, por descobrir no coração de Deus,
a preocupação para que nenhum dos seus filhos se perca.
Cristo quer que toda a criação seja salva
e a oração solidária é o primeiro passo
para que todos nos envolvamos nesta Missão de Deus.
Rezar não é uma questão de palavras nem lugares,
mas de fé, atitudes e sentimentos profundos.
As “orações poderosas” que aparecem nos jornais
ou na comunicação eletrónica com promessas automáticas
ou ameaças punidoras, caso “se corte a corrente”,
nada têm a ver com o Deus de Jesus Cristo.
Não são as palavras que são poderosas,
mas “as mãos santas erguidas ao Céu” com fé
e o coração fraterno e confiante, “sem ira nem contenda”.
Senhor Jesus, Coração grande e morada da Aliança,
onde todos temos um lugar especial, desde toda a eternidade,
modela o nosso coração com a grandeza da misericórdia,
e faz-nos semelhantes a Ti na capacidade de amar o que amais.
Dá a paz ao mundo, a sabedoria da justiça aos que governam,
a arte de fazer o bem a quem trabalha,
um emprego digno a quem está desempregado,
um coração compassivo a quem se encontra com o necessitado,
o dom da fé a quem anda errante e perdido,
a graça do perdão a quem está de ódio ferido.
Envolve-nos nesta Tua Missão
de construir uma globalização do amor
e anunciar-Te como Boa Nova de salvação para todos.
Rezar uns pelos outros é levar a comunhão
para o encontro com a Fonte do Amor e da comunhão.
Desejar a paz, o bem e a dignidade para todos,
sem exclusão de ninguém, é bom e agradável a Deus.
A oração assim, torna-se num encontro de amor solidário,
em que a Trindade se revê no coração fraterno do filho orante,
e quem reza se confirma, por descobrir no coração de Deus,
a preocupação para que nenhum dos seus filhos se perca.
Cristo quer que toda a criação seja salva
e a oração solidária é o primeiro passo
para que todos nos envolvamos nesta Missão de Deus.
Rezar não é uma questão de palavras nem lugares,
mas de fé, atitudes e sentimentos profundos.
As “orações poderosas” que aparecem nos jornais
ou na comunicação eletrónica com promessas automáticas
ou ameaças punidoras, caso “se corte a corrente”,
nada têm a ver com o Deus de Jesus Cristo.
Não são as palavras que são poderosas,
mas “as mãos santas erguidas ao Céu” com fé
e o coração fraterno e confiante, “sem ira nem contenda”.
Senhor Jesus, Coração grande e morada da Aliança,
onde todos temos um lugar especial, desde toda a eternidade,
modela o nosso coração com a grandeza da misericórdia,
e faz-nos semelhantes a Ti na capacidade de amar o que amais.
Dá a paz ao mundo, a sabedoria da justiça aos que governam,
a arte de fazer o bem a quem trabalha,
um emprego digno a quem está desempregado,
um coração compassivo a quem se encontra com o necessitado,
o dom da fé a quem anda errante e perdido,
a graça do perdão a quem está de ódio ferido.
Envolve-nos nesta Tua Missão
de construir uma globalização do amor
e anunciar-Te como Boa Nova de salvação para todos.
domingo, setembro 15, 2013
24º Domingo do Tempo Comum
Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores e eu sou o
primeiro deles. (cf. 1 Tim
1,12-17)
A misericórdia do Senhor derrama-se sobre nós,
que somos um povo de coração retorcido e instável.
Jesus revela-nos um Deus que aceita comer com os pecadores,
senta-se à sua mesa, não para comungar da sua vida pecadora,
mas para os chamar à conversão e os salvar da perdição.
É o SOS da graça, afadigado em amor medicinal,
em busca do perdido, como se fosse filho único,
sonhando festa de arromba, se o recuperar vivo.
Também eu sou um naufrago recuperado e agradecido!
O pecado é uma doença nuclear que cancerígena a nossa vida.
Deturpa a imagem de Deus, dos outros e de mim mesmo.
Desvia as energias do amor e da alegria para pânicos irados,
mercado de afetos, amuos estratégicos, mentiras criativas,
projetos egoístas, orgulhos convencidos, insensibilidades fraternas,
idolatrias de metal fundido, adultérios aventureiros...
Pecar é andar perdido cegamente,
julgando-se guia e mestre na artimanha do saber viver
longe de si, de Deus e dos outros.
Também eu sou um peregrino em busca da Verdade
que em Cristo encontrei o abraço e o beijo da esperança.
Senhor Jesus, amor encarnado em busca de irmãos perdidos,
obrigado porque ainda não te cansaste de nós
e continuas disposto a ser médico e remédio,
oferta e altar, pastor e ombro acolhedor,
mulher inconsolável e mãe feliz,
pai pacientemente generoso e pai misericordioso...
Obrigado pela Igreja, Teu Corpo vivo,
onde continuas a comer com os pecadores
à espera dum sim e dum amor correspondido.
Ajuda-nos a continuar essa Tua Missão de salvar o perdido
e de sermos humildes e magnânimos pastores,
que na Fonte se alimentam de amor tão misericordioso.
A misericórdia do Senhor derrama-se sobre nós,
que somos um povo de coração retorcido e instável.
Jesus revela-nos um Deus que aceita comer com os pecadores,
senta-se à sua mesa, não para comungar da sua vida pecadora,
mas para os chamar à conversão e os salvar da perdição.
É o SOS da graça, afadigado em amor medicinal,
em busca do perdido, como se fosse filho único,
sonhando festa de arromba, se o recuperar vivo.
Também eu sou um naufrago recuperado e agradecido!
O pecado é uma doença nuclear que cancerígena a nossa vida.
Deturpa a imagem de Deus, dos outros e de mim mesmo.
Desvia as energias do amor e da alegria para pânicos irados,
mercado de afetos, amuos estratégicos, mentiras criativas,
projetos egoístas, orgulhos convencidos, insensibilidades fraternas,
idolatrias de metal fundido, adultérios aventureiros...
Pecar é andar perdido cegamente,
julgando-se guia e mestre na artimanha do saber viver
longe de si, de Deus e dos outros.
Também eu sou um peregrino em busca da Verdade
que em Cristo encontrei o abraço e o beijo da esperança.
Senhor Jesus, amor encarnado em busca de irmãos perdidos,
obrigado porque ainda não te cansaste de nós
e continuas disposto a ser médico e remédio,
oferta e altar, pastor e ombro acolhedor,
mulher inconsolável e mãe feliz,
pai pacientemente generoso e pai misericordioso...
Obrigado pela Igreja, Teu Corpo vivo,
onde continuas a comer com os pecadores
à espera dum sim e dum amor correspondido.
Ajuda-nos a continuar essa Tua Missão de salvar o perdido
e de sermos humildes e magnânimos pastores,
que na Fonte se alimentam de amor tão misericordioso.
sábado, setembro 14, 2013
AMOR DE DEUS, PAI MISERICORDIOSO
AMOR, que é DOM e OBLAÇÃO,
Porque d’Ele nos vem
O perdão e salvação,
Desafiando-nos a amar,
Nas palavras e na acção,
De coração inspirado
Pelo Seu, se sou cristão,
Unindo a fé ao amor,
A exemplo do Bom Pastor
E do Pai de misericórdia,
Que esqueceu toda a dor,
Para abraçar e fazer festa
Ao filho até ali perdido,
Que agora, a casa, regressa.
É assim que Deus Pai procede,
Connosco, os de cerviz dura,
Ansiando nos perdoar.
Insistentemente chama
E até, com bondade, implora,
Como Pai que de dor chora,
Querendo os filhos salvar.
Senhor, que eu me compadeça,
Como Tu Te compadeces
De todo o irmão aflito,
Nem que ele perdão não peça,
Porque, eu também, prevarico,
E que não me satisfaça,
Com o Teu perdão e graça,
Mas aprenda a perdoar
E a partir ao encontro
De quem, de Ti, se afastar,
Porque esse tal como eu,
Também é filho e irmão
Do eu coração de Pai,
Que amas, sem condição.
E que eu saiba fazer festa,
Sempre que um irmão voltar,
Com um abraço, sem perguntas,
Porque o coração revive,
Num encontro fraternal.
Maria Lina da Silva, fmm
Lisboa, 14.9.2013
Festa da exaltação da S. Cruz
Obedecendo até à morte e morte de cruz. Por isso Deus o
exaltou. (cf. Filp 2,6-11)
Deus fez dum instrumento de tortura e de morte,
um símbolo de salvação e árvore da vida.
Ao contemplarmos a cruz, onde Cristo sofreu e morreu,
olhamo-nos no espelho dos excessos da nossa insensibilidade,
que utiliza o sistema de justiça para condenar o inocente
e o poder para rebaixar o outro, torturando-o até à morte.
Mas ao contemplarmos a forma como Jesus sofreu e morreu,
sem se deixar ferir na paz dum amor que perdoa,
encontramos a chave da porta da misericórdia
que nos cura o ódio e o ciclo de violência
e faz da cruz a árvore da da vida e da ciência
acessível agora a todos os que nela acreditam.
A cruz continua a ser hoje um símbolo contraditório.
O que tem fé usa-a como símbolo da aliança eterna
entre Cristo e a sua Igreja, entre Deus e a criação.
O que acredita no poder da violência injusta, como o nazismo,
utiliza-a como instrumento de tortura e de morte.
O que quer combater a fé cristã proibi-a nos lugares públicos.
O que não acredita em Jesus, usa-a como amuleto ou adorno...
O mais importante não é a cruz, como objeto,
mas a obediência da fé que nela foi crucificada e ressuscitada.
Senhor Jesus, que escolheste a Cruz como altar da misericórdia,
dá-nos o dom da fidelidade e da fortaleza
para sermos como Tua Mãe e o Discípulo Amado,
que te seguem em todos os momentos, mesmo até à cruz.
Ensina-nos a amar sem medida nem condições.
E quando o ódio nos adoece a paz e a alegria,
cura-nos com o olhar da Cruz que nos repete:
“ama os teus inimigos, acredita que só o amor salva!”.
Deus fez dum instrumento de tortura e de morte,
um símbolo de salvação e árvore da vida.
Ao contemplarmos a cruz, onde Cristo sofreu e morreu,
olhamo-nos no espelho dos excessos da nossa insensibilidade,
que utiliza o sistema de justiça para condenar o inocente
e o poder para rebaixar o outro, torturando-o até à morte.
Mas ao contemplarmos a forma como Jesus sofreu e morreu,
sem se deixar ferir na paz dum amor que perdoa,
encontramos a chave da porta da misericórdia
que nos cura o ódio e o ciclo de violência
e faz da cruz a árvore da da vida e da ciência
acessível agora a todos os que nela acreditam.
A cruz continua a ser hoje um símbolo contraditório.
O que tem fé usa-a como símbolo da aliança eterna
entre Cristo e a sua Igreja, entre Deus e a criação.
O que acredita no poder da violência injusta, como o nazismo,
utiliza-a como instrumento de tortura e de morte.
O que quer combater a fé cristã proibi-a nos lugares públicos.
O que não acredita em Jesus, usa-a como amuleto ou adorno...
O mais importante não é a cruz, como objeto,
mas a obediência da fé que nela foi crucificada e ressuscitada.
Senhor Jesus, que escolheste a Cruz como altar da misericórdia,
dá-nos o dom da fidelidade e da fortaleza
para sermos como Tua Mãe e o Discípulo Amado,
que te seguem em todos os momentos, mesmo até à cruz.
Ensina-nos a amar sem medida nem condições.
E quando o ódio nos adoece a paz e a alegria,
cura-nos com o olhar da Cruz que nos repete:
“ama os teus inimigos, acredita que só o amor salva!”.
sexta-feira, setembro 13, 2013
6ª feira da 23ª semana do Tempo Comum
Dou graças Àquele que me deu força, Jesus Cristo, Nosso
Senhor. (cf. 1 Tm 1,1-2.12-14)
Jesus alcançou Paulo quando este O perseguia
e o desarmou por terra com a surpresa do seu chamamento.
As suas convicções fundamentalistas ficaram cegas
com a Luz purificadora da misericórdia inesperada de Deus.
A sua vida encarna o Evangelho vivo da graça de Deus,
em que o mestre da Lei passa a ser discípulo de Cristo,
o violento passa a ser portador de paz e de perdão,
o carrasco de vidas passa a ser apóstolo da libertação.
Hoje o mundo está cheio de buscadores de Deus.
Uns dão-lhe o nome de “sentido para a vida”, outros “fé”,
outros chamam-lhe “felicidade”, outros “paz”,
outros “salvação”, outros “amor”, outros “vida espiritual”...
Em todos há um anseio de mais e definitivo,
uma esperança segura para além do sol posto.
Uns idolatram a desesperança, num ateísmo militante.
Outros confessam-se incapazes num agnosticismo humilde.
Outros adormecem a ansiedade consumindo evasões.
Outros vagueiam de guru em guru sedentos de segurança.
Outros agarram-se ao porto seguro de normas e preceitos,
com receio de navegar em mar alto da busca peregrina da fé.
Outros ficam bloqueados por um passado de pecado e de desvario.
Senhor Jesus, dou-te graças porque me amas eternamente.
Agradeço-te a paciência e a ciência amorosa
que me soube alcançar, quando me afastei a procurar-Te.
Dou-Te graças porque a Tua misericórdia me desarmou
e o Teu chamamento fez grande o meu nada,
porque só em Ti, encontro a força para ser e evangelizar.
Faz de mim um cajado e uma bússola para os buscadores de fé.
Ensina-me a procurar sempre o Teu olhar
para que o sol da esperança queime em mim o medo
e a paz habite em mim como o Céu no lar.
Jesus alcançou Paulo quando este O perseguia
e o desarmou por terra com a surpresa do seu chamamento.
As suas convicções fundamentalistas ficaram cegas
com a Luz purificadora da misericórdia inesperada de Deus.
A sua vida encarna o Evangelho vivo da graça de Deus,
em que o mestre da Lei passa a ser discípulo de Cristo,
o violento passa a ser portador de paz e de perdão,
o carrasco de vidas passa a ser apóstolo da libertação.
Hoje o mundo está cheio de buscadores de Deus.
Uns dão-lhe o nome de “sentido para a vida”, outros “fé”,
outros chamam-lhe “felicidade”, outros “paz”,
outros “salvação”, outros “amor”, outros “vida espiritual”...
Em todos há um anseio de mais e definitivo,
uma esperança segura para além do sol posto.
Uns idolatram a desesperança, num ateísmo militante.
Outros confessam-se incapazes num agnosticismo humilde.
Outros adormecem a ansiedade consumindo evasões.
Outros vagueiam de guru em guru sedentos de segurança.
Outros agarram-se ao porto seguro de normas e preceitos,
com receio de navegar em mar alto da busca peregrina da fé.
Outros ficam bloqueados por um passado de pecado e de desvario.
Senhor Jesus, dou-te graças porque me amas eternamente.
Agradeço-te a paciência e a ciência amorosa
que me soube alcançar, quando me afastei a procurar-Te.
Dou-Te graças porque a Tua misericórdia me desarmou
e o Teu chamamento fez grande o meu nada,
porque só em Ti, encontro a força para ser e evangelizar.
Faz de mim um cajado e uma bússola para os buscadores de fé.
Ensina-me a procurar sempre o Teu olhar
para que o sol da esperança queime em mim o medo
e a paz habite em mim como o Céu no lar.
quinta-feira, setembro 12, 2013
5ª feira da 23ª semana do Tempo Comum
Habite em vós com abundância a palavra de Cristo. (cf.
Col 3,12-17)
O Palavra se fez carne e habitou entre nós.
Jesus, a Palavra eterna, viva e presente no mundo,
fez-se peregrino em busca de quem O acolha
e lhe dê habitação digna e permanente.
Ele quer encarnar e reinar em cada um de nós,
para que o cristão, ao falar, seja Deus a falar
e, ao viver, seja Cristo a sentir, a atuar, a orar, a amar...
Habitado pela abundância desta Luz,
que sussurra a verdade e palpita caridade,
o cristão torna-se Templo do Espírito,
portador de paz, perfumada de esperança,
e membro vivo do Corpo de Cristo,
onde corre o sangue da misericórdia e do louvor.
O mundo parece-se a uma feira barulhenta de palavras
e as pessoas contentores cheios de coisas e necessidades.
Tão ocupados andamos em acumular e falar,
que não há lugar para ser, nem acolher, nem o lixo esvaziar.
A Bíblia é, quando muito, um livro fechado de adorno
ou mais um objeto de consumo para a casa atulhar.
A Bíblia é um ilustre desconhecido para muita gente,
pois conhece-la supõe silenciar outras vozes e ruídos,
e parar para a ler, meditar, contemplar e rezar,
dar tempo para que Ela nos habite e conduza,
deixar-nos ler nela, com os mistérios da nossa vida,
e aprender com ela a gramática do amor misericordioso.
Senhor Deus, comunicação envolvida em ousadia de amor,
dá-nos o Teu Espírito para que nos ajude a sintonizar e a ligar
para o número de infinitos, sempre pronto a comunicar,
que é a Bíblia, palavra viva que ilumina o caminhar.
Liberta-nos dos ruídos, distrações, resistências e evasões
que nos impedem de abrir a Bíblia e deixa-la entrar,
para que ponha prioridades e arrume o nosso lar.
Habita em nós em abundância evangelizadora
para que em nós se manifeste a transparência de Cristo.
O Palavra se fez carne e habitou entre nós.
Jesus, a Palavra eterna, viva e presente no mundo,
fez-se peregrino em busca de quem O acolha
e lhe dê habitação digna e permanente.
Ele quer encarnar e reinar em cada um de nós,
para que o cristão, ao falar, seja Deus a falar
e, ao viver, seja Cristo a sentir, a atuar, a orar, a amar...
Habitado pela abundância desta Luz,
que sussurra a verdade e palpita caridade,
o cristão torna-se Templo do Espírito,
portador de paz, perfumada de esperança,
e membro vivo do Corpo de Cristo,
onde corre o sangue da misericórdia e do louvor.
O mundo parece-se a uma feira barulhenta de palavras
e as pessoas contentores cheios de coisas e necessidades.
Tão ocupados andamos em acumular e falar,
que não há lugar para ser, nem acolher, nem o lixo esvaziar.
A Bíblia é, quando muito, um livro fechado de adorno
ou mais um objeto de consumo para a casa atulhar.
A Bíblia é um ilustre desconhecido para muita gente,
pois conhece-la supõe silenciar outras vozes e ruídos,
e parar para a ler, meditar, contemplar e rezar,
dar tempo para que Ela nos habite e conduza,
deixar-nos ler nela, com os mistérios da nossa vida,
e aprender com ela a gramática do amor misericordioso.
Senhor Deus, comunicação envolvida em ousadia de amor,
dá-nos o Teu Espírito para que nos ajude a sintonizar e a ligar
para o número de infinitos, sempre pronto a comunicar,
que é a Bíblia, palavra viva que ilumina o caminhar.
Liberta-nos dos ruídos, distrações, resistências e evasões
que nos impedem de abrir a Bíblia e deixa-la entrar,
para que ponha prioridades e arrume o nosso lar.
Habita em nós em abundância evangelizadora
para que em nós se manifeste a transparência de Cristo.
quarta-feira, setembro 11, 2013
4ª feira da 23ª semana do Tempo Comum
Vos despojastes do homem velho com as suas ações e vos
revestistes do homem novo. (cf.
Col 3,1-11)
Quem está em Cristo é uma nova criação.
As velhas soluções aprendidas na arruaça da vida,
imoralidade, violência, vingança, avareza, mentira...
precisam de morrer em nós pela força de Cristo,
para que possa nascer um homem novo
revestido de esperança, de paz, de fé e de amor.
Não dá para umas vezes e em certas situações
vestir-se de homem novo e noutras de homem velho.
Quem opta por querer estar a bem com Deus e com o Diabo
acaba por servir apenas o Diabo,
pois faz parte da sua natureza, dividir, criar confusão.
Um dos dramas do mundo é a divisão como ideal.
O modelo atual de democracia baseia-se
na divisão e oposição de partidos.
O nacionalismo e bairrismo clubista alimenta-se
da divisão e segregação entre o nosso e o diferente.
O secularismo separa e conjuga a ética privada,
com a fé oficial da Igreja e a prática cultural da sociedade.
O fosso entre os mais ricos e os mais pobres aprofunda-se.
Vivemos aglomerados em grandes centros urbanos,
mas em vidas paralelas e condomínio fechado.
Senhor, Deus uno e Trino, no coração e na missão,
ensina-nos a arte da comunhão na diversidade.
Senhor Jesus, Homem novo à imagem de Deus,
ajuda-nos a seguir-Te na santidade e na fidelidade,
para quem em nós se revele o homem novo, que és Tu.
Espírito, alma e fonte de valores e de ética,
dá-nos um coração novo, simples e transparente,
para que ajudemos a construir na terra e no agora,
o Reino Deus que era, que é, e há-de ser em Cristo, Senhor.
Quem está em Cristo é uma nova criação.
As velhas soluções aprendidas na arruaça da vida,
imoralidade, violência, vingança, avareza, mentira...
precisam de morrer em nós pela força de Cristo,
para que possa nascer um homem novo
revestido de esperança, de paz, de fé e de amor.
Não dá para umas vezes e em certas situações
vestir-se de homem novo e noutras de homem velho.
Quem opta por querer estar a bem com Deus e com o Diabo
acaba por servir apenas o Diabo,
pois faz parte da sua natureza, dividir, criar confusão.
Um dos dramas do mundo é a divisão como ideal.
O modelo atual de democracia baseia-se
na divisão e oposição de partidos.
O nacionalismo e bairrismo clubista alimenta-se
da divisão e segregação entre o nosso e o diferente.
O secularismo separa e conjuga a ética privada,
com a fé oficial da Igreja e a prática cultural da sociedade.
O fosso entre os mais ricos e os mais pobres aprofunda-se.
Vivemos aglomerados em grandes centros urbanos,
mas em vidas paralelas e condomínio fechado.
Senhor, Deus uno e Trino, no coração e na missão,
ensina-nos a arte da comunhão na diversidade.
Senhor Jesus, Homem novo à imagem de Deus,
ajuda-nos a seguir-Te na santidade e na fidelidade,
para quem em nós se revele o homem novo, que és Tu.
Espírito, alma e fonte de valores e de ética,
dá-nos um coração novo, simples e transparente,
para que ajudemos a construir na terra e no agora,
o Reino Deus que era, que é, e há-de ser em Cristo, Senhor.
terça-feira, setembro 10, 2013
3ª feira da 23ª semana do Tempo Comum
Acautelai-vos para que ninguém venha perturbar-vos com
filosofias e sofismas enganadores.
(cf. Col 2,6-15)
Jesus é o único que nos pode salvar na fé.
Só Ele, o Filho de Deus, que se fez nosso companheiro,
nos pode perdoar os pecados e curar a nossa tendência para o mal,
dando-nos a graça interior do Seu Espírito
que faz nascer em nós, pouco a pouco,
um homem novo, um filho de Deus a peregrinar para o Pai.
O Batismo é o nosso Sim, na fé, a este caminho de salvação.
Neste Caminho que se vai fazendo caminho,
conforme caminhamos por entre brumas e encruzilhadas,
só podemos ter um Mestre e Guia: Jesus.
Hoje muitos esvaziaram as raízes e a firmeza da sua fé cristã.
Cansados de viver em constante discernimento,
querem caminhos mais claros, palpáveis e imediatos.
Por isso, ganham sucesso as novas teorias espirituais
e movimentos religiosos que apresentam “kits solução”:
“faz isto e salvar-te-ás”, “usa esta técnica e terás paz”,
“coloca isto ou veste aquilo e terás sorte”,
“repete estas palavras e terás o que desejas”...
Como são falsas ilusões, faz-se da religião um mercado,
com frequentadores avulsos e áreas de especialização,
que aumenta o desnorte e desacredita uma esperança real.
Senhor Jesus, nosso Salvador e Mestre de vida curada,
ensina-nos a passar noites contigo, no monte da escuta,
para vermos melhor o Caminho da salvação, na planície do dia.
Liberta-nos da ilusões da salvação fácil e conquistada,
para acolhermos a gratuidade do perdão que só Tu podes dar.
Que o teu Espírito nos fortaleça a fé no amor invisível
e nos ajude a carregar a cruz da cada dia,
como quem, como Tu, faz da vida uma via sacra,
uma sementeira de fraternidade plenamente divina.
Jesus é o único que nos pode salvar na fé.
Só Ele, o Filho de Deus, que se fez nosso companheiro,
nos pode perdoar os pecados e curar a nossa tendência para o mal,
dando-nos a graça interior do Seu Espírito
que faz nascer em nós, pouco a pouco,
um homem novo, um filho de Deus a peregrinar para o Pai.
O Batismo é o nosso Sim, na fé, a este caminho de salvação.
Neste Caminho que se vai fazendo caminho,
conforme caminhamos por entre brumas e encruzilhadas,
só podemos ter um Mestre e Guia: Jesus.
Hoje muitos esvaziaram as raízes e a firmeza da sua fé cristã.
Cansados de viver em constante discernimento,
querem caminhos mais claros, palpáveis e imediatos.
Por isso, ganham sucesso as novas teorias espirituais
e movimentos religiosos que apresentam “kits solução”:
“faz isto e salvar-te-ás”, “usa esta técnica e terás paz”,
“coloca isto ou veste aquilo e terás sorte”,
“repete estas palavras e terás o que desejas”...
Como são falsas ilusões, faz-se da religião um mercado,
com frequentadores avulsos e áreas de especialização,
que aumenta o desnorte e desacredita uma esperança real.
Senhor Jesus, nosso Salvador e Mestre de vida curada,
ensina-nos a passar noites contigo, no monte da escuta,
para vermos melhor o Caminho da salvação, na planície do dia.
Liberta-nos da ilusões da salvação fácil e conquistada,
para acolhermos a gratuidade do perdão que só Tu podes dar.
Que o teu Espírito nos fortaleça a fé no amor invisível
e nos ajude a carregar a cruz da cada dia,
como quem, como Tu, faz da vida uma via sacra,
uma sementeira de fraternidade plenamente divina.
segunda-feira, setembro 09, 2013
2ª feira da 23ª semana do Tempo Comum
Luto para que… alcancem... o conhecimento do mistério de
Deus, que é Cristo. (cf. Col
1,24-2,3)
A missão de anunciar o Evangelho de Jesus a todos
é uma luta sofrida e lenta pela salvação de todos.
A evangelização não é uma tounée em estádios cheios
com gente sedenta de fé e conhecimento de Deus,
mas é uma luta por vencer perigos e obstáculos
para chegar onde as pessoas estão,
é paciência e persistência perante o fechamento à Palavra,
é tudo fazer, mesmo sofrer e dar a vida,
para que todos cheguem ao conhecimento do amor de Deus,
por meio da paixão, morte e ressurreição de Jesus, Seu Filho.
A Evangelização deve lutar contra as mesmas tentações
com que Jesus se enfrentou: colocar Deus ao nosso serviço,
utilizar malabarismos para arrastar multidões,
trocar a profecia e a verdade pela submissão ao poder.
Muitas vezes entende-se inculturação
como uma adaptação do Evangelho,
tornando-o indolor, inodoro, insonso, light,
para ser bem aceite, mas apenas como adorno.
Para captar a atenção das crianças e dos jovens na catequese,
opta-se, muitas vezes, por encher aquela hora
com dinâmicas de entretimento, tipo ATL.
O resultado é um passatempo que não gera fé.
Senhor Jesus, que ensinaste a Paulo
que a evangelização passa pela participar na Tua paixão,
na alegria de dar a vida para que outros tenham vida,
dá-nos o dom de completarmos em nós
o que falta à Tua paixão da Tua entrega em Igreja.
Liberta-nos da tentação da evangelização pela porta larga
do facilitismo, do ilusionismo, do oportunismo, do malabarismo...
Faz-nos caminhar pela porta estreita do seguimento,
da luta contra o mal e denúncia da mentira,
da profecia em contracorrente e da ousadia do amor,
da criatividade paciente e da mansidão nos métodos,
do testemunho comunitário e da fortaleza na fé.
A missão de anunciar o Evangelho de Jesus a todos
é uma luta sofrida e lenta pela salvação de todos.
A evangelização não é uma tounée em estádios cheios
com gente sedenta de fé e conhecimento de Deus,
mas é uma luta por vencer perigos e obstáculos
para chegar onde as pessoas estão,
é paciência e persistência perante o fechamento à Palavra,
é tudo fazer, mesmo sofrer e dar a vida,
para que todos cheguem ao conhecimento do amor de Deus,
por meio da paixão, morte e ressurreição de Jesus, Seu Filho.
A Evangelização deve lutar contra as mesmas tentações
com que Jesus se enfrentou: colocar Deus ao nosso serviço,
utilizar malabarismos para arrastar multidões,
trocar a profecia e a verdade pela submissão ao poder.
Muitas vezes entende-se inculturação
como uma adaptação do Evangelho,
tornando-o indolor, inodoro, insonso, light,
para ser bem aceite, mas apenas como adorno.
Para captar a atenção das crianças e dos jovens na catequese,
opta-se, muitas vezes, por encher aquela hora
com dinâmicas de entretimento, tipo ATL.
O resultado é um passatempo que não gera fé.
Senhor Jesus, que ensinaste a Paulo
que a evangelização passa pela participar na Tua paixão,
na alegria de dar a vida para que outros tenham vida,
dá-nos o dom de completarmos em nós
o que falta à Tua paixão da Tua entrega em Igreja.
Liberta-nos da tentação da evangelização pela porta larga
do facilitismo, do ilusionismo, do oportunismo, do malabarismo...
Faz-nos caminhar pela porta estreita do seguimento,
da luta contra o mal e denúncia da mentira,
da profecia em contracorrente e da ousadia do amor,
da criatividade paciente e da mansidão nos métodos,
do testemunho comunitário e da fortaleza na fé.
domingo, setembro 08, 2013
23º Domingo do Tempo Comum – Natividade de Maria
Eu, Paulo, prisioneiro por amor de Cristo Jesus. (cf.
Flm 9b-10.12-17)
O amor de Cristo por nós é desde sempre e para sempre.
O nosso amor por Cristo Jesus deve ser prioritário
e descentrar-nos de uma forma globalizante.
Livremente nos deixamos enamorar,
tocados por um amor sem medida apaixonado,
que relativiza todos os outros amores e desamores,
que vão tecendo a nossa vida, em sequências de segundos.
Quando é o amor de Cristo que nos move,
até uma prisão, entre malfeitores aprisionados,
se torna lugar de missão, fecundamente libertador.
Foi assim que Paulo gerou espiritualmente um irmão livre,
a Onésimo que era escravo de condição.
As leis na sociedade são para dissuadir e punir o mal,
mas são incapazes de mudar as pessoas ou move-las para o bem.
Só o amor é capaz de unificar e orientar energias,
mudar comportamentos e valores.
Mas o amor de si, de pessoas e de coisas,
se não for libertador, solidário, inclusivo e eterno,
cria dependência e descriminação, termina com o tempo.
Só Deus nos pode dar o segredo do verdadeiro amor,
porque foi o Amor que nos criou à Sua imagem e semelhança.
Senhor Jesus, sabedoria do viver amante e libertador,
envia-nos o Teu Espírito de luz e inteligência
que nos ensina a amar, gerando vida feliz e pacífica.
Dá-nos a ciência e a medida do “amar mais a Ti”,
quando nos afadigamos por ganhar o pão de cada dia,
quando nos entregamos de alma e coração a melhorar o mundo,
quando amamos a família e cuidamos do mais necessitado.
Nas instabilidades e tempestades desta vida
prende-nos firmemente de amor por Ti
para que aprendamos a ser rocha e âncora acolhedora
de quem anda perdido, errante e sem norte.
Maria, Mãe do amor puro, ensina-nos a amar Jesus como Tu.
O amor de Cristo por nós é desde sempre e para sempre.
O nosso amor por Cristo Jesus deve ser prioritário
e descentrar-nos de uma forma globalizante.
Livremente nos deixamos enamorar,
tocados por um amor sem medida apaixonado,
que relativiza todos os outros amores e desamores,
que vão tecendo a nossa vida, em sequências de segundos.
Quando é o amor de Cristo que nos move,
até uma prisão, entre malfeitores aprisionados,
se torna lugar de missão, fecundamente libertador.
Foi assim que Paulo gerou espiritualmente um irmão livre,
a Onésimo que era escravo de condição.
As leis na sociedade são para dissuadir e punir o mal,
mas são incapazes de mudar as pessoas ou move-las para o bem.
Só o amor é capaz de unificar e orientar energias,
mudar comportamentos e valores.
Mas o amor de si, de pessoas e de coisas,
se não for libertador, solidário, inclusivo e eterno,
cria dependência e descriminação, termina com o tempo.
Só Deus nos pode dar o segredo do verdadeiro amor,
porque foi o Amor que nos criou à Sua imagem e semelhança.
Senhor Jesus, sabedoria do viver amante e libertador,
envia-nos o Teu Espírito de luz e inteligência
que nos ensina a amar, gerando vida feliz e pacífica.
Dá-nos a ciência e a medida do “amar mais a Ti”,
quando nos afadigamos por ganhar o pão de cada dia,
quando nos entregamos de alma e coração a melhorar o mundo,
quando amamos a família e cuidamos do mais necessitado.
Nas instabilidades e tempestades desta vida
prende-nos firmemente de amor por Ti
para que aprendamos a ser rocha e âncora acolhedora
de quem anda perdido, errante e sem norte.
Maria, Mãe do amor puro, ensina-nos a amar Jesus como Tu.
AJUDA-ME, JESUS, A BEM SEGUIR-TE
Seguir Jesus, por amor,
É optar pela felicidade
E harmonia interior,
Não pela facilidade,
Nem pela ausência de dor.
Optar, é escolher bem.
Mas, aí, nem tudo cabe,
Pois há que deixar pra traz
Muito do que gostamos
E até pessoas que amamos,
Como os nossos próprios pais,
Para abraçar, com coerência,
Amor e fidelidade
O caminho revelado,
P’ra nossa felicidade,
Vendo o que Deus fez por mim
E por toda a humanidade,
Em Jesus que sob a Cruz
Carregou o meu pecado,
Firmemente, até ao fim.
Porque só n’Ele está
A nossa felicidade
E o sentido da vida,
Seja qual for a escolha
Do cristão bem consciente,
Exige perseverança,
E esforço de conversão,
Para amar, sem medida,
E acolher o diferente,
Com afecto e atenção,
Porque, em Cristo, é meu irmão.
Modela o meu coração,
Para, a todos, querer bem
E não excluir ninguém
Da fraterna relação,
E ao rezar Pai Nosso,
O meu olhar seja o Teu,
Para ver quem eu não gosto
Como filho querido Teu
E, por graça, irmão meu.
Que a divina Sabedoria
Me ajude a compreender
Que seguir-Te compromete
E envolve todo o meu ser,
Sem confundir simpatia,
Com a graça de, em Ti, crer
E de amar-Te até morrer.
Maria Lina da Silva, fmm
Lisboa, 7.9.2013
sábado, setembro 07, 2013
Sábado da 22ª semana do Tempo Comum
Outrora éreis estranhos a Deus e na vossa mente seus inimigos
pelas vossas más ações. (cf.
Col 1,21-23)
Só um amor forte pode provocar ruturas na nossa história.
Mas mesmo assim, a tendência é continuar
a imitar o que toda a gente faz e
introduzir rotinas cíclicas, inspiradas na sociedade,
vivendo em horizontes fechados
que acabam inesperadamente com a morte.
Só a surpresa dum amor divino, eterno e misericordioso,
pode provocar uma rutura entre o “outrora” e o “agora”,
convertendo o ser “estranhos” em ser “reconciliados”,
o ser “inimigos pelas nossas más ações”
em ser “santos, puros e irrepreensíveis diante de Deus”.
Acolher na fé, pelo Batismo, a Páscoa de Jesus e o Seu Espírito
é aceitar que Deus dê à luz, em nós, um filho de Paz.
Hoje queremos receber sacramentos, mas continuar na mesma,
como quem bebe cerveja sem álcool ou café sem cafeína.
Os sacramentos deixaram de ser sinais de salvação na fé,
para se tornarem meros ritos de passagem e acontecimentos sociais
que confirmam o sempre de “outrora” de “estranhos a Deus”.
Batizamos o couro cabeludo, mas não a mente,
os sentimentos, a vontade, o coração, o estômago,
o olhar, o ouvido, a boca, as mãos, os pés, a sensualidade.
O Batismo semeado um dia em nós, devia crescer connosco
e, apoiado pela família e pela comunidade,
criar condições para que Cristo faça nascer em nós
um novo Cristo, encarnado em mim, com o meu nome.
Senhor Jesus, Amor íntimo do Pai na unidade do Espírito,
que, porque incapaz de nos ver “estranhos” e “inimigos”
destes a própria vida para nos “reconciliar com Deus”,
ajuda-nos a nascer de novo, numa conversão permanente,
das nossas más ações à santidade de vida,
da mentira escondida à pureza de intenções,
da inimizade ao perdão, à paz e ao amor verdadeiro.
Aumenta em nós a fé e a confiança em Ti,
para que a conversão possa criar ruturas proféticas
entre o “outrora” longe de Deus e o “agora” de filho de Deus.
Faz de nós promotores de paz na Síria e em todo o mundo.
Só um amor forte pode provocar ruturas na nossa história.
Mas mesmo assim, a tendência é continuar
a imitar o que toda a gente faz e
introduzir rotinas cíclicas, inspiradas na sociedade,
vivendo em horizontes fechados
que acabam inesperadamente com a morte.
Só a surpresa dum amor divino, eterno e misericordioso,
pode provocar uma rutura entre o “outrora” e o “agora”,
convertendo o ser “estranhos” em ser “reconciliados”,
o ser “inimigos pelas nossas más ações”
em ser “santos, puros e irrepreensíveis diante de Deus”.
Acolher na fé, pelo Batismo, a Páscoa de Jesus e o Seu Espírito
é aceitar que Deus dê à luz, em nós, um filho de Paz.
Hoje queremos receber sacramentos, mas continuar na mesma,
como quem bebe cerveja sem álcool ou café sem cafeína.
Os sacramentos deixaram de ser sinais de salvação na fé,
para se tornarem meros ritos de passagem e acontecimentos sociais
que confirmam o sempre de “outrora” de “estranhos a Deus”.
Batizamos o couro cabeludo, mas não a mente,
os sentimentos, a vontade, o coração, o estômago,
o olhar, o ouvido, a boca, as mãos, os pés, a sensualidade.
O Batismo semeado um dia em nós, devia crescer connosco
e, apoiado pela família e pela comunidade,
criar condições para que Cristo faça nascer em nós
um novo Cristo, encarnado em mim, com o meu nome.
Senhor Jesus, Amor íntimo do Pai na unidade do Espírito,
que, porque incapaz de nos ver “estranhos” e “inimigos”
destes a própria vida para nos “reconciliar com Deus”,
ajuda-nos a nascer de novo, numa conversão permanente,
das nossas más ações à santidade de vida,
da mentira escondida à pureza de intenções,
da inimizade ao perdão, à paz e ao amor verdadeiro.
Aumenta em nós a fé e a confiança em Ti,
para que a conversão possa criar ruturas proféticas
entre o “outrora” longe de Deus e o “agora” de filho de Deus.
Faz de nós promotores de paz na Síria e em todo o mundo.